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Governo de Minas e compromitentes dos acordos de Mariana e Brumadinho compartilham experiências sobre gestão de desastres e prevenção a novas catástrofes

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Pesquisadores da UFSM estudam os impactos da enchente do RS, em 2024, e analisam experiências como as de Minas na gestão de grandes desastres
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Governo de Minas e compromitentes dos acordos de Mariana e Brumadinho compartilham experiências sobre gestão de desastres e prevenção a novas catástrofes

O Governo de Minas e as Instituições de Justiça (IJs) mineiras compromitentes dos Acordos de Reparação de Brumadinho e de Mariana - receberam, nesta quarta-feira (24/9), no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a equipe do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Mudanças Climáticas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A iniciativa tem como objetivo compartilhar experiências e aprendizados sobre governança e gestão pública em contextos de grandes desastres.

A programação contou com apresentações técnicas das equipes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG) responsáveis pela coordenação das ações de reparação no âmbito do Estado. A IJs compromitentes são Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).

A visita integra o projeto conduzido pela UFSM que busca compreender as causas e os impactos da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul (RS) em 2024, quando enchentes devastaram 95% dos municípios gaúchos. A partir da análise de experiências como as de Minas Gerais, os pesquisadores irão elaborar propostas concretas de prevenção e resiliência, com foco em preparar comunidades, fortalecer a infraestrutura e minimizar os efeitos de futuros desastres.

Mariana e Brumadinho

Pela manhã, a Superintendência Central de Reparação do Rio Doce, da Seplag-MG, apresentou os avanços relacionados ao Novo Acordo de Mariana. A superintendente Central de Reparação do Rio Doce, Thais Vilas Boas, reforçou que momentos como esse fortalecem a atuação do poder público.

“Esses momentos de troca de aprendizados do serviço público em relação à gestão de crises e grandes desastres são muito importantes. Embora as naturezas e causas sejam diversas, os mecanismos de resposta, de gestão e os aspectos da reparação podem ser aproveitados e aprimorados de um para o outro”, disse a superintendente.

À tarde, foi a vez da equipe Superintendência Central de Reparação Pró-Brumadinho detalhar as ações desenvolvidas desde o rompimento da barragem, em 2019.

“Essa cooperação entre as equipes de Minas e do RS tem sido muito importante para compartilhar desafios, oportunidades e lições aprendidas entre as equipes. Falamos sobre os avanços do acordo de reparação, as ações de compensação e o caminho que trilhamos des desde 2019. Com essa troca, também refletimos conjuntamente sobre como gerar mais resultados para a população atingida”, afirmou a superintendente da Central de Reparação Pró-Brumadinho, Geovana Santos.

Já o professor da Universidade Federal de Santa Maria, Nelson Guilherme Machado Pinto, ressaltou a relevância da visita para o processo de reconstrução do Rio Grande do Sul: “Acreditamos que a reconstrução do nosso estado após as enchentes de 2024 passa pelo aprendizado com outras localidades que já enfrentaram crises profundas. Estar em Minas Gerais, conhecer Mariana e Brumadinho, nos permite entender caminhos possíveis, adaptar soluções à nossa realidade e fortalecer a governança ambiental no Rio Grande do Sul”.

Nos próximos dias, os pesquisadores da UFSM seguirão para visitas de campo em Mariana e Brumadinho, onde terão contato direto com os territórios e comunidades atingidos, dando continuidade ao intercâmbio de aprendizados iniciado em Belo Horizonte.