Seplag-MG fortalece o debate sobre violência contra a mulher e promove ações para combater a desinformação

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Mês da Mulher

No mês da mulher, a Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag-MG) promoveu uma série de palestras e oficinas com o objetivo de engajar as servidoras mineiras e promover o debate em torno de assuntos relevantes para toda a sociedade, como a luta por igualdade de oportunidades e pelo fim da violência contra a mulher. O evento “Março: mês da mulher” foi realizado pelo Programa Qualidade de Vida no Trabalho, da Seplag-MG. 

A secretária de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, que abriu o ciclo de palestras realizado no dia 8 de março, no auditório JK da Cidade Administrativa, lembrou que a data que marca o Dia Internacional da Mulher não serve somente para comemorar as conquistas, mas também para lembrar que ainda é preciso mais avanços no caminho da igualdade entre homens e mulheres. 

“Temos a obrigação, na gestão pública e em todas as áreas, de atuar para que as mulheres tenham condições reais de igualdade de oportunidades e de perseguir os seus objetivos, para que elas possam ser o que desejam ser sem constrangimentos, sem qualquer tipo de violência física ou psicológica”, disse. 

E, de acordo com a secretária, uma das formas de combater a violência contra as mulheres é por meio da informação e do conhecimento.

“É fundamental que a gente combata a violência com ações práticas de segurança pública, mas, também, que a gente combata a desinformação. E este é o nosso objetivo neste evento: trazer luz a informações importantes e ampliar o debate que, definitivamente, não deve ser somente feminino. É preciso que seja um debate de homens e mulheres em prol de uma sociedade melhor, mais justa e mais livre para nós, mulheres, para os nossos filhos, para os nossos pares, e também para os homens. Ter mulheres em uma sociedade mais segura contribui para a sociedade como um todo”, complementou a secretária. 

Assédio moral

A ouvidora de Assédio Moral e Sexual da Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE-MG), Luciene Ribeiro Soares, que também participou do evento, lembrou que o assédio no ambiente de trabalho, infelizmente, ainda é uma realidade. 

“De acordo com os dados da pesquisa ‘Visível e Invisível, a vitimização de mulheres no Brasil’, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 46,7% das brasileiras afirmam ter sofrido alguma forma de assédio em 2022, sendo que grande parte ocorre no ambiente laboral. Por isso, é importante divulgar o canal da OGE que, por meio de uma Ouvidoria especializada em receber e tratar denúncias de assédio sexual, busca acolher as vítimas e contribuir para o combate a essa prática abusiva no trabalho”, disse, se referindo à assistente virtual Bel, criada para atendimento e registro de denúncias no WhatsApp: (31) 3915-2022.

Enfrentamento à violência

Com o objetivo de combater a desinformação, as palestrantes, no ciclo de palestras “Prevenção e enfrentamento da violência contra a mulher: a informação pode ser o melhor caminho”, explicaram sobre todas as formas de violência contra a mulher, inclusive a psicológica, falaram sobre como identificá-las e quais os caminhos para sair do chamado ciclo de violência. 

A psicóloga e coordenadora do setor de Promoção da Saúde do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Priscilla Durães Bicalho, falou sobre como a violência psicológica interfere na saúde mental das mulheres. Segundo ela, muitas mulheres sequer entendem a violência psicológica como uma forma de violência, já que não deixa hematomas no corpo. 

“A gente pode pensar que a violência é todo ato e comportamento que invade a integridade física de outra pessoa, mas é mais do que isso. Se a pessoa se sente violentada de alguma forma, submetida a algo, a algum maltrato que a constranja, isso também é violência”, comentou. 

A segunda palestra foi com a advogada e superintendente de Políticas de Prevenção à Criminalidade da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Flávia Cristina Silva Mendes, que apresentou boas práticas no atendimento às mulheres em situação de violência. Ela apontou os marcos legais e as ferramentas de prevenção e combate à violência que o Estado possui e lembrou que, na maioria das vezes, o perigo está dentro de casa. 

“A violência não acontece por falta de instrumentos legais. Muitas vezes, o agressor está dentro de casa, por isso é preciso fortalecer as mulheres para que elas consigam interromper o ciclo de violência”, pontuou. 

O ciclo de palestras foi encerrado pela psicóloga e gerente do Centro Risoleta Neves de Atendimento às Mulheres (Cerna), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Cláudia Natividade, que falou sobre a importância do acolhimento às vítimas de violência. 

“Escutar é diferente de ouvir, pois se trata de um movimento de aproximação e acolhimento. É preciso escutar as mulheres à nossa volta e saber identificar se há alguém ali que é vítima de violência doméstica”, afirmou. 

O evento, que foi realizado de forma presencial, também foi transmitido ao vivo pelo canal de Desempenho e Desenvolvimento da Seplag-MG no Youtube. As palestras estão disponíveis neste link

Sexualidade

No dia 9/3, a Seplag-MG promoveu, ainda, as oficinas “Sexualidade em debate”, com atividades práticas presenciais. A programação contou com uma oficina de exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica, ministrada pela fisioterapeuta do núcleo de Saúde Ocupacional da Seplag-MG, Erodiana Freitas Naves, e um painel sobre disfunções sexuais femininas com a farmacêutica e educadora sexual Luana de Castro, idealizadora do blog Desbloqueio Feminino.