Qualidade de Vida no trabalho é tema de palestra do IntegraRH

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Qualidade de Vida no trabalho é tema da última palestra do IntegraRH neste ano

 

O Programa IntegraRH, coordenado pela Subsecretaria de Gestão de Pessoas (SUGESP) e pela Superintendência Central de Políticas de Recursos Humanos (SCPRH) da Seplag, promoveu, no dia 1º de dezembro, a terceira e última palestra do ano, cujo tema foi: “Qualidade de vida no trabalho: conceitos, implicações pessoais e processos de gestão de pessoas”.

A palestra, ministrada pela professora e doutora em Administração Kely César Martins de Paiva, teve como público-alvo todos os gestores das unidades setoriais de recursos humanos do Poder Executivo Estadual, além dos servidores interessados no assunto. “O evento fechou o ciclo de palestras de 2017 com o objetivo de repensar como estamos planejando e executando a política de gestão de pessoas no Estado”, afirmou Bruno Carlos da Silva Porto, representante da Subsecretária de Gestão de Pessoas, Warlene Drumond.

De acordo com a palestrante Kely Paiva, devemos entender a gestão de pessoas não só como um conjunto de técnicas, instrumentos, aparatos e protocolos, mas também considerar os aspectos comportamentais que envolvem satisfação, motivação, perspectivas e questões sociológicas nas relações de trabalho.

Segundo Kely, em qualquer contexto, em qualquer tipo de instituição, seja do setor público ou privado, não só é possível, mas necessário gerenciar pessoas. “É necessário não apenas possuir técnica, mas também considerar o indivíduo na sua pessoalidade e nas relações que o mesmo desenvolve entre organizações e entre organizações e Estado”, salientou.

“Quando falamos em gestão de pessoas, não nos referimos apenas àqueles que estão eventualmente exercendo função gerencial. Uma perspectiva contemporânea mostra que todos nós gerenciamos pessoas, a começar por nós mesmos e, neste contexto, temos de pensar na gestão como um projeto individual. Como somos indivisíveis, não há como separar trabalho e vida pessoal. Qualidade de vida, portanto, abrange todas essas instâncias”, esclareceu.

Para ela, o termo qualidade de vida no trabalho refere-se a uma determinada forma de perceber a organização e os relacionamentos pessoais que ali ocorrem e envolve uma série de programas, perspectivas, inclusive competitividade, competição externa, vaidade no setor de trabalho, problemas internos de qualidade e a questão de satisfação dos trabalhadores.

“Temos dois movimentos estruturais hoje muito comuns nas organizações, que são a terceirização e o achatamento. No primeiro caso, as atividades-meio de uma empresa são transferidas a outra com o objetivo de disponibilizar mais recursos para sua atividade-fim. No segundo, a empresa simplesmente demite, retirando os líderes gerenciais. Daí, a tendência de empoderar o indivíduo dando a ele inúmeras responsabilidades, sem gerenciamento, já que ele é capaz”, explicou Kely .  

Em um cenário de recessão econômica, desemprego, instabilidade política e corrupção, o quesito qualidade de vida no trabalho representa o maior anseio e, sua concretização, o maior desafio dos servidores.

Ela salientou que ainda há muitos fatores a serem equacionados como conciliar o tempo entre trabalho e vida social, ter uma compensação justa e adequada (salário digno), condições de trabalho seguras e saudáveis, oportunidade imediata de utilizar e desenvolver suas capacidades. E, ainda, questões constitucionais como respeito às leis e aos direitos trabalhistas, privacidade pessoal e liberdade de expressão.

 

Troca de Experiências

Kely Paiva falou da importância de dividir com outros profissionais os resultados de seus estudos na área de gestão. “Nesta última vinda à Seplag, o tema foi Qualidade de Vida no Trabalho, que tem um arcabouço conceitual relativamente bem estruturado, mas que segue na nossa agenda de investigações porque as organizações (privadas, públicas e demais) ainda não conseguiram dar respostas a contento do trabalhador”.

No final, ela destacou sua confiança no potencial humano. “Não temos um protocolo único e universal que atenda às demandas institucionais e pessoais apontadas pelos servidores, pois acreditamos que as soluções estão onde sempre estiveram, ou seja, no próprio ambiente de trabalho e na criatividade do trabalhador”, concluiu.