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Governo de Minas entrega obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni, maior complexo de saúde do interior do estado

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Com mais de 22 mil metros quadrados de área construída, hospital abrigará 427 leitos, incluindo internações adulto, pediátrica e maternidade
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Hospital Regional de Teófilo Otoni

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o vice-governador, Mateus Simões, participaram, nesta segunda-feira (15/12), da entrega das obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. A cerimônia marca a conclusão do maior complexo hospitalar do interior do estado. As chaves da unidade foram entregues ao Instituto Mário Penna (IMP), responsável pela gestão da unidade.

O hospital é o primeiro de cinco complexos regionais cuja conclusão foi retomada pela atual gestão, dentro da estratégia de ampliar e descentralizar o acesso à saúde, como política do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

A expectativa é que a nova unidade de saúde beneficie mais de 800 mil pessoas de mais de 50 municípios do Vale do Mucuri.

O governador Romeu Zema comemorou a entrega do maior hospital 100% SUS do interior de Minas e lembrou o impacto que ele vai trazer para a população do nordeste do Estado.

"Hoje é um dia muito especial para Minas Gerais, ainda mais para o Vale do Mucuri, com a entrega das obras concluídas do Hospital Regional de Teófilo Otoni para o Instituto Mário Pena, que, agora, vai equipá-lo e colocá-lo em funcionamento o quanto antes, trazendo uma saúde como nunca se pensou para esta região", destacou Romeu Zema.
"Um impacto gigantesco para os Vales do Mucuri e Jequitinhonha, que sempre sofreram com um vazio assistencial. Quem antes precisava se deslocar para Governador Valadares, Ipatinga, Belo Horizonte, terá, aqui, esta grande estrutura que passará a oferecer atendimento medico de médio e alta complexidade", acrescentou o chefe do Executivo mineiro.

As obras começaram em 2014, mas foram interrompidas dois anos depois, com cerca de metade dos serviços executados, e retomadas em outubro de 2022. Desde então, foram investidos R$ 130 milhões para finalizar a estrutura, trabalho executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais (Seinfra). O investimento total no hospital foi de R$ 275 milhões.

Os recursos para a conclusão das obras do Hospital Regional de Teófilo Otoni foram provenientes do Acordo Judicial de Brumadinho, assinado pelos compromitentes: Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e a Vale.

O Acordo Judicial visa reparar os danos coletivos e difusos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A. em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.

Ao enaltecer a importância do Hospital Regional de Teófilo Otoni e os benefícios que proporcionará para a região, o vice-governador Mateus Simões recordou do rompimento da barragem de Brumadinho e homenageou as pessoas que perderam a vida na tragédia.

"Quero, mais uma vez, lembrar da importância de nós sempre prestarmos o nosso respeito às nossas 272 joias, afinal de contas esta é uma obra do acordo do desastre de Brumadinho", disse.

Durante a solenidade, o vice-governador também anunciou que o Governo de Minas vai continuar investindo na saúde da região, com o repasse anual de recurso para a manutenção do hospital.

"Além da entrega da conclusão das obras do hospital regional, estamos anunciando a liberação de R$ 100 milhões para o custeio anual desta estrutura. Era uma preocupação dos hospitais da região que faltassem recursos para a manutenção deste hospital que se soma à rede hospitalar do Nordeste de Minas", disse Mateus Simões.

Estrutura e equipamentos de ponta

Com mais de 22 mil metros quadrados de área construída, equivalente a cerca de três campos de futebol, o hospital abrigará 427 leitos, incluindo internações adulto, pediátrica e maternidade. Trinta leitos compõem a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 25 são leitos de UTI neonatal. O centro obstétrico terá quatro salas de parto e três alas de PPP, modelo que integra pré-parto, parto e pós-parto, em ambiente humanizado.

A estrutura inclui ainda oito salas de cirurgia, pronto-atendimento com 20 leitos de observação e três de emergência, além de equipamentos de apoio ao diagnóstico, como ressonância magnética, tomografia, ultrassom, ecocardiograma, mamografia, raio-X e endoscopia. A unidade ofertará serviços de alta complexidade, como neurocirurgia, cuidados da obesidade, atendimento a queimados, trauma, hematologia, traumatologia, ortopedia, maternidade de alto risco e urgência e emergência.

"Este hospital vai transformar completamente a realidade aqui. Ele será capaz de ter uma resolubilidade de mais de 90%, o que significa que os pacientes, os mineiros que moram aqui na região, conseguirão resolver os seus problemas de saúde perto de casa", detalhou o secretário de Estado de Saúde, Fabio Baccheretti.
"Teremos aqui uma unidade hospitalar que vai atender trauma, AVC, vai atender queimados, vai fazer cirurgias eletivas. Então, é uma nova página que se inicia a partir de agora com a entrega deste hospital", completou Baccheretti.

Para equipar o hospital, o Estado prevê investimentos de aproximadamente R$ 145 milhões. Os repasses começam com a abertura inicial de 20% dos leitos, prevista para o primeiro semestre de 2026.

"Esta obra é um marco, porque é a primeira entrega e inauguração de um dos cinco hospitais regionais que o Governo de Minas retomou a construção. Estou falando de obras que começaram há 15 anos, depreciadas, vandalizadas e que foram retomadas na atual gestão, cumprindo o compromisso de transformar a saúde não só do Vale do Mucuri, mas de toda a região", reforçou o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno.

Concessão

O Instituto Mário Penna venceu a licitação, realizada em 2021, e firmou contrato com o Governo de Minas em fevereiro deste ano. A concessão, de até 35 anos, prevê o uso do imóvel pelo instituto, responsável pela prestação dos serviços e pela gestão da unidade. O custeio será garantido pelas políticas hospitalares da SES-MG como os programas Opera Mais e Valora Minas.

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