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Seplag e UFMG promovem palestra sobre a crise na União Europeia

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BELO HORIZONTE - (11/09/2012) O Brasil adquiriu experiência em lidar com crises econômicas ao longo da sua história e, por isso mesmo, esta expertise pode ser uma importante contribuição para ajudar a atenuar os efeitos negativos da crise vivenciada pelos países da zona do euro, como Portugal. A afirmação é de António Mendonça, professor Associado do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa (Iseg) e presidente do Centro de Estudos de Economia Europeia e Internacional (Cedin) ao participar, nesta segunda, 10, da palestra A União Europeia, o Euro e o Brasil, promovida pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

De acordo com Mendonça, o Brasil é um país de peso, com dinamismo econômico razoável e um ator importante no cenário internacional, mas precisa, no entanto, adotar uma estratégia de posicionamento externo. O mercado interno é importante, mas o Brasil não pode prescindir do comércio exterior, avaliou. E citou como exemplo as relações comerciais entre o país e Portugal que, apesar de terem crescido nos últimos anos, ainda estão aquém do ideal. No passado, Portugal já manteve um terço do seu comércio externo com o Brasil, lembrou. E não é só o Brasil que pode ajudar a atenuar os efeitos negativos da crise. Outros países emergentes, como a China, também podem contribuir, avalia o professor do Iseg.

Joaquim Ramos Silva, também professor do Iseg, ao abordar a crise do euro, disse ser importante a adoção, pelos países da região, de um consenso dentro de uma união econômica e monetária aprofundada para a gestão da crise. Segundo ele, nos anos 80 e 90 a globalização propiciou um comércio intenso e o desejo de ter uma moeda comum na Europa não previu situações que foram subestimadas, como a heterogeneidade dos países. Joaquim Silva citou entre as alternativas para se administrar a atual crise, no caso de Portugal, a regulação eficaz sobre o setor financeiro e bancário, a adoção de soluções de emergência e saída duradouras, e o restabelecimento dos mecanismos de crédito favorável à economia real.

A palestra teve a participação - como debatedor - de Frederico Gonzaga Jayme, professor do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi realizada no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).