Savassi é alvo de novas inspeções e cortes em mutirões da Cemig

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Savassi é alvo de novas inspeções e cortes em mutirões da Cemig

Foram encontradas diversas irregularidades na tradicional área comercial da capital


A Savassi, importante área comercial e residencial da região centro-sul de Belo Horizonte, recebeu, nessa semana, um novo mutirão antigatos da Cemig, que está intensificando o combate a ligações irregulares e clandestinas em todo estado nos últimos meses. Nessa ação, os técnicos inspecionaram 40 medidores de consumo de energia, sendo identificados indícios de fraudes em 40% dos casos.

Os equipamentos suspeitos foram retirados e levados para perícia técnica no laboratório da companhia. O objetivo dos mutirões é minimizar o prejuízo anual de aproximadamente R$ 300 milhões com furto de energia. Além das inspeções, foram também realizados 790 cortes por falta de pagamento, e o retorno de recuperação de receita previsto com as duas ações é de mais de R$500 mil.

De acordo com gerente de Gestão e Controle da Medição e das Perdas Comerciais da Cemig, Marco Antônio de Almeida, as ligações irregulares acontecem em todos os setores da sociedade.

“A prática permeia todas as classes sociais. É uma questão de cultura e estamos combatendo isso. O prejuízo é rateado entre a Cemig Distribuição e todos os consumidores adimplentes, diminuindo os ganhos da distribuidora e encarecendo a tarifa para aqueles que usam a energia de maneira honesta”, afirma.

Ainda segundo o gerente da Cemig, a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Por isso, a Companhia investe em operações e possui, ainda, um centro de inteligência que acompanha o consumo em tempo real de todos os seus clientes.

“Acompanhamos o consumo dos mais de 8 milhões de clientes e, além de fazer a rotina diária de inspeções através dessas avaliações de consumo, fazemos inspeções rotineiras e mutirões em todos o estado. Temos encontrado muitas irregularidades e, ao corrigi-las, conseguimos preservar a receita da Companhia”, destaca.  

 

Prática é criminosa

Caso seja confirmado a irregularidade pela Cemig, o titular da unidade consumidora pode responder criminalmente, já que a intervenção é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.

“Além da sobrecarga na rede elétrica, as ligações irregulares podem causar graves acidentes e danos aos equipamentos elétricos e queda na qualidade da energia, devido às constantes interrupções no sistema elétrico provocadas pelo consumo irregular. Vale lembrar, ainda, que várias ocorrências de rompimento de fios e queima de transformadores são registradas devido a essa prática criminosa”, finaliza Marco Antônio de Almeida.

As ligações irregulares e clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção civil e manutenção predial. A população pode denunciar irregularidades pelo telefone 116. O risco de acidentes decorre da falta de padronização e de proteção adequada das ligações ilegais, que muitas vezes deixam os cabos de energia expostos.
 

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