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Artigo do ex-diretor do Banco Mundial, John Briscoe, destaca êxitos do Choque de Gestão

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Modelo voltado à eficiência da administração pública, iniciado em Minas Geras em 2003, tornou-se referência nacional e internacional, afirma Briscoe

Em artigo publicado nesta quinta-feira (3) em dois dos principais jornais do país – Correio Braziliense e Estado de Minas – o ex-diretor do Banco Mundial no Brasil entre 2005 e 2008, John Briscoe, elogia as diretrizes que vêm sendo adotadas pelo Governo do Estado desde 2003. Segundo Briscoe, a percepção do então governador Aécio Neves de promover um consistente choque de gestão para buscar o equilíbrio das contas públicas e, em seguida, organizar as políticas prioritárias foi essencial para que Minas conseguisse obter do Bird o maior empréstimo já concedido a um ente governamental subnacional.

Em seu texto, Briscoe assinala que, no Brasil, a qualidade dos serviços públicos — em transportes, educação, saúde e justiça — era e continua baixa, apesar de já ter havido melhorias. Uma conta alta que é paga pelo cidadão, uma vez que, segundo ele, a soma dos impostos arrecadados em relação ao PIB brasileiro (de quase 40%) é quase o dobro do que o cobrado na maioria dos países com renda média similar.

De acordo com o ex-diretor do Banco Mundial, logo após ter sido eleito, Aécio Neves havia entendido muito bem o grande gap entre o que é pago pelo povo e o que recebe de volta. Para Briscoe, o Choque de Gestão foi um divisor de águas para o Brasil: mostrou que uma nova política, baseada em resultados, performance e qualidade técnica era possível. E enfatiza: Os primeiros resultados foram espetaculares e todos em Washington ficaram bem impressionados.

Com a reeleição de Aécio, apoiado pelo então vice-governador Antonio Anastasia e pela secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, e o slogan Estado para Resultados, a confiança da instituição financeira para financiar os projetos do Estado permaneceu em alta. A experiência de Minas não teve apenas repercussões nos outros estados brasileiros, mas muito além: deu consistência transnacional à ideia de boa governança e mostrou que havia novo rumo, frisa o ex-diretor do Bird. No artigo, ele destaca ainda que, com a eleição do governador Anastasia, o estado consolidou o que aprendeu e como está construindo nova e ousada geração de reformas — a gestão para a cidadania.

Diante desse cenário, Briscoe pergunta em seu texto: o que a experiência mineira pode significar na ‘revolução do Twitter’ que desembarcou no Brasil?. Ele diz que é precisamente quando oportunidades são abertas que os mais pobres não mais se contentarão. E explica: Agora eles são contribuintes e querem ver, incentivados pelo debate nas mídias sociais, para onde os impostos são direcionados, sem admitir projetos e pessoas corruptas.

Ao finalizar, o ex-diretor do Banco Mundial questiona como fica o país após as manifestações ocorridas em junho. É preciso construir uma política que traga resposta confiável, de longo prazo, ao legítimo conjunto de demandas, sugere. Do meu tempo no Brasil, é igualmente claro que foi Aécio, quase sozinho entre os políticos, que viu isso escrito nas paredes uma década atrás. E, munindo-se de iniciativas mundialmente inovadoras, construiu um estado de alta qualidade e idoneidade moral. Precisamente para reduzir o gap, que é cobrado hoje nas manifestações brasileiras, entre aspiração e possibilidade, por um lado; e entregas e resultados, por outro, avalia o ex-diretor do Banco Mundial no Brasil, em seu artigo.