Polícia Comunitária reúne profissionais e sociedade civil

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Encontro Regional de Polícia Comunitária reúne profissionais de segurança pública e sociedade civil

Ação promovida por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) foi realizada em Contagem, no Território Metropolitano, no 39º Batalhão de Polícia Militar

 

Durante toda esta terça-feira (18/7), profissionais de segurança e sociedade civil estiveram reunidos no 39º Batalhão de Polícia Militar, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para participação no segundo Encontro Regional de Polícia Comunitária. O evento é uma realização do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e da Escola Integrada de Segurança Pública (Eisp).

O objetivo da ação é trocar experiências desenvolvidas, atualmente, pela Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e também pela Sesp. Além disso, pretende-se elucidar o conceito de polícia comunitária, que passou a ser mais difundido depois da década de 90, época em que os trabalhos das forças de segurança focaram também na aproximação da comunidade, de forma participativa. Serão realizados encontros em todas as regiões do estado, com a finalidade de capacitar até 1.800 pessoas nos próximos meses.

Durante a abertura do evento, o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sesp, Odilon Couto, lembrou que, em 1988, a Polícia Militar iniciou um projeto de policiamento distrital, um embrião do que poderia ser feito para envolver a comunidade na busca de uma solução dos problemas de segurança.

“Depois desse projeto, lembro-me que, em 1993, foram elaboradas as Diretrizes de Planejamento Operacional, com 14 pressupostos, que já sinalizavam que sem a participação social o poder público, por si só, não ia vencer a criminalidade cada vez mais organizada”, disse. 

Na sequência, o coronel da PM, Mauro Alves, ressaltou que, em meados da década de 1940, a polícia formava seus soldados para a guerra.

“Falar em Polícia Militar colaborativa e parceira era impensável naquela época. No final da década de 1980, o cenário mudou vertiginosamente. Com a PM próxima ao cidadão, há a promoção da paz. Precisamos somar esforços para colocar o nosso país onde ele não poderia ter saído”, disse o coronel.

Como exemplos de proximidade entre a atuação policial e a sociedade, a tenente da PM, Andrea Cristina Guimarães, listou alguns dos projetos que funcionam na 2ª Região de Polícia Militar e dão bons resultados. É o caso da rede de vizinhos protegidos; rede de empresas, bancos e comerciantes protegidos; projeto carga segura; projeto vibrante mirim; patrulha social; celular seguro; teatro interativo túnel das drogas e Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).

Segundo a tenente, a mobilização da comunidade e o reestabelecimento da confiança do cidadão no trabalho policial é fundamental para que esses projetos sigam adiante e deem resultados.

Outro destaque do encontro foi a participação do delegado da Polícia Civil, Álvaro Homero, que reforçou a afirmação de que sem a participação da comunidade fica mais difícil se fazer segurança pública.

“Todas as informações que temos vem da comunidade. Por mais que tenhamos outros aparelhamentos, a essência vem da comunidade. É da comunidade que vem as informações e as testemunhas. O aprimoramento do estudo de polícia comunitária passa a ser de suma importância”, disse.

Na primeira palestra do dia, que conceituou o termo polícia comunitária, o tenente do Corpo de Bombeiros Militar, Fábio Gomes Silva, também apresentou projetos que aproximam a corporação da comunidade e permite o estabelecimento de vínculos importantes para o trabalho operacional. Dentre os projetos estão o curso de natação, aberto à população, que atende 8 mil pessoas por ano e tem duração de quatro meses, com aulas três vez por semana, nos turnos da manhã e da tarde.

"Além de ensinarmos uma prática esportiva, evitamos que muitas crianças e jovens fiquem na rua, sem algum propósito”, pontuou o bombeiro militar.