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Programa fortalece estudos relacionados à cachaça

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Epamig desenvolve trabalhos integrados envolvendo todas as etapas da cadeia produtiva
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Foto Diego Vargas

 

Contemplar aspectos agronômicos, tecnológicos, ambientais e produtivos, com foco na qualidade, produtividade, sustentabilidade e valorização da cachaça de alambique mineira.  Esse é o objetivo do Programa Estadual de Pesquisa em Cana de Açúcar e Cachaça de Alambique, desenvolvido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Segundo a  pesquisadora e professora da Epamig – Instituto Tecnológico de Agropecuária de Pitangui (Itap) Ana Cláudia Silveira Alexandre, os trabalhos propõem uma abordagem integrada da cadeia produtiva, do cultivo da cana-de-açúcar e aperfeiçoamento do processo produtivo até a melhoria da qualidade físico-química e sensorial do produto final.  

“As frentes de pesquisa voltadas à cana-de-açúcar abrangem a seleção de cultivares adaptadas aos biomas mineiros, aptas à produção de cachaça e derivados, bem como o aprimoramento de práticas de manejo fitotécnico e ecofisiológico, visando maior eficiência produtiva e sustentabilidade”, afirma.

No que se refere à produção da bebida, os estudos vão incluir a bioprospecção de microrganismos e a otimização de processos fermentativos para melhoria da qualidade e padronização da bebida; pesquisas sobre envelhecimento e maturação, com diferentes madeiras, barris e tempos de armazenamento, para agregar valor sensorial e comercial.

“Além disso, teremos pesquisas voltadas à identidade territorial das microrregiões de Minas Gerais, de modo a promover a diferenciação e a valorização dos terroirs mineiros e o desenvolvimento de novos produtos e derivados da cana e da cachaça, estimulando a diversificação e a inovação tecnológica no setor”, destaca Ana Cláudia. 

 Ensino e transferência de tecnologias

Uma unidade referência para produção de cachaça de alambique, o Alambique-Escola, será implantada na Epamig Itap. As fases executivas estão previstas para começar em 2026. A ação, junto à Emater-MG, atende a uma demanda do estado, identificada pelo Diagnóstico Perfil dos empreendimentos de cachaça de alambique do estado de Minas Gerais – 2023, realizado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

A pesquisa, que contou com a participação de 21% dos estabelecimentos registrados no estado, revelou que cerca de 40% desses estabelecimentos não recebem nenhum tipo de assistência técnica, seja para a produção de cana-de-açúcar ou para a fabricação da bebida.

“Esses dados reforçam a demanda por maior orientação técnica aos produtores e evidenciam a importância de uma estrutura como o Alambique-Escola, que oferecerá suporte contínuo, capacitação prática e condições para aprimorar a qualidade da cachaça, contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva”, ressalta Ana Cláudia, lembrando que a pesquisa para o Diagnóstico de 2025, pode ser respondida por meio deste formulário.

Cachaças de Minas

Minas Gerais é líder na produção de cachaça de alambique no Brasil e o maior produtor da bebida no país. No entanto, há poucas informações sobre o volume total da produção, classificação dos empreendimentos, mão de obra adotada, tipo de assistência técnica, realização de análise laboratorial da bebida, perfil dos responsáveis técnicos, dentre outras, o que motivou o diagnóstico. 

“O estudo colhe dados relativos à produção, agroindústria, comercialização, tributação, mão de obra e plantio de cana. É bem completo para conseguirmos entender a cadeia como um todo e embasar o investimento em políticas públicas que conversem com a realidade”, afirma a diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, Sandra Regina Carvalho dos Santos. 

Jornalista responsável: Mariana Vilela Penaforte de Assis

Foto: Diego Vargas - Seapa

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