Minas avança em ações voltadas para a produção de cachaça
A 34ª Expocachaça, considerada a vitrine mundial da cachaça de alambique, chega com dose tripla de sabores e repleta de atrações. Além da aguardente brasileira, doces e queijos artesanais mineiros, quitandas e cervejas especiais estarão à mostra na feira que começou nesta quinta-feira (7/08) e vai até sábado (9/08), no CenterMinas Expo, em Belo Horizonte. Durante a abertura do evento, o secretário de Estado da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, anunciou oficialmente nova legislação que irá facilitar a produção de cachaça no estado.
Sancionada neste mês, a Lei n° 25.424, anunciada pelo secretário, dispõe sobre a inspeção e a fiscalização de produtos de origem vegetal destinados à alimentação humana. A legislação é fundamental para desburocratizar o processo de produção e comercialização da cachaça e da aguardente de cana, cujas bebidas possuem valor histórico, cultural e gastronômico no estado.
O secretário oficializou também o início da coleta de dados para o Diagnóstico do Perfil dos Empreendimentos de Cachaça de Alambique de Minas Gerais, que será lançado em 2026. O estudo busca aprofundar o conhecimento sobre a cadeia produtiva da cachaça de alambique no Estado, para o desenvolvimento de ações e políticas públicas ainda mais alinhadas para o setor.
“A 34ª Expocachaça e celebra uma das maiores riquezas culturais e econômicas de Minas Gerais: a cachaça mineira. Já somos o segundo maior exportador de cachaça do Brasil, movimentando mais de 1,9 milhão de dólares só com exportações. Isso é fruto de um trabalho sério serio de regularização dos alambiques, assistência aos produtores e pesquisa de excelência”, destacou Thales.
A feira reunirá 250 expositores que irão ocupar, integralmente, a área de mais de 12 mil m² do centro de eventos. A estimativa é de que 25 mil pessoas visitem a Expocachaça nos três dias do evento, que projeta movimentar R$ 30 milhões. A Expocachaça é realizada em parceria da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), que terá um estande de 50 m² na feira. No espaço, os visitantes poderão obter informações sobre projetos e ações Secretaria e suas vinculadas – Emater-MG, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Criada em 1998 para que a cachaça fosse reconhecida como um destilado nobre, produzido dentro dos padrões de qualidade, a Expocachaça se consolida, hoje, como um hub de fomento cultural, gastronômico e empreendedor, gerando oportunidades de negócios e conexões entre produtores, distribuidores, lojistas, exportadores, pesquisadores e apreciadores.
“Reafirmamos nossa missão de promover a cachaça de alambique, agregando valor ao produto e fomentando negócios em todo o ecossistema. Aqui a cachaça sempre foi protagonista,” destaca o idealizador da Expocachaça, José Lúcio Mendes. Neste ano, 210 expositores de 18 estados brasileiros irão apresentar nos estandes 2 mil marcas de produtos, insumos e equipamentos de toda a cadeia produtiva para as cachaças de alambique.
A feira abriga também o festival Minas + Doce, com 32 estandes, que colocará à mostra a riqueza e a diversidade da doçaria mineira, envolvendo a produção de doces artesanais, quitandas, queijos Minas Artesanais, licores, cachaças, azeites e vinhos. “Doce e cachaça vêm da cana-de-açúcar e usam o cobre como símbolo da tradição e da técnica: o tacho nos doces e o alambique na cachaça”, diz a curadora do festival, Rosilene Campolina, lembrando que haverá ainda oficinas gratuitas de doces. Em oito estandes, a BrasilBier, feira mundial de cervejas artesanais, além de expor rótulos, oferecerá degustações, harmonizações e oportunidades de negócio.
Debates
O evento será também palco de debates, lançamentos e reflexões sobre o futuro da cadeia produtiva, com a participação de especialistas, pesquisadores e protagonistas do setor. A Expocachaça termina, no sábado, com show da dupla sertaneja Marcos Paulo & Marcelo, a partir das 21h30.
Jornalista responsável: Márcia Queiroz
Fotos: Diego Vargas/Seapa