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Mixologista apresenta coquetéis com sabores da cultura de Minas

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Especialista lança cartilha com receitas originais em evento promovido pela Seapa para estímulo à cadeia produtiva da cachaça de alambique
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Márcia Queiroz

Imagine coquetéis que levam queijo mineiro, jabuticaba ou que homenageiam o cerrado, um dos biomas do Estado. Receitas inusitadas de bebidas que valorizam a cultura regional integram a Cartilha de Drinks de Cachaça, lançada nesta segunda-feira (29/09) pelo mixologista Leo Gomes. A publicação foi apresentada pelo especialista a produtores, empresários do setor varejista e representantes de instituições atuantes no setor, durante a Agenda de Relacionamento para Cachaça de Alambique, na sede da CDL, em Belo Horizonte.

A iniciativa de produção e lançamento da cartilha é do mixologista Leo Gomes, com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Patrocínio da Associação Nacional da Cachaça de Alambique (ANPAQ). A ideia do autor é  estimular o uso mais diversificado da bebida em bares e restaurantes.

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Márcia Queiroz

Promovida pelo Governo de Minas, por meio da Seapa e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), com a parceria do Sebrae Minas, a Agenda tem como objetivo fomentar a cadeia produtiva da aguardente.

“É uma oportunidade estratégica para geração de negócios e para o fortalecimento de laços institucionais entre os empresários, instituições atuantes junto ao setor e produtores de cachaça, fomentando o networking e o intercâmbio de experiências entre os participantes”, destacou a diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, Sandra Santos.

O evento, segundo ela, serviu como oportunidade para o mixologista mostrar as diferentes formas no preparo de drinques, para servir em bares, restaurantes e festas.  A Cartilha de Drinks traz receitas de nove coquetéis à base de cachaça de alambique mineira, que, além de tradicionais ingredientes como especiarias e ervas, levam outros produtos típicos do Estado. Um dos drinques, por exemplo, é preparado com fatia de queijo mineiro. Outro, que ganhou o nome de Jabutiê, inclui jabuticaba, fruta típica brasileira, com grande tradição em Minas, especialmente no município de Sabará.  Um dos biomas de Minas, o Cerrado, batiza o coquetel Cerrado Elétrico.

A Agenda de Relacionamento foi aberta com palestra magna sobre a cachaça de alambique mineira - cujo processo de produção é considerado Patrimônio Imaterial do Estado. Além de conhecerem a Cartilha, na sequência os participantes puderam interagir, propiciando novos relacionamentos e possibilidade de negócios. “A Agenda contribui para a construção de uma rede colaborativa, capaz de potencializar as políticas públicas voltadas para o setor de cachaça de alambiques em todo o território mineiro”, afirmou Sandra Santos.

O secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, e o subsecretário de Política e Economia Agropecuária, Gilson de Assis Sales, participaram do evento. Ambos destacaram a importância da cadeia produtiva de cachaça para a economia mineira. Gilson Sales lembrou ainda da relevância das exportações e da  necessidade de divulgar  o produto mineiro no mercado externo. Na oportunidade, foram anunciadas duas missões internacionais comerciais, a missão no México e  a quarta edição da missão que será realizada em novembro deste ano no país vizinho, Paraguai.

Importância

A cadeia produtiva da cachaça tem grande representatividade na economia mineira. O estado possui 501 estabelecimentos registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), segundo o Anuário da Cachaça publicado em 2025.

Conforme diagnóstico do perfil dos empreendimentos de cachaça de alambique do Estado, realizado em 2023 pela Seapa, 79,2% dos estabelecimentos mineiros produtores fazem contratação de mão de obra, demonstrando que a atividade gera postos de trabalho.

O Anuário da Cachaça do Mapa, revela, ainda, que a fabricação de aguardente de cana-de-açúcar gera 6.363 empregos diretos, representando 4,5% do estoque de empregos gerados dentro da atividade de fabricação de bebidas.

O setor se destaca também pelas exportações. Em 2024, o Estado exportou 349,9 toneladas do produto. De janeiro a junho deste ano, foram 163,6 toneladas, num valor de US$741,8 mil. Os principais países compradores são Estados Unidos (39%), Uruguai (24%), Itália (21%), Reino Unido (7%) e Japão (2%).

 

 

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Minas Gerais tem 501 estabelecimentos produtores registrados no Ministério da Agricultura

 

 

Jornalista responsável: Márcia Queiroz

Fotos: Márcia Queiroz

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