Diagnóstico inicial de impactos do rompimento

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Devido à magnitude do desastre, o real dimensionamento de seus impactos negativos, diretos e indiretos, depende de diagnósticos que levem em consideração não apenas os efeitos mais imediatos – como os óbitos e a destruição material – mas, também, os danos e prejuízos territoriais, sociais, econômicos e ambientais, que só serão sentidos, percebidos e avaliados a médio e a longo prazos.

O rompimento de uma barragem requer o rearranjo abrupto de toda a dinâmica social, econômica e ambiental da região afetada. Seus efeitos vão da dispersão e deslocamento de famílias às questões de saúde mental; dos problemas de infraestrutura para acesso à água à dificuldade de abastecimento de alimentos; da destruição de espaços e lugares simbólicos, tradicionais e/ou religiosos das comunidades à destruição do patrimônio imaterial, da identidade e das manifestações culturais; da mudança no modo de vida das cidades aos impactos no comércio, indústria e arranjos produtivos locais. Há, ainda, o impacto gerado pela reconstrução das cidades, com a poeira gerada pelas obras, a movimentação anormal de pessoas e veículos, as desapropriações necessárias, que promovem mais mudanças e deslocamentos das famílias.

Tudo isso afeta de forma brutal a vida das pessoas, a realidade dos municípios e, também, a dinâmica de funcionamento e de prestação de serviços públicos. A intensa demanda adicional sobre o poder público, que é chamado a atuar com celeridade e efetividade no processo de reparação, requer incremento da capacidade de resposta e de provisão de serviços públicos, bem como a elaboração e implementação de políticas públicas específicas para os territórios e pessoas atingidas. 

Nesse sentido, destacamos aqui, os principais efeitos do rompimento já identificados pelos órgãos públicos estaduais, que estão desenvolvendo ações em diversas áreas temáticas para sua mitigação, reparação e compensação.