Reparação Brumadinho: nova etapa dos Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana é iniciada em Curvelo e Pompéu

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Coletas da fase 2 dos Estudos de Risco

Coletas feitas na fase 2 dos Estudos de Risco | Foto: Grupo EPA

Os Estudos de Avaliação de Risco a Saúde Humana tiveram um avanço importante para a reparação da região atingida pelo rompimento das barragens da Vale, em Brumadinho. Foi iniciada nesta semana a fase dois do projeto na área alvo 13, que abrange os municípios de Curvelo e Pompéu.  

Nesta etapa, são feitos os trabalhos de investigação ambiental com coletas de amostras do solo, de sedimentos e da água do Rio Paraopeba, da água subterrânea, de alimentos vegetais (hortaliças, frutas, raízes, entre outros), de alimentos de origem animal (ovos, leite, carnes, entre outros) e de poeira em residências. Também serão levantadas informações a partir da captura de espécies de plantas e animais. 

Está previsto a coleta de cerca de 330 amostras na área correspondente a Curvelo e Pompéu. As atividades são acompanhadas pela auditoria externa, pelos órgãos de estado e podem ser acompanhadas pelas Assessorias Técnicas Independentes (ATIs) e pela população residente na região.  

Após a coleta estas amostras são enviadas para laboratórios para que sejam quantificadas as concentrações das substâncias químicas que possam gerar algum efeito indesejado à saúde e ao meio ambiente. 

Os resultados destas análises vão subsidiar a verificação da existência de contaminações e dos eventuais riscos decorrentes do contato com os rejeitos provenientes do rompimento das barragens de mineração. 

Participação 

É importante que toda a comunidade participe do processo de levantamento de dados, acompanhando as atividades de campo. Para realização das coletas as equipes de campo, devidamente identificadas, vão solicitar acesso às propriedades e às residências para coleta de amostras de poeira e de alimentos cultivados.  

Os Estudos de Avaliação de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico (ERSHRE) estão previstos no Acordo Judicial de reparação pelos danos causados pelo rompimento das barragens BI, BIV e BIV-A da Vale em Brumadinho, assinado pelo Governo de Minais, o Ministério Público de Minas Gerais, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública de Minas Gerais com a Vale. O rompimento resultou na perda de 272 vidas humanas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais. O projeto visa identificar os riscos potenciais à saúde humana e ao meio ambiente decorrentes da presença de rejeitos no solo e nas águas do Rio Paraopeba, bem como estabelecer estratégias integradas de intervenção. 

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