União contra os danos da chuva no campo

O trabalho para enfrentamento de danos e adversidades causados pelas chuvas, no campo, começou em Minas Gerais. O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, assinou nesta terça-feira (6/10) o protocolo de atuação conjunta entre a Coordenadoria de Defesa Civil (Cedec) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), que irá facilitar o repasse de recursos para os municípios em caso de adversidades no período chuvoso.
A assinatura aconteceu durante a abertura do “Seminário de Enfrentamento ao Período Chuvoso: estratégias de preparação e resposta para minimizar os efeitos das chuvas em Minas Gerais”, promovido pelo Governo de Minas, para prevenir desastres típicos do período chuvoso, que ocorre entre os meses de dezembro e fevereiro.
No evento, com a presença do governador Romeu Zema, foi lançado o Plano Estadual de Enfrentamento do Período Chuvoso (2025-2031) no Estado. O objetivo é capacitar e preparar Defesas Civis municipais para lidar com os desafios e riscos das chuvas, como enchentes e deslizamentos, por meio de compartilhamento de estratégias de prevenção, mitigação, resposta e reconstrução.
Além do governador e do secretário Thales Fernandes, assinaram o protocolo de ação conjunta o diretor-presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG), Otávio Maia, e o coordenador da Defesa Civil, coronel PM Paulo Roberto Rezende, também chefe do Gabinete Militar do governador.
“O período chuvoso é muito interessante porque é a época do plantio das nossas culturas, mas é muito preocupante quando esta chuva vem em excesso, e a área rural sofre, assim como as cidades sofrem. Nós, da Secretaria de Agricultura e nossas vinculadas (IMA, Epamig e Emater-MG), estamos juntos para trabalhar neste enfrentamento para que a gente possa ter o menor dano possível pelas chuvas e ter também a melhor colheita possível das nossas safras, porque esta chuva para nós, do agro, é muito importante”, disse o secretário Thales Fernandes.
O protocolo visa potencializar e aperfeiçoar o preenchimento de dados no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), em relação aos danos ocorridos na zona rural em decorrência de eventos relacionados ao período chuvoso, por meio do repasse de informações levantadas pelos extensionistas da Emater-MG, em relatório compartilhado com os coordenadores municipais de Proteção e Defesa Civil dos municípios afetados pelos desastres.
O relatório permitirá o lançamento de dados no sistema de forma mais completa, impactando no repasse de recursos financeiros da União aos município, nas situações de emergência ou calamidade pública com decretação devidamente reconhecida.
A Emater-MG está inserida no programa como responsável pelo processo de catalogação dos efeitos do período chuvoso na infraestrutura rural. “A gente vai catalogar estes problemas e por meio dessa ação vamos conseguir angariar recursos para que os municípios façam a recuperação de pontes, mata-burros, estradas”, explica o diretor-presidente, Otávio Martins Maia.
A construção de barraginhas, orientação aos produtores em relação ao uso da água e o manejo correto do solo são algumas das ações adotadas pelo trabalho de extensão com o objetivo de melhorar a vida do agricultor e mitigar os efeitos das chuvas, reforçou Otávio Maia.
O governador Romeu Zema relata que para evitar maiores tragédias, o estado tem realizado investimentos em tecnologias que detectam com antecedência altas precipitações. Ele destaca a importância de preparar também os municípios para que possam prestar assistência. “A defesa civil do estado tem realizado treinamentos com as defesas civis municipais, pois são eles que têm condições de dar o primeiro auxílio aos atingidos até que o estado possa atender. É um trabalho conjunto importantíssimo que pode prevenir muitas vítimas”.
O coordenador Estadual de Defesa Civil, Coronel Paulo Roberto Bermudes Rezende, relata as ações já realizadas. “Fizemos um treinamento com mais de 3 mil agentes municipais, distribuição de kits para auxiliar as coordenadorias municipais, linhas de crédito para financiamento aos municípios, construção de bacias de contenção. Uma série de atividades para a gestão de riscos”.