Resposta rápida do IMA e uso de tecnologia foram decisivos no controle do primeiro foco da doença no estado
Minas Gerais chega nesta quarta-feira, 2 de julho, à marca de 28 dias sem novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), após a detecção do primeiro foco da doença no estado, em aves ornamentais de vida livre, em um sítio no município de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no dia 26 de maio. A resposta imediata do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), aliada ao uso de tecnologias inovadoras no sistema de gestão agropecuária, foi determinante para o controle da situação. Além disso, hoje, o IMA também comunicou oficialmente ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que não houve novos casos da doença em território mineiro desde então.
Apesar de o caso não envolver aves de produção, o alerta foi tratado com máxima prioridade. Em poucos dias, foi organizada uma força-tarefa que mobilizou 12 coordenadorias regionais do IMA, fiscalizou mais de 600 propriedades, orientou quase 2 mil pessoas e reforçou ações educativas e de vigilância ativa, seguindo o Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo, ainda em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul.
Durante a força-tarefa, os servidores do instituto orientaram os riscos da doença, seus sinais clínicos e como cada criador pode colaborar com a vigilância. O recadastramento das propriedades avícolas também foi realizado no decorrer da ação e foi outro ponto-chave: ao manter um banco de dados atualizado sobre as criações no estado, o IMA fortalece ainda mais a capacidade de resposta a futuras emergências sanitárias.
Sistema de gestão agropecuária agiliza resposta e reduz riscos sanitários
Um dos principais aliados no enfrentamento do foco foi o novo sistema de gestão agropecuária, fruto de um convênio entre o IMA e a Universidade Federal de Lavras (UFLA). A ferramenta tecnológica trouxe ganhos imediatos à rotina da defesa sanitária mineira, especialmente, com o painel de emergências sanitárias, que permitiu identificar, em poucos minutos, as propriedades localizadas nos raios de 3, 7 e 25 quilômetros a partir do foco da gripe aviária.
Essa agilidade foi essencial para planejar ações de vigilância em campo, eliminando processos manuais e economizando tempo e recursos. “Essa foi a primeira vez que colocamos em prática o uso do painel em uma emergência sanitária real, e o resultado foi muito positivo. Ganhamos tempo, aumentamos a eficiência e conseguimos atuar com mais precisão”, afirma Izabella Hergot, gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA.
A gerente ainda reforça que o resultado celebrado atualmente, sem novos casos após quase um mês do foco, é reflexo do esforço coletivo de uma equipe preparada e do uso do novo sistema de gestão agropecuária. Isso evidencia o compromisso do Governo de Minas em proteger a produção mineira, investindo no aprimoramento de sistemas e tecnologias voltadas à defesa agropecuária.
Serviço
Para colaborar com a vigilância e manter a segurança do plantel mineiro, o IMA reforça que qualquer suspeita de doença em aves deve ser comunicada imediatamente a uma de suas unidades. Os endereços e contatos de todos os escritórios seccionais podem ser consultados no site oficial do órgão (clique aqui).
Além disso, o cadastro de produtor(a) e de propriedade é obrigatório e pode ser feito presencialmente ou pelo e-mail dos escritórios seccionais do IMA. Para conferir as etapas do cadastro, acesse a Carta de Serviços “Solicitar cadastro de produtor(a) e propriedade”. Nela, estão disponíveis os formulários e todas as orientações necessárias.
Assessoria de Comunicação Social
Redação: Marina Lemos
Imagens: Acervo IMA