Definidas as ações de recuperação das propriedades rurais atingidas pelo rompimento da barragem de Mariana
As ações da Emater-MG, dentro do Novo Acordo de Mariana, para a recuperação das propriedades rurais atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão foram apresentadas aos profissionais da empresa, nesta quinta-feira (dia 4), em sua sede. O acordo foi criado para garantir a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem há dez anos. Dentro dele, a Emater-MG vai atuar na recuperação produtiva e ambiental de 1570 propriedades rurais, de 38 municípios mineiros.
O diretor-presidente Otávio Maia diz que a empresa participou desde a construção e idealização das ações do projeto, voltadas para as áreas rurais. “Estamos presente no anexo 12 e o 18 do acordo, sempre com foco na reconstrução produtiva e ambiental das propriedades rurais atingidas. Houve um grande problema ambiental e o anexo 18 foca no atendimento integral de todas as propriedades da mancha inundada pelo material da barragem. Já o anexo 12 é mais uma recuperação ambiental produtiva e ambiental da região focada em 30 propriedades em cada um dos 38 municípios afetados”, explica Otávio.
Trabalho de reparação
Em alinhamento com o Governo de Minas, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e o Comitê Pró-Rio Doce, o primeiro eixo de trabalho vai contemplar ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) nas margens do Rio Doce, nas áreas rurais situadas dentro da mancha de inundação causada pelo rompimento da barragem e enchentes subsequentes, acrescida de um raio adicional de 100 metros, conforme delimitação oficial.
Já o eixo 2 abrange os municípios diretamente atingidos e contempla ações de Ater, especialmente voltadas para o estímulo à produção agropecuária, comercialização e adequação socioeconômica e ambiental nos 38 municípios diretamente atingidos. São eles: Aimorés, Alpercata, Barra Longa, Belo Oriente, Bom Jesus do Galho, Bugre, Caratinga, Conselheiro Pena, Coronel Fabriciano, Córrego Novo, Dionísio, Fernandes Tourinho, Galiléia, Governador Valadares, Iapu, Ipaba, Ipatinga, Itueta, Marliéria, Mariana, Naque, Ouro Preto, Periquito, Pingo D'Água, Ponte Nova, Raul Soares, Resplendor, Rio Casca, Rio Doce, Santa Cruz do Escalvado, Santana do Paraíso, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, São Pedro dos Ferros, Sem-Peixe, Sobrália, Timóteo e Tumiritinga.
Longa experiência
“Vamos trabalhar com a ferramenta ISA (Indicador de Sustentabilidade de Agroecossistemas), que contempla 17 indicadores com pilares econômicos, sociais e ambientais. Essa metodologia gera um índice de sustentabilidade da propriedade rural e vai nos dar o direcionamento das ações a serem implementadas”, esclarece o gestor do projeto e coordenador da Emater-MG, Gilmar Oliveira.
Pioneira no serviço de extensão rural no país, a Emater-MG está presente em 817 municípios mineiros, beneficiando, anualmente, mais de 350 mil produtores rurais mineiros. “São 77 anos de história e trazemos toda essa expertise na execução de políticas públicas voltadas ao meio rural e na promoção da sustentabilidade para apoiar esse trabalho de reparação em uma de suas vertentes principais”, salienta o diretor-presidente da Emater-MG.
Jornalista responsável: Flávia Freitas - Ascom/Emater-MG
Foto: Divulgação/Emater-MG