Vem aí mais uma temporada do pequi

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Vem aí mais uma temporada do pequi

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Principalmente pelo gosto marcante e o cheiro durante o cozimento, o pequi pode até dividir algumas opiniões. Mas não há dúvida: quem gosta não abre mão da fruta.
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Diga Caryocar brasiliense e possivelmente aqueles que te rodeiam vão ficar com cara de não entendi. Mas basta falar a palavra pequi – uma das joias da coroa do cerrado brasileiro – para o dilema evaporar: uma fruta de cor amarela, com cheiro e sabor bem característicos, que figura na categoria do ame-o ou deixe-o.

É assim, para o bem ou para o mal: ninguém gosta parcialmente do Caryocar brasiliense (nome científico do pequi). Muito em função do gosto marcante e do cheiro, a fruta divide radicalmente opiniões. Há aqueles que o veneram. Outros, literalmente, torcem o nariz.

Mas para os amantes é difícil esperar os últimos meses do ano, notadamente novembro, quando a fruta começa a chegar nas mãos de feirantes e ambulantes, período que se estende até fevereiro. Vale citar que há alguns processos para sua conservação nos meses que não sejam o da safra (congelamento ou conserva), porém os fãs radicais acham que o pequi fresco é único e soberano, por não sofrer alterações de gosto. 

Típico do cerrado, ele é mais consumido nos estados de Minas Gerais e Goiás (também alguns estados do Nordeste e Centro-Oeste), onde sua cultura culinária é mais difundida, sendo, depois de cozido, servido puro ou compondo com outros alimentos para comer. É imperativo citar que a flor do pequi é uma das maiores criações artísticas do cerrado, uma das mais belas da natureza.

Aliás, se falamos comer, esqueça, pois esse não é o verbo adequado, já que as pessoas precisam roer sua polpa. Isso com certa (ou muita) cautela para evitar contato com os espinhos do fruto que ficam em sua parte interna. Quem já teve a infelicidade de ter boca e língua tomada por dezenas deles sabe bem do se trata.

Porém, vamos deixar os espinhos de lado e falar de coisas boas. Por exemplo: o pequi é fonte de fibras, vitamina A e potássio, usado também como remédio natural contra a asma, além de ser rico em compostos anti-inflamatórios.

Dele também é extraído óleo, usado na culinária. Como o interesse científico pela fruta só se desenvolveu há poucas décadas, muitos estudos sobre suas propriedades seguem em curso.

A nota negativa fica por conta da destruição do cerrado com o rápido avanço das plantações de eucalipto, que coloca a fruta em perigo de extinção, bem como o próprio cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil por sua imensa variedade de espécies vegetais e animais.

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