Minas Gerais é reconhecida internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação

Minas Gerais acaba de alcançar um novo marco na defesa agropecuária: o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A oficialização ocorreu no dia 29 de maio, durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, em Paris, diante de representantes de 183 países. Representando o Governo de Minas, participaram da cerimônia o diretor técnico do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), André Duch, e o coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância de Febre Aftosa (PNEFA), Natanael Lamas.
"Esse é um fato histórico, muito importante para todo o mercado da proteína animal no Brasil e especialmente em Minas Gerais. Nos primeiros 4 meses do ano, o agronegócio superou a mineração nas exportações com US$ 6,5 bilhões. Depois do primeiro produto da pauta de exportação, que é o café, o segundo foi a proteína animal, a carne bovina. O reconhecimento internacional pela Organização Mundial da Saúde Animal, em Paris, na França, do Brasil como área livre de febre aftosa sem vacinação e, consequentemente, Minas Gerais incluído nisso, vem reforçar a importância da abertura de novos mercados, mais exigentes como Japão e outros. Reforça também a robustez do serviço veterinário oficial mineiro. O trabalho do IMA, vinculado à Seapa, é importantíssimo para a agropecuária. É o órgão responsável pela defesa agropecuária em Minas Gerais e teve papel fundamental nesta conquista", comemora o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e abastecimento,Thales Fernandes.
O diretor técnico do IMA, André Duch, por sua vez, afirma que decisão da OMSA consolida décadas de esforços coordenados entre governo, setor privado, entidades e produtores. "É uma abertura de portas para novos mercados internacionais e fortalecendo o setor mineiro e brasileiro. A conquista internacional fortalece o reconhecimento nacional obtido em 2024, quando o estado foi declarado livre da doença sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), consolidando Minas como referência em sanidade animal" observa.

Mais oportunidades
Com o aval da OMSA, Minas Gerais se posiciona entre as maiores referências globais no controle de doenças que impactam o comércio agropecuário. O novo status poderá ampliar de forma expressiva o potencial de exportação de carne e demais produtos de origem animal, abrindo portas para mercados altamente exigentes, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia.
A agropecuária mineira se fortalece em competitividade, amplia o valor agregado de sua produção e impulsiona o desenvolvimento econômico do estado. Na prática, isso significa mais oportunidades de negócios, geração de emprego e renda no campo e nas cidades. Para o consumidor mineiro, representa também uma garantia de que os alimentos produzidos no estado seguem os mais altos padrões de sanidade animal, reforçando a confiança na produção local e a reputação de Minas Gerais como produtor de alimentos seguros e de excelência.
Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados
O evento foi realizado entre os dias 25 e 29 de maio, na Maison de la Chimie, em Paris, reunindo delegações de 183 países, organizações internacionais, especialistas e representantes do setor produtivo. A cerimônia de abertura aconteceu no domingo, dia 25, e contou com a entrega de prêmios a personalidades que se destacaram por suas contribuições à saúde animal, incluindo um fiscal federal agropecuário brasileiro.
Ao longo dos cinco dias, os delegados discutiram e aprovaram resoluções técnicas e administrativas, além de participarem de um fórum inédito sobre vacinas e vacinação animal. Consolidada como um espaço estratégico, a 92ª Sessão Geral da OMSA representa também um momento decisivo para definir diretrizes técnicas que impactam diretamente o comércio global de animais e seus produtos, além de fortalecer os sistemas de vigilância e controle sanitário nos países membros.
Além de Minas Gerais, durante o evento, outros estados brasileiros também pleitearam e conquistaram o reconhecimento internacional de zona livre da doença sem vacinação, ampliando o prestígio do Brasil no cenário internacional da sanidade animal.
Jornalista responsável: Marina Lemos - Ascom/IMA
Foto: Divulgação/IMA