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Minas Gerais apresenta tecnologias em produção de vinhos para pesquisadores europeus

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Pesquisadores visitam Epamig e vinícolas premiadas no Sul de Minas Gerais com intenção de cooperação técnica internacional
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Vinhedos Casa Geraldo Andradas-MG

Que o velho mundo produz vinhos de altíssima qualidade todos sabem, mas e os novos vinhos brasileiros que já ganham prêmios mundo afora? A técnica da Dupla Poda da Videira, desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, e já aplicada em regiões como o Sul de Minas, Cerrado, Chapada Diamantina e a região de Petrolina em Pernambuco, é a grande responsável pela revolução na produção de vinhos finos no Brasil e foi apresentada a grupo europeu de pesquisadores em viticultura e enologia.

Promovida pela SwissNex, rede global suíça que conecta pessoas e instituições em educação, pesquisa e inovação, e pelo Instituto para América Latina da Universidade de St. Gallen, a missão técnica internacional estabelece uma ponte entre Brasil e Suíça. “Essa ação abre as portas para uma cooperação, de fato, entre pesquisadores da Epamig e da Suíça no sentido de aproveitarmos editais e possibilidades de financiamentos de projetos”, relata o diretor técnico da Epamig, Trazilbo de Paula, integrante do receptivo à missão.

De acordo com Letícia Vargas, coordenadora de parcerias de pesquisas e parcerias acadêmicas do St.Gallen Institute of Management in Latin America (GIMLA-HSG), a Suíça, como o país mais inovador do mundo, tem amplas possibilidades de cooperação. “É importante que a Suíça abra fronteiras acadêmicas com áreas ainda pouco exploradas, há muito que aprender com a América Latina”, ressalta. Pedro Capra, gerente do Programa de Relações Acadêmicas da Swissnex Brazil, "a proposta básica é mostrar as pesquisas de excelência que são feitas no Brasil. Nosso papel é encurtar o caminho de um pesquisador na Suíça até um pesquisador no Brasil”.

Além de relatar o encantamento com a hospitalidade e receptivo em Minas Gerais, Antoine Pinéde, economista e pesquisador integrante da missão, ressaltou o interesse nas inovações que a nova fronteira do vinho vem proporcionando. “Sabemos que o novo mundo do vinho introduziu muitas inovações, como é o caso da Dupla, e isso é algo que não temos na Europa. Temos interesse na parte agronômica e também em como isso se traduz no mercado, no marketing e na distribuição. É interessante ver como a produção avançou em cerca de apenas 30 anos. É fantástico ver a quantidade de inovações que aconteceram nesse tempo”, exalta ele.

Cooperação em projetos

As pesquisadoras da Epamig Renata Vieira da Mota, coordenadora do Programa Estadual de Vitivinicultura e Gabriela Alvarenga, identificam possibilidades imediatas de parceria. “A interação foi muito boa, recebemos pesquisadores de diversas áreas como microbiologia e química, clima, inovação e economia, então foi possível ter uma boa ideia do que vem sendo feito de pesquisas por lá. Além disso, vislumbramos possibilidades de parcerias reais”, diz Renata. “Percebemos o quanto temos projetos semelhantes em desenvolvimento. Por exemplo, de identificação de microrganismos autóctones (encontrados livremente nos vinhedos) da região de Minas Gerais e que também está sendo feito lá e que já é uma possibilidade de enriquecer os estudos”, finaliza Gabriela.

O grupo de pesquisadores visitou as vinícolas Casa Geraldo e Stella Valentino em Andradas; Vinícola Experimental da Epamig e Vitácea Enológica, em Caldas, além de passar pela Argentina e Petrolina em Pernambuco.

 

Jornalista responsável: Fernanda N M Fabrino
Foto: Divulgação Epamig 

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