IMA reforça vigilância no Estado para proteger avicultura de doenças

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IMA reforça vigilância no Estado para proteger avicultura de doenças

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Ações rápidas e estratégicas integram Plano Nacional de Defesa Sanitária Animal, garantindo biossegurança e prevenindo impactos econômicos negativos
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Pessoa em frente a granja

Todos os anos, especialmente na primavera, aves migratórias do continente norte-americano viajam rumo à América do Sul e passam por Minas Gerais para descanso e alimentação. Para proteger a avicultura mineira e manter a produção do setor longe de possíveis doenças que possam chegar com esses animais, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) está na linha de frente da execução do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle no estado, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

Em Minas Gerais, a região do Alto do Rio Doce e o município de Lagoa Santa concentram algumas das principais áreas de pouso dessas aves. No entanto, o estado não apresenta uma quantidade significativa de pontos de invernada — áreas onde as aves se reproduzem após a migração — em comparação com regiões como Pantanal, Fernando de Noronha e o litoral paulista.

Desde setembro de 2024, mais de 80 granjas da avicultura industrial e 30 municípios com criatórios de subsistência foram incluídos no ciclo 2024-2025 do atual Plano de Vigilância. Durante as visitas, o IMA realiza inspeções clínicas, atualização de cadastros e orientações aos produtores. Além disso, a fiscalização integra atividades de rotina, como vistorias e ações preventivas, fortalecendo o controle sanitário e o compromisso com a segurança alimentar. O trabalho também inclui coletas de materiais em granjas industriais e criatórios de subsistência, nas áreas pré-definidas pelo Mapa, aquelas com maior movimentação de aves e locais estratégicos, como pontos de pouso de aves migratórias e pontos de invernada.

Este Plano, que abrange todas as unidades federativas do Brasil, tem o objetivo de investigar a possível circulação dos vírus dessas doenças, reforçando a biossegurança nacional e prevenindo doenças com potencial de causar grandes impactos econômicos e ambientais. O trabalho do órgão é garantir que o território mineiro esteja preparado para responder rapidamente a qualquer suspeita dessas doenças, atuando de forma ágil. Isso demonstra o compromisso do IMA com a defesa sanitária e a proteção do setor avícola mineiro.

Fortalecimento da defesa sanitária animal em Minas Gerais

O Laboratório de Saúde Animal (LSA) do IMA, em Belo Horizonte, credenciado no fim do ano passado, para realizar análises de influenza aviária e doença de Newcastle, reforça ainda a capacidade do estado em atuar na vigilância sanitária. Agora habilitado para diagnósticos oficiais dessas enfermidades, o LSA amplia o escopo de atuação do estado, garantindo maior agilidade e suporte ao ministério em possíveis surtos.

Atualmente, as amostras coletadas em Minas Gerais são processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas. No entanto, o credenciamento do LSA posiciona o estado como referência nacional, trazendo benefícios diretos à segurança agropecuária local.

A importância desse trabalho é evidente nos números: são mais de 156 milhões de aves cadastradas no instituto, de acordo com dados de janeiro de 2025, destacando o estado como um dos principais polos da avicultura nacional. A saúde dessas aves é um fator determinante para garantir a competitividade das exportações brasileiras e preservar a segurança alimentar, pilares da economia do estado.

Mesmo em um cenário sem emergências, como foi em 2024, o IMA manteve-se vigilante e preparado para intensificar as ações, caso surjam novas notificações ou focos de doenças em 2025. Com essas iniciativas, o Instituto reafirma seu papel como protagonista na proteção da avicultura e na defesa da agropecuária em Minas Gerais.

 

Jornalista responsável: Marina Lemos / IMA
Imagem: Acervo IMA

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