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Guia para o trânsito de equídeos em Minas é simplificada

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Imagem removida.BELO HORIZONTE (06/05/2010) - Cada produtor de equídeos, em Minas Gerais, pode utilizar agora uma única Guia de Trânsito Animal (GTA) para fazer a movimentação de um lote com diversas espécies. A utilização desse sistema foi autorizada pelo Ministério de Agricultura, a pedido da Câmara Técnica de Equideocultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), criada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Antes da autorização era necessário apresentar um documento para cada grupo de animais da mesma espécie destinados a evento ou à comercialização no Estado. A emissão das guias e a fiscalização do transporte dos animais é responsabilidade do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que instruiu seus fiscais nas barreiras do Estado para adotarem o novo sistema, permitindo a passagem de equídeos (cavalos, mulas, jumentos, pôneis) mediante a apresentação da guia única, quando pertencerem a um só proprietário e forem transportados na mesma carreta.

 

A GTA é um documento de fundamental importância no trabalho do IMA para a defesa sanitária no Estado. Constam do documento indicações sobre a procedência e o destino dos animais, bem como o registro das vacinas e exames a que foram submetidos. Esse conjunto de informações facilita o trabalho de rastreamento no caso de ocorrência de doenças. A guia é emitida pelo serviço oficial de defesa sanitária ou por médico veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura. Esse profissional tem a liberdade de escolher o escritório do IMA que vai fornecer o formulário, mas fica vinculado àquela unidade para facilitar as ações caso seja necessário um programa de rastreamento do instituto.

 

Lindomar Antônio Lopes, assessor técnico operacional da Secretaria Executiva do Cepa, e Ronaldo Miranda de Albuquerque, responsável pela Coordenadoria de Apoio de Operação Fiscal do IMA, consideram que o principal efeito positivo da nova medida será a redução de custos para o produtor ao movimentar seus animais até exposições agropecuárias, leilões e outros eventos. “No entanto, se o caminhão transportar animais de produtores diferentes, cada um deles terá de apresentar a GTA referente às espécies de sua propriedade”, ressalta Albuquerque.

 

De acordo com Albuquerque, a utilização da guia única representará também redução da burocracia, economia de tempo e menos gastos de papel para atender ao controle do trânsito de animais.

 

O presidente da Câmara Técnica de Equideocultura, Magdi Shaat, concorda com essas estimativas e observa que “a inclusão de espécies diferentes numa mesma Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos foi uma grande vitória”. Shaat, que também preside a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, sediada em Belo Horizonte, diz que, para os pequenos criadores, a redução nos custos de transporte de animais será significativa.

 

Garantia de sanidade

O médico veterinário Ricardo Figueiredo, credenciado pelo IMA para fazer a emissão de GTA, confirma as perspectivas positivas, para o produtor, da simplificação da guia, com destaque para o aspecto econômico. Ele explica que cada criador paga até R$ 40,00 para obter uma guia referente ao conjunto de espécies diversas de equídeos transportadas em uma carreta. O valor do documento é calculado com base principalmente na distância que o veterinário tem que percorrer até a propriedade onde se encontram os animais cujas condições de sanidade e outras devem ser avaliadas antes de serem transportados. “Antes, o produtor tinha que desembolsar esse valor para obter a GTA referente a cada grupo de animais da mesma espécie que seriam movimentados. Agora ele pode utilizar apenas uma GTA para transporte de espécies diferentes no mesmo caminhão”, enfatiza Figueiredo.

 

Francisco Azevedo, criador de cavalo Campolina, vai fazer a primeira movimentação de animais depois da unificação da GTA para eqüídeos com o objetivo de colocar um lote de oito animais na 43ª Exposição Agropecuária de Barbacena, que será aberta no dia 12, quarta-feira. Ele diz que, embora o custo da guia seja pequeno em relação aos demais no processo de transporte dos animais,a possibilidade de economizar e enfrentar menos burocracia representa um avanço.

 

Para os empresários do segmento de eventos agropecuários, o novo sistema vai possibilitar benefícios indiretos, porque no caso do transporte de animais o custo do documento é por conta de seus clientes, os criadores. Mário Figueiredo, da empresa Três Barras, sediada em Belo Horizonte, diz que “a guia única por proprietário das espécies de equídeos transportadas numa carreta é bem-vinda, principalmente porque reduz ainda mais o peso dessa obrigação no conjunto dos custos que os pecuaristas enfrentam para fazer o deslocamento de seus animais até os locais dos eventos”.

 

Minas Gerais conta com um plantel de ordem de 1,1 milhão de equídeos, na comparação com os 6 milhões de cabeças existentes em todo o país. Segundo o Gerente de Defesa Sanitária Animal do IMA, Sérgio Luiz Lima Monteiro, a maioria dos equídeos, no Estado, é utilizada nos serviços das propriedades. “Os animais que mais se movimentam são aqueles destinados a leilões de raça, competições e apresentação em cavalgadas, entre outros eventos”, finaliza.

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