Governo de Minas quer renegociação das dívidas do café
Publicado em:
O governo de Minas está negociando com o governo federal o alongamento do prazo para o pagamento das dívidas dos cafeicultores contraídas junto ao Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O governador Aécio Neves conversou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tratar do assunto. A dívida nacional dos cafeicultores com o Funcafé, correspondente aos anos agrícolas 2005/2006 e 2006/2007, soma R$ 1 bilhão. Os financiamentos foram obtidos para tratos culturais nas lavouras, colheita, transporte, secagem e estocagem do café.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, explica que o reescalonamento da dívida do Funcafé depende da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os membros do CMN são o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
“A conversa do governador com o ministro da Fazenda foi muito animadora. O ministro se comprometeu a encaminhar o voto de renegociação das dívidas aos outros membros do Conselho”, informa Viana. Entre os itens em negociação está a concessão do prazo de até 3 anos para o pagamento do saldo devedor dos financiamentos contratados até 31 de outubro de 2007.
“O governador também pediu a concessão de um prazo adicional de 6 meses para pagamento das parcelas que vencem de dezembro de 2007 a junho de 2008”, explica o secretário. Além disso, o governo de Minas espera que seja renegociado o saldo devedor até a data de vencimento da parcela prorrogada. “Uma das formas de diminuir o saldo é reduzindo de 9,5% para 7,5% a taxa efetiva dos juros”.
As negociações para reescalonamento das dívidas começaram no ano passado entre o secretário Gilman Viana e o ministério da Agricultura. “Nossas propostas foram muito bem aceitas pelo ministro Reinhold Stephanes e pelo secretário-executivo Silas Brasileiro. Agora dependemos apenas do Conselho Monetário Nacional”.
Nos últimos dez anos, o índice de preços recebidos pelos cafeicultores cresceu 69%. Mas a alta não corresponde ao crescimento dos custos da produção. No mesmo período, os valores pagos pelos fertilizantes aumentaram 130%. Já o custo da mão-de-obra, teve um crescimento de 125%. No sul de Minas, onde o relevo montanhoso dificulta a mecanização, a mão-de-obra é responsável por 40% do custo de produção de uma saca de café.
Cédula de Produto Rural
Outra proposta em discussão entre os governos de Minas e o CMN é a autorização para que seja criada uma linha de crédito, com recursos do Funcafé, para quitar as Cédulas de Produto Rural (CPR). O saldo inadimplente no país chega a R$ 117 milhões nos dois últimos anos agrícolas. A linha de crédito seria de, no máximo, R$ 120 milhões para as cédulas emitidas até 28 de dezembro de 2007. O valor máximo por produtor seria de até R$ 200 mil.
O Funcafé foi criado para formação de estoques reguladores, desenvolvimento de pesquisas e financiamento das despesas de custeio, colheita, secagem e transporte do café. No início, os recursos do fundo vinham das cotas arrecadadas com a exportação do café. Depois que as contas foram extintas, os recursos passaram a ser arrecadados com as vendas de café dos estoques do governo federal. Os recursos do Funcafé são liberados pelo Ministério da Agricultura.
Café em Minas
“O café tem uma grande importância social e econômica para Minas Gerais. Por isso, o governo do Estado e produtores querem urgência nas negociações das dívidas”, afirma o secretário da Agricultura. Em 2007, as vendas de café para o mercado internacional foram de US$ 2,5 bilhões. Um crescimento de 21% em relação ao ano anterior. O café é o principal produtor da pauta de exportações do agronegócio mineiro. “Apesar do crescimento das vendas internacionais, a desvalorização do dólar está diminuindo a rentabilidade da cafeicultura nacional”, comenta.
Minas é o principal produtor nacional de café do país e responsável por 50% da safra brasileira. Para 2008, a produção esperada é de 21 milhões de sacas. A cultura do café no Estado gera cerca de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, explica que o reescalonamento da dívida do Funcafé depende da autorização do Conselho Monetário Nacional (CMN). Os membros do CMN são o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
“A conversa do governador com o ministro da Fazenda foi muito animadora. O ministro se comprometeu a encaminhar o voto de renegociação das dívidas aos outros membros do Conselho”, informa Viana. Entre os itens em negociação está a concessão do prazo de até 3 anos para o pagamento do saldo devedor dos financiamentos contratados até 31 de outubro de 2007.
“O governador também pediu a concessão de um prazo adicional de 6 meses para pagamento das parcelas que vencem de dezembro de 2007 a junho de 2008”, explica o secretário. Além disso, o governo de Minas espera que seja renegociado o saldo devedor até a data de vencimento da parcela prorrogada. “Uma das formas de diminuir o saldo é reduzindo de 9,5% para 7,5% a taxa efetiva dos juros”.
As negociações para reescalonamento das dívidas começaram no ano passado entre o secretário Gilman Viana e o ministério da Agricultura. “Nossas propostas foram muito bem aceitas pelo ministro Reinhold Stephanes e pelo secretário-executivo Silas Brasileiro. Agora dependemos apenas do Conselho Monetário Nacional”.
Nos últimos dez anos, o índice de preços recebidos pelos cafeicultores cresceu 69%. Mas a alta não corresponde ao crescimento dos custos da produção. No mesmo período, os valores pagos pelos fertilizantes aumentaram 130%. Já o custo da mão-de-obra, teve um crescimento de 125%. No sul de Minas, onde o relevo montanhoso dificulta a mecanização, a mão-de-obra é responsável por 40% do custo de produção de uma saca de café.
Cédula de Produto Rural
Outra proposta em discussão entre os governos de Minas e o CMN é a autorização para que seja criada uma linha de crédito, com recursos do Funcafé, para quitar as Cédulas de Produto Rural (CPR). O saldo inadimplente no país chega a R$ 117 milhões nos dois últimos anos agrícolas. A linha de crédito seria de, no máximo, R$ 120 milhões para as cédulas emitidas até 28 de dezembro de 2007. O valor máximo por produtor seria de até R$ 200 mil.
O Funcafé foi criado para formação de estoques reguladores, desenvolvimento de pesquisas e financiamento das despesas de custeio, colheita, secagem e transporte do café. No início, os recursos do fundo vinham das cotas arrecadadas com a exportação do café. Depois que as contas foram extintas, os recursos passaram a ser arrecadados com as vendas de café dos estoques do governo federal. Os recursos do Funcafé são liberados pelo Ministério da Agricultura.
Café em Minas
“O café tem uma grande importância social e econômica para Minas Gerais. Por isso, o governo do Estado e produtores querem urgência nas negociações das dívidas”, afirma o secretário da Agricultura. Em 2007, as vendas de café para o mercado internacional foram de US$ 2,5 bilhões. Um crescimento de 21% em relação ao ano anterior. O café é o principal produtor da pauta de exportações do agronegócio mineiro. “Apesar do crescimento das vendas internacionais, a desvalorização do dólar está diminuindo a rentabilidade da cafeicultura nacional”, comenta.
Minas é o principal produtor nacional de café do país e responsável por 50% da safra brasileira. Para 2008, a produção esperada é de 21 milhões de sacas. A cultura do café no Estado gera cerca de 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
Compartilhe via:
Dúvidas?
Fale Conosco