Feira do BDMG destaca produtores de cachaça da agricultura familiar

No Dia da Cachaça Mineira, a Feira “Do Campo pra cá”, que acontece quinzenalmente no Banco BDMG, com o objetivo de dar visibilidade e espaço para os agricultores familiares, focou nos produtores da bebida. Simpático, comunicativo, o produtor Mário Finelli, de Porto Firme, Zona da Mata, fez sucesso entre os visitantes. Ele é proprietário da cachaçaria Velha Aroeira e deu dicas de como escolher e tomar a bebida: “Uma boa cachaça não necessariamente, arde e também não necessariamente, precisa ser envelhecida. É preciso deixá-la na boca um pouco, sentir o aroma e o paladar e só aí, engolir”, ensinou.
‘Seu Mário’ tem consciência da importância da regularização, porque isso traz segurança e tranquilidade para o produtor. Se eu receber um fiscal, não terei nenhuma penalização. E para o consumidor também, porque é importante consumir um produto de qualidade. É fundamental ter certeza daquilo que se está bebendo, é uma questão de saúde .
Segundo lugar no ranking das exportações
A produção de cachaça em Minas Gerais vai bem, obrigada. Em 2024, o estado conquistou o segundo lugar no ranking de exportações da bebida no Brasil, levando a bebida a 15 países, com destaque para os Estados Unidos, Uruguai, Itália e Reino Unido. O sucesso no mercado externo revela o prestígio crescente da cachaça mineira, construída com base em qualidade, tradição e inovação.
Em 2024, Minas alcançou uma marca histórica: foi o primeiro estado do país a superar as 500 cachaçarias registradas, respondendo por impressionantes 41,4% de todas as unidades do setor no Brasil. Essa conquista reforça não apenas o protagonismo mineiro na produção, mas também sua dedicação em transformar o produto em referência nacional e internacional.
Quebrando fronteiras
O sucesso no mercado externo revela o prestígio crescente da cachaça mineira, construída com base em qualidade, tradição e inovação. Um dos pilares dessa evolução é o apoio técnico utilizado por mais de 61% dos estabelecimentos pela Emater-MG, que contribui para práticas sustentáveis e valor agregado à produção.
Sucessão produtiva
A continuidade da produção é fundamental para a sucessão rural, mantendo o homem no campo e gerando economia local. A superintendente de Abastecimento Alimentar e Cooperativismo, da Secretaria de Agricultura, Jaqueline Santos, reitera que o Governo de Minas tem investido em iniciativas efetivas para fomentar a produção, valorização da bebida e do produtor rural. “As ações que, antes, eram pulverizadas, hoje são articuladas num único grande projeto de fomento ao setor. Esse projeto tem quatro pilares: incentivo à regularização, realização de eventos técnicos, promoção da cachaça regularizada e atualização da legislação vigente. Ainda atuamos para impulsionar a exportação da nossa cachaça e promover a valorização da bebida no mercado internacional.”
Tradição e desenvolvimento
A importância da cachaça mineira vai além do sabor e da cultura. Ela movimenta a economia local e gera empregos: quase 80% dos produtores contratam mão de obra, fortalecendo o desenvolvimento de regiões inteiras. De pequenas propriedades familiares a empreendimentos maiores, a cadeia produtiva da cachaça envolve agricultores, mestres alambiqueiros, comerciantes e exportadores, consolidando-se como um dos pilares da agroindústria estadual.
Essa conexão entre tradição e economia mostra como Minas consegue preservar suas raízes ao mesmo tempo em que avança. A cachaça mineira, símbolo de hospitalidade e sabor autêntico, carrega consigo o espírito da terra e das pessoas que a produzem. É um produto de identidade forte, capaz de contar histórias, unir gerações e, agora, conquistar o mundo.
Assessoria de Comunicação Seapa
Jornalista responsável: Josiane Gonçalves
Edição: Maria Teresa Leal
Foto: Diego Vargas