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O Plano Nacional para Vigilância da Febre Aftosa, que tem como objetivo principal criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional, será abordado nesta terça-feira (22/6), às 9h, durante o VIII Seminário de Políticas Públicas. O evento é promovido pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG). As inscrições podem ser realizadas clicando AQUI.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Valentini, afirma que o Governo de Minas vem trabalhando intensamente para garantir o novo status sanitário.

“Com ele, poderemos acessar novos mercados, engrandecendo ainda mais esta cadeia produtiva que já é extremamente forte em nosso estado. Para se ter ideia, em 2020 a pecuária bovina teve um aumento de 22% no Valor Bruto da Produção (VBP), alcançando mais de R$ 11 bilhões. Já nas exportações, a receita da carne bovina atingiu US$ 802 milhões no ano passado, com quase 190 mil toneladas embarcadas ao exterior”, pontuou a secretária.

O diretor-geral do IMA, Thales Fernandes, ressalta que o IMA atua há anos para conter qualquer ameaça da febre aftosa aos rebanhos mineiros. “Foi necessária uma longa trajetória, com muito trabalho somado às ações de conscientização do setor produtivo, para que o estado alcançasse e mantivesse o status atual de livre de febre aftosa com vacinação. Agora, o objetivo é avançar com o rigor para o reconhecimento de Minas como livre da doença sem vacinação. Estamos próximos de celebrar o novo status”, sinaliza o diretor-geral.

Geraldo Marcos de Moraes, diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Mapa, reforça que a luta contra a febre aftosa no país está sustentada em uma importante característica, que é a participação conjunta dos setores público e privado na definição das melhores estratégias e ações a serem adotadas.

“O Plano Estratégico Brasil Livre de Febre Aftosa, publicado em 2017, é exemplo e resultado dessa parceria. Hoje, diante do momento particular que vivemos (pandemia) e após quase quatro anos de sua execução, observamos a necessidade de avaliação do trabalho realizado para definirmos os próximos passos. Dessa forma, destacamos a iniciativa de eventos como o VIII Seminário de Políticas Públicas de Minas como importante e necessário espaço de discussão e entendimento”.

O Seminário traz ainda a participação do CRMV-MG, representando os médicos veterinários e os zootecnistas do estado. O presidente da entidade, Bruno Divino Rocha, lembra que os fiscais do IMA e os profissionais da iniciativa privada seguem atuando em campo.

“Atendemos as propriedades rurais, então, é muito importante que nossos colegas saibam sobre o cronograma da retirada da vacina, incentivem e expliquem para os produtores o ganho, principalmente econômico, e as portas que vão se abrir tanto para o mercado da carne como do leite. Outro ponto importante que estamos trabalhando com os colegas é na capacitação do reconhecimento de possíveis doenças que podem se assemelhar à aftosa, para verificarmos rapidamente em caso de alguma suspeita, contando com toda a vigilância do IMA para descartar essas possibilidades”, aponta.

O seminário

Entre os assuntos que serão abordados durante o VIII Seminário de Políticas Públicas, está o Programa Nacional para Vigilância de Febre Aftosa (PNEFA). De acordo com o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Diego Viali, o Plano Estratégico visa suspender a vacinação contra a febre aftosa em todo o país até 2026 e reforçar os sistemas de vigilância da doença no Brasil.

“Um dos componentes principais desse plano é a interação e comunicação com a sociedade. Seminários, fóruns e eventos on-line que discutem a problemática da febre aftosa e o PNEFA fazem parte desse objetivo de levar a informação para a comunidade. Estamos na última etapa de erradicação da febre aftosa, que coincide com a suspensão da vacinação. Essas discussões harmonizam as informações e abrem espaços para que possamos escutar e ver todos os pontos de vista para a melhor política pública possível”, argumenta.

O fiscal do IMA e coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa, Natanael Lamas Dias, outro palestrante do seminário, também avalia como muito positiva a iniciativa. “O VIII Seminário de Políticas Públicas é uma excelente oportunidade para conversar, discutir e atualizar todos os envolvidos no agronegócio em Minas Gerais sobre o processo de retirada da vacinação contra febre aftosa”, comenta.

Ainda durante o evento, o Fundo de Defesa Agropecuária (Fundesa), criado pelo Sistema Faemg, também será tema de palestra. O fundo tem o objetivo de arrecadar verbas para o suporte de ações no caso de prevenção e erradicação de doenças que acometem os rebanhos, constituindo importante ferramenta para garantir a sanidade dos animais. Os recursos do Fundesa podem ser utilizados para ações de controle e prevenção de enfermidades e atender emergências sanitárias. O fundo ainda dá uma garantia de indenização aos produtores em caso de abate do animal por recomendação oficial.

O superintendente Técnico do Sistema Faemg/Senar/Inaes, Altino Rodrigues Neto, que abordará no seminário questões referentes ao Fundesa, comenta que a chancela de país livre de aftosa sem vacinação representa o estágio maior do controle sanitário perfeito e abre novas portas para o Brasil no mercado externo. “O Fundesa é o nosso grande instrumento para alcançarmos esse status, com segurança. É uma garantia que nos permite ter condições de lidar com qualquer ocorrência com agilidade e eficiência”, garante Neto.

Por fim, o consultor e analista do Safras & Mercados, Fernando Henrique Lopes Iglesias, fará uma análise sobre o impacto da retirada da vacinação nos mercados internacionais.

VIII Seminário de Políticas Públicas - Retirada da Vacinação contra a Febre Aftosa

Data: 22 de junho de 2021 (terça-feira)

Horário: 9h

Inscrição: Sympla

Programação

9h - Abertura - Secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Ana Maria Soares Valentini; Diretor-Geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Thales Almeida Pereira Fernandes; Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMV-MG), Bruno Divino Rocha; Diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários (MAPA), Geraldo Marcos de Moraes

Programa Nacional para Vigilância de Febre Aftosa (PNEFA), Chefe da Divisão de Febre Aftosa do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Diego Viali

Estratégias para Retirada da Vacinação de Febre Aftosa em Minas Gerais, Fiscal Agropecuário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Coordenador Estadual do Programa Nacional de Vigilância de Febre Aftosa (PNEFA), Natanael Lamas

Fundo Sanitário - FUNDESA, Superintendente Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Altino Rodrigues Neto

Retirada da Vacinação e Perspectivas de Mercados Internacionais, Consultor e Analista do Safras & Mercados, Fernando Henrique Lopes Iglesias

11h - Debate - Moderação do Diretor-Geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Thales Fernandes

12h - Encerramento

Rodolpho Sélos – Ascom/IMA

Foto: Seapa/Divulgação

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