Inadimplência de produtores atendidos pela Emater-MG é menor que 1%

A Emater-MG recebeu um cheque bônus de aproximadamente R$ 578 mil do Banco do Brasil, por trazer a inadimplência dos contratos de crédito rural, feito com auxílio dos técnicos da empresa, próxima a zero. A solenidade de entrega aconteceu de forma on-line, nesta quarta-feira (16/2), às 11 horas, durante uma reunião gerencial da empresa de extensão rural. O superintendente estadual do Banco do Brasil, Gustavo Henrique da Rosa, fez a entrega simbólica do bônus.
A premiação se refere aos contratos que venceram no segundo semestre de 2021. No período, houve 3.777 operações de custeio para agricultores familiares (capital de giro para o produtor conduzir suas atividades agropecuárias) contratadas por meio da Emater-MG, pelo sistema de Correspondente Bancário Agropecuário do Banco do Brasil (Coban).
Esses contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) atingiram o valor total de aproximadamente R$ 119,7 milhões e a inadimplência foi de apenas 0,72%, o que rendeu à empresa de assistência técnica um bônus de quase R$ 554 mil. Fora do Pronaf, a Emater-MG participou ainda de 84 operações de custeio empresarial, no valor de R$ 14,9 milhões, cuja inadimplência foi de 0%, rendendo mais um bônus de cerca de R$ 25 mil.
“Acreditamos que a parceria do Banco do Brasil com a Emater-MG é importante para alavancar cada vez mais a produção agropecuária de Minas. Muitas vezes não é só o crédito que faz com que o produtor alcance seus objetivos. A Emater, com sua tecnologia e orientação, ajuda esse produtor a produzir mais de forma eficiente e sustentável. O Banco do Brasil se orgulha de ter a Emater como seu Correspondente Bancário (Coban) e estamos juntos nessa empreitada para transformar o Estado em um dos maiores produtores de alimentos do país”, afirmou o superintendente estadual do Banco do Brasil.
Para o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia, a baixíssima inadimplência dos contratos é reflexo da ação dos técnicos da empresa. “Esse bônus vem premiar e demonstrar a seriedade do trabalho dos nossos profissionais com projetos corretos e coerentes. São propostas viáveis e eficazes, o que reflete nos altos índices de adimplência, que é próximo de 100%. Temos uma política de crédito rural sendo aplicada e queremos fortalecer essa parceria para levar desenvolvimento ao produtor rural”, salienta Otávio Maia.
Correspondente bancário
Pelo sistema de parceria com o Banco do Brasil, os produtores rurais podem solicitar o crédito rural diretamente nos escritórios da Emater-MG, que está presente em mais de 800 municípios do estado. Os técnicos da empresa, além de indicarem a linha de crédito adequada para cada caso, ainda elaboram os projetos necessários para a liberação do financiamento e orientam sobre toda a documentação exigida. Assim, os produtores só precisam ir à agência bancária para assinar o contrato.
O coordenador estadual de Crédito Rural da Emater-MG, José Henrique Barbosa, ressalta que os técnicos da empresa em todo o estado estão capacitados a fazer essa avaliação para os produtores, pois são constantemente instruídos sobre as normas de enquadramento ao Pronaf e as condições do programa. O coordenador diz ainda que, historicamente, as taxas de inadimplência são baixas no Pronaf.
“Os produtores rurais são bons pagadores, exceto quando ocorre algum evento climático, que prejudica a produção. Nesse caso, o produtor pode acionar o seguro, vinculado à operação de custeio. Há também situações em que o valor de mercado não remunera adequadamente a atividade. Diante dessa situação, o agricultor pode procurar a instituição financeira e solicitar uma renegociação da dívida, a fim de regularizar sua situação junto ao banco”, orienta José Henrique.
A demanda por crédito rural cresceu bastante em Minas Gerais no último semestre. Dados da Secretaria Estadual da Agricultura (Seapa), mostram que os financiamentos para o setor aumentaram 31% nos seis primeiros meses da safra 2021/2022. Do total de crédito liberado para Minas até agora, R$ 14,52 bilhões foram para a agricultura, alta de 35% em relação à safra passada no mesmo período. Já na pecuária, o valor chegou a R$ 6,4 bilhões, superando em 22% o registrado nos primeiros seis meses da safra 2020/2021. Os custos de produção agropecuária tiveram uma forte alta nos últimos meses, o que gerou a necessidade de um aumento na tomada de recursos financeiros.
Flávia Freitas - Ascom/Emater-MG
Foto: Divulgação/Emater-MG
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