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Emater-MG promove concurso para valorizar café de

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Estão abertas, até 2 de setembro, as inscrições para o 2º Concurso de Qualidade Cafés de Minas. Podem participar produtores de todas as regiões, em cinco categorias: Agricultura Familiar (café natural e café cereja descascado
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Os cafeicultores de Minas Gerais têm mais uma oportunidade de mostrar sua preocupação com a qualidade e aumentar o valor de seu produto no mercado. Estão abertas, até 2 de setembro, as inscrições para o 2º Concurso de Qualidade Cafés de Minas. Podem participar produtores de todas as regiões, em cinco categorias: Agricultura Familiar (café natural e café cereja descascado), Empresarial (café natural e café cereja descascado) e Café Orgânico.

Coordenado pela Emater-MG e Universidade Federal de Lavras (UFLA), o concurso é uma ação do AgroMinas Café, projeto estruturador do Governo de Minas Gerais, sob responsabilidade da Secretaria da Agricultura. O objetivo é estimular o aumento da renda para os cafeicultores, com a conquista de mercados mais exigentes. Marcelo de Pádua Felipe, coordenador técnico estadual da Emater, explica que o diferencial deste concurso é o fato de estar aberto também à participação dos pequenos produtores. “Existem vários concursos de qualidade de café para os produtores mineiros, mas este é o mais amplo”, afirma.

Na categoria Agricultura Familiar, podem participar cafeicultores que mantenham até dois empregados fixos e tenham 80% da renda familiar gerada na propriedade, com no máximo R$ 60 mil de renda bruta. Para participar na categoria Orgânico, os agricultores devem apresentar, na inscrição, cópia do certificado fornecido por entidade credenciada. Os demais concorrentes que não se enquadrarem em nenhuma destas duas categorias poderão participar da categoria Empresarial.

As inscrições podem ser feitas, gratuitamente, nos escritórios da Emater-MG em todo o Estado. Cada amostra deve conter dois quilos de café produzido no ano safra 2005/2006 e ser acondicionada nas embalagens padronizadas, distribuídas especialmente para o concurso. Somente serão aceitos cafés da espécie Coffea arábica, preparados por via seca (café natural) ou por via úmida (cereja descascado/despolpado), tipo 2 para melhor, de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida apenas mole ou superior.


LEILÃO
O concurso será realizado em duas etapas. Uma equipe de degustadores do Instituto Mineiro de Agricultura (IMA) fará uma pré-seleção das amostras entregues pelos produtores. Após essa triagem, provadores de categoria internacional escolherão, entre 200 amostras selecionadas, as dez melhores em cada modalidade (natural e descascado) das três categorias, num total de 50 finalistas. As provas serão realizadas “às cegas”(ou seja, as amostras não são identificadas), no Pólo de Tecnologia de Qualidade de Café da UFLA. Os 15 melhores poderão participar de um leilão, com no mínimo 10 e no máximo 60 sacas de 60 quilos, de acordo com a categoria. O lance mínimo dos lotes será de 50% acima do valor de mercado, na cotação do dia.

No leilão realizado com os finalistas do 1º Concurso de Qualidade Cafés de Minas, em 14 dezembro de 2004, o valor total arrecadado para 210 sacas vendidas foi de R$ 109.310,00. O valor médio por saca ficou em R$ 520,52 – o que significou ágio de 82% em relação à cotação do dia. “O leilão é uma oportunidade de demonstrar o reconhecimento aos produtores que se preocupam com a qualidade do café. No ano passado, o ágio em relação ao maior lance chegou a 100%”, afirma Marcelo Felipe, da Emater-MG.

MINAS LIDERA PRODUÇÃO
Minas Gerais é o maior produtor nacional de café, com 47% da safra 2005/2006. A atividade ocupa 49,5 mil agricultores familiares no Estado e gera 4,3 milhões de empregos diretos e indiretos, em uma área plantada de 1,033 milhão de hectares. As principais regiões produtoras são Sul e Oeste de Minas, com 50% da safra; Matas e Chapadas de Minas (28%) e Triângulo e Alto Paranaíba (22%). A Emater-MG presta assistência técnica aos produtores, além de realizar eventos com o objetivo de transferir e difundir tecnologias para a melhoria da qualidade e da rentabilidade da cafeicultura. A safra 2005/2006 apresenta redução de 16,6% em relação à anterior, com 15,6 milhões de sacas, contra 18,7 milhões de 2004/2005. Os preços, segundo o coordenador estadual Marcelo Felipe, estão estáveis, com tendência de elevação.


19 de agosto de 2005
 

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