Criadores de búfalos querem fortalecer a exportação de animais

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Criadores de búfalos querem fortalecer a exportação de animais

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A cadeia da bubalinocultura (criação de búfalos) de Minas Gerais agora tem representantes na Câmara Técnica de Bovinocultura criada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A principal meta do segmento é aumentar as exportações de búfalos do Estado, e o destino que mais interessa atualmente é a Colômbia, mas para conseguir fazer comércio com aquele país será necessário que o governo brasileiro assine um protocolo com o governo colombiano.

Segundo o criador Élcio Reis, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) e da associação estadual, e ainda integrante da câmara técnica, a assinatura do protocolo é de fundamental importância. “Vamos buscar apoio na câmara técnica ao movimento para adoção dessa medida porque ela deve garantir aos produtores uma boa receita. Além disso, a exportação para um mercado que valoriza o produto deve ajudar Minas Gerais a melhorar sua posição no ranking nacional de criação de búfalos, pois estamos em quarto lugar, atrás do Pará, São Paulo e Rio Grande do Sul”, enfatiza.    

“Estamos apostando na solução dessa pendência, que já dura dois anos, porque a Colômbia paga bem por novilhos e touros de búfalos”, explica Reis. “Os colombianos buscam, inicialmente, três mil novilhas de fina linhagem para melhorar seus rebanhos destinados, sobretudo, à produção de carne para exportação e temos como atendê-los.”

O empresário afirma que os búfalos criados no Estado têm a genética superior que os colombianos buscam. “Nossos animais alcançam alta cotação: os novilhos estão na faixa de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil a cabeça e os touros podem alcançar até R$ 20 mil a cabeça.” Segundo Reis,  o mercado interno, sobretudo de animais em pé, já é bastante lucrativo, mas interessa aos criadores oferecer búfalos nessas condições no mercado internacional. “É preferível exportar fêmeas e reprodutores e reservar para o abate apenas os machos não reprodutores”, explica.

O rebanho de bubalinos em Minas tem cerca de 30 mil cabeças e apresenta crescimento da ordem de 12% ao ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos, o país tem um rebanho de cerca de 3 milhões de búfalos. Reis informa que o Campo das Vertentes é um dos destaques do Estado em bubalinos, com quatro laticínios. Cita também a região Oeste onde são processados cinco mil litros de leite de búfala por dia para produção de mussarela, queijo frescal e ricota, entre outros produtos, para atender principalmente aos mercados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Pernambuco. Na Serra da Canastra, os laticínios processam diariamente cerca de 4 mil litros de leite.

“Minas Gerais poderia produzir cerca de 20 mil litros de leite de búfala por dia, o dobro da média atual, e todo esse volume seria comprado pelos laticínios”, explica o produtor. Segundo Reis, o produto originado das propriedades mineiras é de alta qualidade e a produtividade das búfalas varia de 7 a 8 litros por dia enquanto em outros estados está na casa dos 2 a 3 litros. O produto em Minas está cotado a R$ 1,20 o litro ao produtor, livre de carreto e outras despesas.


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