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Secretaria orienta piscicultor para explorar 100% da atividade

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Os produtores rurais mineiros que escolheram a piscicultura como atividade principal ou complementar querem aproveitar ao máximo o potencial da produção, garantindo maior agregação de valor e lucro à sua atividade. Este propósito tem sido revelado pelos empresários na Câmara Técnica de Aquacultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa) e foi manifestado também na Superagro 2006, em Belo Horizonte.

De acordo com o relator da Câmara Técnica de Aquacultura, Lucas Carneiro, também responsável pelos programas de piscicultura da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, grande parte dos visitantes do estande ocupado por essa câmara no Complexo Expominas entre 1º e 4 de junho eram empresários interessados em expandir seus negócios. “Há meios para isso”, explica. “Além da comercializar o peixe in natura, o empresário pode trabalhar com o produto sem vísceras e descabeçado, bem como com filés sem pele e carcaça com carne aderida, que serve à produção de empanados, embutidos e outros produtos de alto valor agregado.”

O relator da Câmara de Aquacultura diz que outro segmento é o da comercialização de vísceras e cabeças de peixe, para a produção de farinha e silagem. “Além disso, a pele do peixe pode ser curtida e transformada em diversos artefatos”, diz Lucas Carneiro, acrescentando que grande número de pessoas manifestou interesse em conhecer a posição de Minas Gerais na produção de peixes e explorar, por exemplo, a produção de espécies ornamentais.

“O retorno dos investimentos nessa área de produção é rápido”, afirma o relator da Câmara Técnica de Aquacultura.   “Enquanto em muitas atividades zootécnicas os lucros começam a surgir em cinco anos, na piscicultura leva apenas dois anos e a margem de lucro fica entre 20% e 22%. Existe bom mercado em Minas Gerais, porque o consumo de peixe ainda é baixo no Estado, em torno de cinco quilos por pessoa a cada ano.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) recomenda o consumo de 16 quilos por habitante. A produção de peixe de água doce em Minas Gerais é da ordem de 8 mil toneladas por ano, ou 5% da produção nacional. De acordo com projeções da Secretaria de Agricultura, os estímulos à atividade possibilitarão a obtenção de 23 mil toneladas de peixe por ano, nos próximos seis anos, em uma área de 4,5 mil hectares. “O aproveitamento desse mercado potencial depende de criações bem planejadas, com agregação de insumos, orientação técnica e cuidados na comercialização”, acrescenta Lucas Carneiro.    

Assessoria de Comunicação - Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais
Jornalista responsável: Ivani Cunha







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