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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou Instrução Normativa n° 29 de 8 de agosto de 2007, que reconhece o Sistema de Mitigação de Risco da Praga Anastrepha grandis em cultivos de cucurbitáceas, implantado na área que compreende os municípios de Paracatu, João Pinheiro, Unaí, Uberlândia, Jaíba, Matias Cardoso e Manga. O reconhecimento da região permite aos produtores que possuem a Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) exportarem sua produção para a Argentina.

Os frutos da família das cucurbitáceas são bastante populares no Brasil. Dentre os mais conhecidos estão a abóbora, abobrinha, moranga, melancia, melão e pepino.

O Sistema de Mitigação de Risco é um conjunto de procedimentos criado pelo MAPA devido às exigências do país vizinho para importar os produtos brasileiros. Os produtores rurais que pretendem exportar para a Argentina devem seguir as normas estabelecidas no Sistema.

Produtores das regiões citadas na Instrução Normativa que ainda não exportam, mas possuem o interesse em comercializar com a Argentina, devem obter a CFO através de um técnico habilitado pelo IMA.

Porém, aqueles que não fazem parte desses municípios e pretendem comercializar com os argentinos precisam realizar algumas ações, como o monitoramento da região, e não apenas de sua propriedade, a fim de obter o reconhecimento do MAPA. A recomendação neste caso, é que produtores rurais de uma mesma cidade ou região se unam com o objetivo de tornar o monitoramento mais acessível.

Para se integrar ao Sistema o produtor deve, primeiramente, procurar o IMA, que possui em todo o território mineiro 200 Escritórios Seccionais distribuídos em 20 Coordenadorias Regionais.  A partir daí começam a ser colocados em prática diversos procedimentos que são acompanhados pelo Instituto, dentre eles, o monitoramento da área de plantio com duração de cerca de seis meses, análises laboratoriais e cadastramento das propriedades. Passando por essa fase, é encaminhado ao MAPA toda a documentação e resultados das análises feitas para a obtenção de um número de cadastro e a aprovação final.

Segundo dados da Gerência de Sanidade Vegetal do IMA, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), somente esse ano foram inscritos 120 hectares de terra de plantio que gera cerca de 3 mil e 500 toneladas de cucurbitáceas para a exportação. O aumento de produtores habilitados para o comércio exterior é garantia de empregos e rentabilidade para Minas Gerais