Políticas do agro mineiro inspiram pesquisadores canadenses
O projeto de irrigação que permite plantar e colher o ano inteiro, as políticas direcionadas para alimentação escolar e o estímulo a pesquisas e inovação. Esses e outros temas despertaram o interesse dos integrantes da comitiva de pesquisadores canadenses que visitaram, hoje, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Eles vieram conhecer de perto as políticas públicas desenvolvidas para a agricultura e pecuária no estado.
Formada por pesquisadores de três instituições de ensino superior canadenses - McGill University, a Université du Québec à Chicoutimi e a Université Laval - , a missão se dedica ao estudo de práticas alimentares em diferentes regiões do mundo, dentre elas Minas Gerais. A ideia dos estudiosos é levar projetos bem-sucedidos que possam colaborar para a construção de políticas no país norte-americano.
“Nos interessamos, principalmente, pelas ações desenvolvidas na alimentação escolar e o programa de irrigação de Minas. Nos chamou muito a atenção a forma como o estado combina as políticas agrícolas com o impacto social nos produtores rurais, na saúde e segurança alimentar de famílias e crianças. Para nós, é muito inspirador porque o Canadá está começando a implementar essas políticas agora”, disse Renata Pozelli Sabio, pesquisadora da McGill University.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, apresentou à comitiva todos os programas desenvolvidos em Minas, com destaque para o Irriga Minas, que visa fomentar a agricultura irrigada sustentável, principalmente para agricultores familiares, distribuindo kits de irrigação por gotejamento para áreas de 500m² e 1000m². A ideia do programa é aumentar a produtividade, a segurança alimentar e a renda no campo, priorizando agricultores familiares que participam do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
“É um orgulho para nós falar sobre o Pnae e também sobre o Irriga Minas. Com as mudanças climáticas do mundo, a previsibilidade de produzir tendo a irrigação é o que vai mudar a realidade. É a solução para aumentar a produção de alimentos no mundo”, disse Thales Fernandes.
Coube ao assessor técnico da Diretoria de Agroindústria e Cooperativismo (DAC) da Seapa, Marlon Gomes, apresentar detalhadamente aos pesquisadores os programas e dados sobre cenário agropecuário do Estado, que hoje se destaca como um dos maiores exportadores de alimentos do país.
Representantes das empresas vinculadas à Secretaria – (Emater-MG), Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária, que formam o Sistema Agricultura, falaram sobre seus principais projetos e vocações. O chefe de gabinete da Epamig, Thales Santos Terra, lembrou que a “pesquisa e o conhecimento andam juntos” e ressaltou que o órgão realiza pesquisas sobre café, bovinocultura, piscicultura e praticamente todas as cadeias agrícolas, incluindo flores, hortaliças, fruticultura, Pancs (plantas alimentícias não convenciais) e plantas medicinais”.
O diretor técnico do IMA, André de Almeida Duch, destacou a importância e a estrutura do serviço de inspeção animal e vegetal desenvolvida pelo órgão. Já Milton Flávio Nunes, gerente do departamento técnico da Emater, deu mais detalhes sobre o PNAE e também falou sobre a importância dos concursos de café e cachaça promovidos pelo órgão e sobre como eles transformam a vida dos produtores que se destacam.
Perguntado por uma das pesquisadoras sobre o que significa comer bem, Thales Fernandes respondeu, primeiro, em tom de brincadeira: “comer um bife de picanha”. Mas depois completou: “comer alimentos saudáveis, produzidos com sustentabilidade que geram renda e emprego para quem produz”.
Assessoria de Comunicação Social- Secrertaria de Agricultura
Jornalista responsável: Márcia Queiroz
Imagem: Maria Teresa Leal