Norte de Minas quer novo prazo para plantar algodão
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Os produtores de algodão do Norte de Minas vão pedir ao Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que altere o prazo de plantio estabelecido no zoneamento agrícola da região. Caso sejam atendidos, a partir do próximo ano plantarão entre 1º de novembro e 20 de dezembro, enquanto para a safra 2007/08 plantaram nas duas últimas semanas de novembro. “O objetivo é aproveitar melhor o período de chuvas”, informa o coordenador regional de Culturas da Emater-MG em Janaúba, Arquimedes Batista Neves Teixeira. Somente os produtores dos municípios incluídos no zoneamento do Ministério, com plantio realizado no prazo estipulado pelo calendário federal, têm direto a obtenção de crédito e seguro para a cultura de algodão.
Segundo o coordenador, a Emater-MG e a Epamig, vinculadas à Secretaria da Agricultura do Estado e integrantes do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), consideram necessária a alteração proposta pelos produtores. O problema do prazo de plantio foi debatido com a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). De acordo com o representante da Regional Norte da entidade, José Tibúrcio Carvalho Filho, “existe um consenso sobre a importância da mudança no zoneamento, porque é evidente que haverá melhoria de produção e produtividade”.
Representantes de bancos integrados à rede de crédito para a cotonicultura e os prefeitos dos municípios de Catuti, Mato Verde, Francisco Sá e Janaúba também participaram da avaliação das condições de produção dos municípios reintegrados ao zoneamento agrícola da Região Norte. Esses municípios estavam fora do zoneamento agrícola da região porque houve mudança de metodologia do Ministério para a obtenção de crédito e seguro no plantio de algodão. A reinclusão foi anunciada em outubro, após solicitação da Secretaria da Agricultura, sendo também reenquadrados os municípios de Francisco Sá, Janaúba e Monte Azul.
Após a reintegração, os produtores, com orientação da Emater-MG, buscaram a aprovação do crédito para o cultivo do algodão, mas foram prejudicados no plantio pela estiagem, mais rigorosa que nos outros anos. De acordo com o coordenador de Culturas da empresa, Arquimedes Teixeira, se houver alteração no prazo e principalmente se puderem contar com situação climática normal (chuva) no período, os agricultores aumentarão o plantio na próxima safra.
Teixeira informa que os agricultores plantaram 130 hectares, com a previsão de rendimento de 2,2 mil por hectare. “Um período maior para o plantio possibilitará melhor aproveitamento do ciclo do algodão (fase que vai da germinação à colheita), que no Norte de Minas é de 140 dias, enquanto nas outras regiões chega a 170 dias”. Segundo o coordenador, a diferença de 30 dias em favor das lavouras de algodão do Norte do Estado significa redução de custos com pulverização, adubação, mão-de-obra e outros, comprovando a vocação para a produção nos municípios.
Suporte público-privado
“As iniciativas realizadas pelo governo do Estado em parceria com a iniciativa privada têm garantido um importante suporte à retomada do cultivo do algodão no Norte de Minas”, diz o representante da Amipa, José Tibúrcio Carvalho Filho. “A parceria Amipa/Proalminas, Emater-MG e Epamig criou as Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs) que apóiam os agricultores com a difusão de tecnologia e orientação para se organizarem e terem mais condições de comprar em grupo e vender seus produtos em melhores condições”, enfatiza. Os trabalhos nas UTDs são monitorados por técnicos contratados pela Amipa/Proalminas com a supervisão dos técnicos da Emater-MG e Epamig.
O coordenador do Proalminas, Lindomar Antônio Lopes, confirma a importância das UTDs, principalmente para a difusão de novas tecnologias. “A retomada do cultivo do algodão na região tem por base a utilização de processos avançados por produtores organizados e com o compromisso de mostrar que a pequena produção também deve ter alta qualidade”, diz.
A produção anual de algodão, no Brasil, é da ordem de 1,5 milhão de toneladas de pluma e o consumo estimado é de 800 mil toneladas. Em Minas Gerais, a produção é da ordem de 38 mil toneladas por ano, sendo o maior volume de algodão procedente do Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba. O consumo estimado do produto, no Estado, é de 140 mil toneladas. A meta é alcançar, com a participação do Norte de Minas, um volume que atenda a essa demanda do parque têxtil mineiro, o terceiro maior do país, atrás de São Paulo e Ceará.
Segundo o coordenador, a Emater-MG e a Epamig, vinculadas à Secretaria da Agricultura do Estado e integrantes do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), consideram necessária a alteração proposta pelos produtores. O problema do prazo de plantio foi debatido com a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). De acordo com o representante da Regional Norte da entidade, José Tibúrcio Carvalho Filho, “existe um consenso sobre a importância da mudança no zoneamento, porque é evidente que haverá melhoria de produção e produtividade”.
Representantes de bancos integrados à rede de crédito para a cotonicultura e os prefeitos dos municípios de Catuti, Mato Verde, Francisco Sá e Janaúba também participaram da avaliação das condições de produção dos municípios reintegrados ao zoneamento agrícola da Região Norte. Esses municípios estavam fora do zoneamento agrícola da região porque houve mudança de metodologia do Ministério para a obtenção de crédito e seguro no plantio de algodão. A reinclusão foi anunciada em outubro, após solicitação da Secretaria da Agricultura, sendo também reenquadrados os municípios de Francisco Sá, Janaúba e Monte Azul.
Após a reintegração, os produtores, com orientação da Emater-MG, buscaram a aprovação do crédito para o cultivo do algodão, mas foram prejudicados no plantio pela estiagem, mais rigorosa que nos outros anos. De acordo com o coordenador de Culturas da empresa, Arquimedes Teixeira, se houver alteração no prazo e principalmente se puderem contar com situação climática normal (chuva) no período, os agricultores aumentarão o plantio na próxima safra.
Teixeira informa que os agricultores plantaram 130 hectares, com a previsão de rendimento de 2,2 mil por hectare. “Um período maior para o plantio possibilitará melhor aproveitamento do ciclo do algodão (fase que vai da germinação à colheita), que no Norte de Minas é de 140 dias, enquanto nas outras regiões chega a 170 dias”. Segundo o coordenador, a diferença de 30 dias em favor das lavouras de algodão do Norte do Estado significa redução de custos com pulverização, adubação, mão-de-obra e outros, comprovando a vocação para a produção nos municípios.
Suporte público-privado
“As iniciativas realizadas pelo governo do Estado em parceria com a iniciativa privada têm garantido um importante suporte à retomada do cultivo do algodão no Norte de Minas”, diz o representante da Amipa, José Tibúrcio Carvalho Filho. “A parceria Amipa/Proalminas, Emater-MG e Epamig criou as Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs) que apóiam os agricultores com a difusão de tecnologia e orientação para se organizarem e terem mais condições de comprar em grupo e vender seus produtos em melhores condições”, enfatiza. Os trabalhos nas UTDs são monitorados por técnicos contratados pela Amipa/Proalminas com a supervisão dos técnicos da Emater-MG e Epamig.
O coordenador do Proalminas, Lindomar Antônio Lopes, confirma a importância das UTDs, principalmente para a difusão de novas tecnologias. “A retomada do cultivo do algodão na região tem por base a utilização de processos avançados por produtores organizados e com o compromisso de mostrar que a pequena produção também deve ter alta qualidade”, diz.
A produção anual de algodão, no Brasil, é da ordem de 1,5 milhão de toneladas de pluma e o consumo estimado é de 800 mil toneladas. Em Minas Gerais, a produção é da ordem de 38 mil toneladas por ano, sendo o maior volume de algodão procedente do Triângulo, Noroeste e Alto Paranaíba. O consumo estimado do produto, no Estado, é de 140 mil toneladas. A meta é alcançar, com a participação do Norte de Minas, um volume que atenda a essa demanda do parque têxtil mineiro, o terceiro maior do país, atrás de São Paulo e Ceará.
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