A hora e a vez do feijão preto
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Analistas de mercado se surpreenderam na primeira quinzena de agosto com a valorização do feijão preto. O preço da saca de sessenta quilos pago ao produtor teve um crescimento de 4,5% enquanto, no mesmo período, o valor do feijão carioca registrou queda de mais de 6%. De acordo com o Centro de Inteligência do Feijão (CIFeijão), o fato pode ser explicado pela menor disponibilidade do feijão preto nas principais praças do país. “Há vários fatores que podem ter contribuído para esta valorização. Um deles é o aumento da procura pelo feijão preto no interior, evitando uma oferta excessiva nos grandes centros. A situação é favorável para os produtores rurais, com preços mais firmes que no ano passado”, explica Alberto Martins Rezende, analista do CIFeijão. O Centro foi criado este ano pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), para dar suporte ao setor produtivo, tanto na parte técnica quanto nas análises de mercado.
O cultivo do feijão preto em Minas Gerais está concentrado no Vale do Rio Doce, Sul e Zona da Mata. Segundo Alberto Rezende, a saca de sessenta quilos do feijão preto fechou a primeira quinzena do mês com um preço médio de R$ 68,00. Já o feijão carioca extra novo, tradicionalmente mais caro, terminou o período cotado a R$ 95,00. Apesar de ser um mercado instável, a tendência até o final do ano é de manutenção dos preços do feijão, pois a safra de inverno está acabando.
Feijão em Minas
Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do país, responsável por 15% da safra nacional, atrás do Paraná. A produção estadual este ano está estimada em 506 mil toneladas, uma queda de 5% em relação a 2006. “Na segunda safra do feijão, tivemos uma redução de área de 13% em relação ao ano passado. No mesmo período, o crescimento da área do milho safrinha, que estava com preços atraentes, foi de 33%”, explica o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez. O município de Unaí lidera a produção mineira, seguido por Paracatu e Buritis, todos no Noroeste de Minas. Mas as regiões do Alto Paranaíba, Norte e Sul também contam com uma produção expressiva dentro do estado.
“A projeção da cultura do feijão no Estado se deve ao desenvolvimento de cultivares adaptadas ao clima e ao solo das regiões de plantio”, afirma Trazilbo José de Paula, pesquisador da Epamig, empresa de pesquisa agropecuária vinculada à Secretária de Estado de Agricultura. Periodicamente, são disponibilizadas no mercado novas cultivares desenvolvidas pela Epamig em parceria com outros centros de pesquisa. Os estudos são direcionados para cultivares mais produtivas, resistentes às doenças, com boas características comerciais e nutricionais e adaptadas à colheita mecânica.
O resultado das pesquisas está na produtividade média obtida nas lavouras de Minas Gerais . Em 1994, a produção de feijão em um hectare era de 698 quilos. Hoje, na mesma área são produzidos 1,2 mil quilos, bem acima da média nacional, que é de 842 quilos por hectare. “Diversas tecnologias de cultivo têm sido desenvolvidas e adaptadas, com destaque para os sistemas de irrigação. A técnica de irrigação com pivô central possibilitou o avanço da cultura na região de cerrado, bem como impulsionou o plantio no outono-inverno-primavera”, explica o pesquisador.
Produto doméstico
Ao contrário de outros produtos, como o café e a soja, o feijão não tem nenhuma influência na balança comercial brasileira. Sua comercialização é basicamente nos supermercados. O Brasil é o maior produtor – 3,5 milhões de toneladas/ano – e o maior consumidor mundial de feijão. A média anual é de 16 quilos por habitante. Mais informações sobre a cultura no feijão no site www.cifeijao.com.br
O cultivo do feijão preto em Minas Gerais está concentrado no Vale do Rio Doce, Sul e Zona da Mata. Segundo Alberto Rezende, a saca de sessenta quilos do feijão preto fechou a primeira quinzena do mês com um preço médio de R$ 68,00. Já o feijão carioca extra novo, tradicionalmente mais caro, terminou o período cotado a R$ 95,00. Apesar de ser um mercado instável, a tendência até o final do ano é de manutenção dos preços do feijão, pois a safra de inverno está acabando.
Feijão em Minas
Minas Gerais é o segundo maior produtor de feijão do país, responsável por 15% da safra nacional, atrás do Paraná. A produção estadual este ano está estimada em 506 mil toneladas, uma queda de 5% em relação a 2006. “Na segunda safra do feijão, tivemos uma redução de área de 13% em relação ao ano passado. No mesmo período, o crescimento da área do milho safrinha, que estava com preços atraentes, foi de 33%”, explica o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez. O município de Unaí lidera a produção mineira, seguido por Paracatu e Buritis, todos no Noroeste de Minas. Mas as regiões do Alto Paranaíba, Norte e Sul também contam com uma produção expressiva dentro do estado.
“A projeção da cultura do feijão no Estado se deve ao desenvolvimento de cultivares adaptadas ao clima e ao solo das regiões de plantio”, afirma Trazilbo José de Paula, pesquisador da Epamig, empresa de pesquisa agropecuária vinculada à Secretária de Estado de Agricultura. Periodicamente, são disponibilizadas no mercado novas cultivares desenvolvidas pela Epamig em parceria com outros centros de pesquisa. Os estudos são direcionados para cultivares mais produtivas, resistentes às doenças, com boas características comerciais e nutricionais e adaptadas à colheita mecânica.
O resultado das pesquisas está na produtividade média obtida nas lavouras de Minas Gerais . Em 1994, a produção de feijão em um hectare era de 698 quilos. Hoje, na mesma área são produzidos 1,2 mil quilos, bem acima da média nacional, que é de 842 quilos por hectare. “Diversas tecnologias de cultivo têm sido desenvolvidas e adaptadas, com destaque para os sistemas de irrigação. A técnica de irrigação com pivô central possibilitou o avanço da cultura na região de cerrado, bem como impulsionou o plantio no outono-inverno-primavera”, explica o pesquisador.
Produto doméstico
Ao contrário de outros produtos, como o café e a soja, o feijão não tem nenhuma influência na balança comercial brasileira. Sua comercialização é basicamente nos supermercados. O Brasil é o maior produtor – 3,5 milhões de toneladas/ano – e o maior consumidor mundial de feijão. A média anual é de 16 quilos por habitante. Mais informações sobre a cultura no feijão no site www.cifeijao.com.br
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