Exportação de produtos lácteos por Minas Gerais cresce 200%
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A balança comercial do agronegócio mineiro vive um momento de diversificação. O mais recente levantamento feito pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais sobre as exportações do Estado mostra que, nos primeiros cinco meses do ano, a venda de produtos lácteos foi um dos maiores destaques, embora ainda não tenha o mesmo peso comercial de produtos tradicionalmente exportados como café, carnes e madeira.
O aumento das vendas de lácteos passou de US$ 26,3 milhões nos primeiros cinco meses de 2007 para US$ 78,9 milhões no mesmo período de 2008. Um crescimento de 200%. Os números das exportações do agronegócio do Estado foram compilados com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“A venda de lácteos para o mercado internacional, nos primeiros cinco meses do ano, dá prosseguimento à consolidação dos produtos mineiros no mercado externo, verificada desde o segundo semestre do ano passado”, comenta o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. O Estado é o maior produtor nacional de leite. São sete bilhões de litros por ano. Cerca de 30% da produção brasileira.
Além das exportações, o Estado também está atraindo novos investimentos no setor de laticínios. Em março deste ano, a Indústria de Alimentos Nilza S/A., empresa que atua na produção de leite UHT no mercado paulista, anunciou investimentos de R$ 25 milhões na implantação de uma unidade industrial no município de Alfenas, no Sul de Minas Gerais.
A fábrica deverá ser instalada até o final do primeiro semestre de 2009, em um terreno de 50 mil metros quadrados e terá uma área construída de 20 mil metros quadrados. A planta será destinada à produção de 20 derivados do leite, entre os quais creme de leite, queijo, manteiga, requeijão, leite em pó, soro de leite em pó, leite condensado e bebida láctea UHT visando ao mercado interno, sobretudo o mineiro e o fluminense. A empresa também irá investir nas exportações para países do Mercosul.
Quando estiver em pleno funcionamento, dentro de três anos, a fábrica de Alimentos Nilza S/A terá capacidade instalada de processamento de 15 milhões de litros/mês de leite. A expectativa é de que sejam criados 350 novos empregos diretos e entre 1 mil e 1,5 mil empregos indiretos.
Em maio deste ano, outro investimento foi anunciado em Minas Gerais. A diretoria da Laep, controladora da Parmalat Brasil e da Integralat, divulgou que fará investimentos de R$ 350 milhões nas unidades da empresa em Minas Gerais. Além da ampliação da fábrica em Governador Valadares, foi anunciada a instalação da sede da empresa In Vitro, adquirida pela Integralat no ano passado, no município de Bonito de Minas, no Noroeste do Estado. A nova empresa deve gerar 5 mil empregos.
A In Vitro é empresa de inseminação artificial no ramo de gado leiteiro com especialização em genética. Ela já conta com vários laboratórios em todo o Brasil, inclusive em Minas, mas a idéia é transferir para o Estado a matriz, onde estão os bancos genéticos e os maiores equipamentos do grupo.
A escolha de Bonito de Minas aconteceu em função da Integralat ter adquirido no município uma fazenda voltada ao melhoramento genético do rebanho bovino. Os animais serão entregues para os produtores integrados à empresa. O mesmo projeto será desenvolvido nos municípios de Unaí e Cruzília. Na primeira etapa, são 500 produtores integrados e na segunda etapa esse número chegará a 2.500.
Já com a ampliação da fábrica em Governador Valadares, ela passará a produzir leite em pó a partir do primeiro trimestre de 2009. A nova linha de produção vai ampliar de 600 mil litros para 1,3 milhão de litros recebidos e industrializados por dia na empresa. Serão gerados 100 novos empregos e os investimentos somam R$ 31 milhões.
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