Evento cultural no Sul de Minas resgata importância de fruto do Cerrado
Publicado em:
Resgatar a importância cultural e econômica do marolo, fruto típico do Cerrado, também conhecido como araticum e panan, é a proposta de uma série de atividades programadas para até 30 de abril, no Museu Municipal Alferes Belisário, em Paraguaçu, na região Sul do Estado. Batizado de "Marolo: um fruto, várias idéias", o evento acontece de segunda a sexta-feira, de 11h às 17h, com uma agenda que inclui exposição de fotos, palestras, trabalhos que relatam a história do marolo na região, além de uma degustação de produtos derivados do fruto, marcada para o dia 19 de abril, às 14h, na praça em frente ao Museu.
A realização é do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. A iniciativa é mais um passo da empresa pública mineira de extensão rural para proteger um bem nativo e cultural, que hoje é fonte de renda para pequenos produtores, principalmente extrativistas, mas sofre os efeitos do desmatamento do Cerrado, em decorrência da expansão de pastagens e de outras culturas.
Segundo o extensionista da Emater-MG local, Carlos Magno de Mesquita, a idéia é que o evento deste ano possa fomentar a organização de uma festa anual, envolvendo a participação de outros órgãos, no resgate e valorização do marolo. A Empresa já vem desenvolvendo parcerias importantes para a preservação e o cultivo do fruto, como a que mantém com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). A Epamig investiga como obter uma germinação mais rápida da semente do marolo e como diminuir o ciclo de produção do fruto, hoje em torno de quatro anos, por meio de uma técnica de adubação. A Emater-MG também é o elo de ligação de pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) com produtores de Paraguaçu, em estudo que a escola desenvolve para estabelecer os valores nutricionais do araticum e o melhor aproveitamento de sua polpa.
Maroleiros
Paraguaçu sempre foi conhecido como um município propício para o plantio de marolo e por isso seus habitantes são apelidados de maroleiros, segundo Carlos Magno. A cena de vendedores oferecendo o fruto na beira de estradas da região é comum, de acordo o técnico agropecuário da Emater-MG. "A cidade já teve provas de enduro e escola de samba que levavam o nome de marolo. O potencial econômico do fruto é muito grande", afirma, acrescentando que a unidade costuma valer entre R$ 3 a R$ 5. O fruto, que tem safra no mês de fevereiro e março, é muito utilizado na fabricação de doces, licores e sorvetes. Entretanto, segundo o extensionista rural, o marolo está sendo subaproveitado e corre o risco de entrar em extinção se nenhuma atitude for tomada. "Esse é o objetivo principal da iniciativa, resgatar a tradição do fruto na região", afirma. De acordo o técnico, existem no município mais de 100 famílias que vivem da coleta do fruto nos campos (extrativistas). Outras 30 cultivam o fruto de uma forma mais organizada, segundo ele
A realização é do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico. A iniciativa é mais um passo da empresa pública mineira de extensão rural para proteger um bem nativo e cultural, que hoje é fonte de renda para pequenos produtores, principalmente extrativistas, mas sofre os efeitos do desmatamento do Cerrado, em decorrência da expansão de pastagens e de outras culturas.
Segundo o extensionista da Emater-MG local, Carlos Magno de Mesquita, a idéia é que o evento deste ano possa fomentar a organização de uma festa anual, envolvendo a participação de outros órgãos, no resgate e valorização do marolo. A Empresa já vem desenvolvendo parcerias importantes para a preservação e o cultivo do fruto, como a que mantém com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). A Epamig investiga como obter uma germinação mais rápida da semente do marolo e como diminuir o ciclo de produção do fruto, hoje em torno de quatro anos, por meio de uma técnica de adubação. A Emater-MG também é o elo de ligação de pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) com produtores de Paraguaçu, em estudo que a escola desenvolve para estabelecer os valores nutricionais do araticum e o melhor aproveitamento de sua polpa.
Maroleiros
Paraguaçu sempre foi conhecido como um município propício para o plantio de marolo e por isso seus habitantes são apelidados de maroleiros, segundo Carlos Magno. A cena de vendedores oferecendo o fruto na beira de estradas da região é comum, de acordo o técnico agropecuário da Emater-MG. "A cidade já teve provas de enduro e escola de samba que levavam o nome de marolo. O potencial econômico do fruto é muito grande", afirma, acrescentando que a unidade costuma valer entre R$ 3 a R$ 5. O fruto, que tem safra no mês de fevereiro e março, é muito utilizado na fabricação de doces, licores e sorvetes. Entretanto, segundo o extensionista rural, o marolo está sendo subaproveitado e corre o risco de entrar em extinção se nenhuma atitude for tomada. "Esse é o objetivo principal da iniciativa, resgatar a tradição do fruto na região", afirma. De acordo o técnico, existem no município mais de 100 famílias que vivem da coleta do fruto nos campos (extrativistas). Outras 30 cultivam o fruto de uma forma mais organizada, segundo ele
Compartilhe via:
Dúvidas?
Fale Conosco