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Estado e avicultores criam fundo de emergência

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Minas Gerais vai criar um Fundo Privado de Emergência para cumprir uma das principais exigências do Programa de Regionalização da Avicultura. O convênio para criação do fundo será assinado pelo secretário da Agricultura do Estado, Gilman Viana Rodrigues, nesta quarta-feira (3), durante a abertura da Feira dos Avicultores e Suinocultores de Minas Gerais (Superfas). A solenidade será realizada às 17h30, no Parque de Exposição Francisco Olivé Diniz, em Pará de Minas no Oeste do Estado.   Também assina o documento o presidente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Tarcísio Franco do Amaral.

De acordo com o secretário, em todo o processo de comércio mundial é necessário o sacrifício de animais quando se identifica um foco de doença. “Nesse caso, o produtor atingido por uma eventual ocorrência em seu plantel, sabendo que existe o fundo para ressarcir o abate de seus animais, exerce um papel firme na colaboração para que se mantenha o padrão sanitário”, explica.    
O Fundo de Emergência, que Gilman Viana define como “um instrumento de qualidade de gestão sanitária”, vai contar com recursos exclusivamente do setor privado, que serão arrecadados simultaneamente com a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), administrada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria da Agricultura. O secretário enfatiza que “os recursos do fundo são uma reserva a ser utilizada pontualmente para indenizar o produtor caso o seu plantel tenha doenças não permitidas para o rebanho comercial”. O valor da contribuição para a fundo ainda será definido.  Para conseguir a emissão da  GTA, o  empresário avícola terá que comprovar o  pagamento da quantia estipulada na rede bancária.
Cabe ao Estado administrar o fundo, segundo as normas do Ministério da Agricultura. De acordo com o secretário da Agricultura de Minas, “o convênio para a criação desse instrumento atesta a existência de um esforço integrado da Secretaria com as lideranças da avicultura estadual para estabelecer as condições de adesão ao Programa de Regionalização da Avicultura”.

A regionalização é um sistema que permite que cada estado ou região tenha autonomia sanitária. A idéia é de que se um foco de uma doença atingir um determinado estado da federação, os demais poderiam continuar exportando. Hoje, a regionalização é reconhecida por alguns países que importam produtos da agropecuária brasileira. Gilman Viana assinala que Minas Gerais terá, com a regionalização, autonomia para cumprir a política de sanidade em ligação direta com o mercado internacional, conforme acordos que poderão ser feitos com os países compradores, com aval do governo federal.
“É muito importante para o agronegócio avícola e para o Estado mostrar que tem condições de prevenir problemas sanitários na avicultura, assim como vem atuando com eficiência na prevenção, por exemplo, da febre aftosa, que há 12 anos não se registra em Minas”, afirma o secretário. Gilman Viana acrescenta que “Minas Gerais tem uma avicultura competitiva, de qualidade e com produção ajustada à segurança alimentar, atendendo as exigências do mercado nacional e internacional”.

O presidente da Avimig destaca que “no conjunto das providências que o IMA adota para preservar a sanidade avícola no Estado, sobressai a adoção de um sofisticado sistema de informática para incrementar o monitoramento das atividades de nossas granjas avícolas. Este é um passo de fundamental importância dentro das exigências para Minas Gerais ter acesso ao Programa de Regionalização da Avicultura”, enfatiza.  

Setor em ascensão
A Associação dos Avicultores de Minas Gerais informa que a produção de frango no Estado alcançou 369,7 milhões de cabeças, enquanto o Brasil foi de 4,9 bilhões de aves. De acordo com a superintendente da entidade, Marília Martha Ferreira, a média de alojamentos do ano passado no Estado foi de 30 milhões de cabeças por mês, e já no primeiro semestre de 2008 a média mensal alcançou 32,5 milhões de aves, portanto crescimento de 8,3%.
A produção de ovos em Minas Gerais, em 2007, foi de cerca de 7,8 milhões de caixas de 30 dúzias. Em todo o país foram 67,4 milhões de caixas. Também nesse segmento houve crescimento no Estado: a média mensal para Minas, na análise de todo o ano passado, foi de 20 milhões de dúzias, enquanto no primeiro semestre deste ano alcançou 23 milhões de dúzias, ou crescimento de 15%.
Nas exportações de frango, Minas Gerais alcançou, no ano passado, 116,7 mil toneladas, ou cerca de 3,5% do total brasileiro, de 3,3 milhões de toneladas. Segundo a superintendente, estão previstas para o Brasil cerca de 3,5 milhões de toneladas em 2008 e, para o Estado, um volume da ordem de 125 mil toneladas. Ela destaca as exportações de perus, em que Minas participa com 22,5% do total brasileiro ou 40,1 mil toneladas no conjunto das 177,4 mil toneladas de todo o país.

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