Crédito para suinocultura rende quase 400%
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Um estudo realizado pela Câmara Técnica de Suinocultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa) mostra que o custeio da atividade em Minas Gerais, a cada oito meses, fica em torno de R$ 76,8 milhões. De acordo com a Comissão de Crédito da Câmara, os recursos para investimento, ou manutenção dos criatórios, alcançam R$ 120 milhões, mas o retorno é compensador, pois cada R$ 1,00 aplicado rende quase R$ 4,00.
Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (10), durante reunião, na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do grupo que representa no Cepa as cadeias de produção, os segmentos de suporte do setor, universidades e entidades governamentais cujas ações se refletem na suinocultura.
Ao abrir a reunião, o secretário-adjunto de Agricultura, Marcelo Franco, informou que a Secretaria está estimulando a integração das cadeias produtivas, como as de carnes e de grãos, por exemplo. Esse trabalho é coordenado pelo consultor Togo Nogueira de Paula.
O secretário-adjunto acrescentou que a Seapa está trabalhando para buscar mais mercados para os produtos da pecuária mineira, e o principal instrumento utilizado atualmente é o Programa Minas Carne, que oferece isenção tributária e crédito para o fortalecimento da bovinocultura de corte, com o objetivo de aumentar as exportações, mas também beneficiará outros setores, como a suinocultura.
A integração das cadeias produtivas será facilitada pelas câmaras técnicas, como a de Suinocultura, que tem afinidades principalmente com as câmaras de grãos e de avicultura. A câmara de suinocultura é coordenada pelo empresário José Arnaldo Pena e conta, em sua maioria, com representantes da produção, além de técnicos e pesquisadores de instituições públicas e da área governamental. Os trabalhos são orientados por um comitê gestor formado por especialistas da Secretaria de Agricultura e suas instituições vinculadas (Emater-MG, Epamig, IMA e Ruralminas).
Necessidade de crédito
Para dar mais sustentação aos trabalhos da Câmara Técnica de Suinocultura, foi criada a Comissão de Crédito, que aponta a necessidade de maiores aplicações de recursos no setor. A comissão fez também um levantamento dos programas e instituições que oferecem linhas de financiamentos aos criadores. Segundo Dirceu Alves Ferreira, membro do comitê gestor e da comissão, para cada real de crédito investido no negócio suinícola em Minas Gerais, o retorno é de quase R$ 4,00, ou cerca de 400%.
Outra comissão da Câmara de Suinocultura faz um levantamento com o objetivo de implantar a certificação no setor e, para isso, vai buscar a participação voluntária de 100 produtores. Segundo a coordenadora da comissão, Regina Bahia, estima-se que pelo menos 20 produtores tenham condições de participar de todas as etapas da certificação. Ela explica que a criação do programa, em Minas, é de fundamental importância porque a condição de Estado livre da peste suína clássica deve ser preservada e a segurança alimentar é indispensável tanto para o mercado interno quanto para a exportação.
Segundo Regina Bahia, “a base da certificação é a rastreabilidade, que consiste em saber de onde veio e como foi produzido o suíno”. As questões referentes à proteção ambiental também devem ser observadas para a implantação e manutenção do programa de rastreabilidade, pois a suinocultura tem alto potencial poluidor. Os técnicos também observam se a propriedade obedece à norma de manter 25% da área para reserva florestal, entre outras exigências ambientais. “Vale o esforço, porque a certificação agrega valor aos produtos e garante a segurança alimentar”, enfatiza Regina Bahia.
Setor em expansão
Minas Gerais conta com cerca de 3,5 milhões de suínos, ocupando o quarto lugar na produção nacional, contando com cerca de 200 mil matrizes produtivas em 1.427 granjas. Em 2005, a produção mineira de carne suína alcançou 282 mil toneladas, o equivalente a 10,1% da produção nacional. De acordo com o diagnóstico elaborado pela Câmara Técnica de Suinocultura, 94% da produção de carne no Estado são direcionados para o próprio mercado interno. Os 6% restantes e dirigidos a outros estados vêm da Sadia, que recebe o produto da Granja Resende, em Uberlândia; além da Pif Paf, em Patrocínio, e da Saudali, em Ponte Nova, que exportaram em conjunto 32,5 mil toneladas em 2005, correspondendo a 5,2% do total exportado pelo Brasil.
Atualmente os maiores produtores de suínos estão nas regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, com 51,2 mil matrizes; seguida pela Zona da Mata, com 50,2 mil; Centro-Oeste, com 25 mil e Sul-sudoeste, com 19,1 mil matrizes. Existe a tendência de crescimento da produção suinícola em Minas Gerais nas regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, pela facilidade de abastecimento de grãos e crescimento de indústrias frigoríficas.
Esses números foram apresentados nesta quinta-feira (10), durante reunião, na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), do grupo que representa no Cepa as cadeias de produção, os segmentos de suporte do setor, universidades e entidades governamentais cujas ações se refletem na suinocultura.
Ao abrir a reunião, o secretário-adjunto de Agricultura, Marcelo Franco, informou que a Secretaria está estimulando a integração das cadeias produtivas, como as de carnes e de grãos, por exemplo. Esse trabalho é coordenado pelo consultor Togo Nogueira de Paula.
O secretário-adjunto acrescentou que a Seapa está trabalhando para buscar mais mercados para os produtos da pecuária mineira, e o principal instrumento utilizado atualmente é o Programa Minas Carne, que oferece isenção tributária e crédito para o fortalecimento da bovinocultura de corte, com o objetivo de aumentar as exportações, mas também beneficiará outros setores, como a suinocultura.
A integração das cadeias produtivas será facilitada pelas câmaras técnicas, como a de Suinocultura, que tem afinidades principalmente com as câmaras de grãos e de avicultura. A câmara de suinocultura é coordenada pelo empresário José Arnaldo Pena e conta, em sua maioria, com representantes da produção, além de técnicos e pesquisadores de instituições públicas e da área governamental. Os trabalhos são orientados por um comitê gestor formado por especialistas da Secretaria de Agricultura e suas instituições vinculadas (Emater-MG, Epamig, IMA e Ruralminas).
Necessidade de crédito
Para dar mais sustentação aos trabalhos da Câmara Técnica de Suinocultura, foi criada a Comissão de Crédito, que aponta a necessidade de maiores aplicações de recursos no setor. A comissão fez também um levantamento dos programas e instituições que oferecem linhas de financiamentos aos criadores. Segundo Dirceu Alves Ferreira, membro do comitê gestor e da comissão, para cada real de crédito investido no negócio suinícola em Minas Gerais, o retorno é de quase R$ 4,00, ou cerca de 400%.
Outra comissão da Câmara de Suinocultura faz um levantamento com o objetivo de implantar a certificação no setor e, para isso, vai buscar a participação voluntária de 100 produtores. Segundo a coordenadora da comissão, Regina Bahia, estima-se que pelo menos 20 produtores tenham condições de participar de todas as etapas da certificação. Ela explica que a criação do programa, em Minas, é de fundamental importância porque a condição de Estado livre da peste suína clássica deve ser preservada e a segurança alimentar é indispensável tanto para o mercado interno quanto para a exportação.
Segundo Regina Bahia, “a base da certificação é a rastreabilidade, que consiste em saber de onde veio e como foi produzido o suíno”. As questões referentes à proteção ambiental também devem ser observadas para a implantação e manutenção do programa de rastreabilidade, pois a suinocultura tem alto potencial poluidor. Os técnicos também observam se a propriedade obedece à norma de manter 25% da área para reserva florestal, entre outras exigências ambientais. “Vale o esforço, porque a certificação agrega valor aos produtos e garante a segurança alimentar”, enfatiza Regina Bahia.
Setor em expansão
Minas Gerais conta com cerca de 3,5 milhões de suínos, ocupando o quarto lugar na produção nacional, contando com cerca de 200 mil matrizes produtivas em 1.427 granjas. Em 2005, a produção mineira de carne suína alcançou 282 mil toneladas, o equivalente a 10,1% da produção nacional. De acordo com o diagnóstico elaborado pela Câmara Técnica de Suinocultura, 94% da produção de carne no Estado são direcionados para o próprio mercado interno. Os 6% restantes e dirigidos a outros estados vêm da Sadia, que recebe o produto da Granja Resende, em Uberlândia; além da Pif Paf, em Patrocínio, e da Saudali, em Ponte Nova, que exportaram em conjunto 32,5 mil toneladas em 2005, correspondendo a 5,2% do total exportado pelo Brasil.
Atualmente os maiores produtores de suínos estão nas regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, com 51,2 mil matrizes; seguida pela Zona da Mata, com 50,2 mil; Centro-Oeste, com 25 mil e Sul-sudoeste, com 19,1 mil matrizes. Existe a tendência de crescimento da produção suinícola em Minas Gerais nas regiões do Triângulo e Alto Paranaíba, pela facilidade de abastecimento de grãos e crescimento de indústrias frigoríficas.
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