Café premiado do Sul de Minas é vendido por R$ 5 mil a saca
BELO HORIZONTE (16/12/2011) – A força do café de Minas Gerais foi demonstrada nesta sexta-feira (16), na solenidade de encerramento do 8º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais, realizada no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, com a participação do governador Antonio Anastasia. Uma saca de café premiado da categoria Natural e uma da categoria Cereja Descascada foram vendidas em leilão, no final do evento, por R$ 5 mil cada.O produto, oferecido especialmente no fechamento do leilão, foi arrematado por um consórcio formado pelas empresas Academia do Café, Unique Cafés Especiais, Via Speciality, Carmo Coffees e Café 3 Corações..
O café da categoria Natural foi colhido nas lavouras de Antônio Mello Canato, e o da categoria cereja descascada é procedente das lavouras de José Wagner Ribeiro Junqueira, ambos do município de Carmo de Minas, no Sul do Estado. De acordo com o coordenador do concurso pela Emater-MG, Marco Fabri Júnior, o café produzido por Canato ficou em primeiro lugar no grupo do Sul de Minas e foi também eleito o melhor do Estado pelos jurados do 8º Concurso de Qualidades de Cafés de Minas Gerais. Já o produto de Junqueira ficou em primeiro lugar do Estado em sua categoria.
Além disso, segundo o coordenador, o café Natural de Canato foi premiado como o melhor do país pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Produção excepcional
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Elmiro Nascimento, ao discursar na solenidade de encerramento do concurso, disse que o desenvolvimento da cafeicultura estadual se deve principalmente à atuação do governo de Minas, com a parceria das instituições privadas do setor. Nascimento destacou a excepcional fase do agronegócio, e assinalou que o café tem contribuído de forma expressiva para o crescimento do PIB do setor. “Em 2011, o Estado respondeu por mais de 50% da safra nacional, com uma produção acima de 22 milhões de sacas.”
A atividade, segundo o secretário, envolve mais de 104 mil estabelecimentos rurais e influi diretamente na economia de 75% dos municípios. Ao observar que “Minas possui uma excelência inconteste no agronegócio café”, Nascimento explicou que uma das bases do desenvolvimento da cultura no Estado é o Certifica Minas Café, um programa estruturador coordenado pela Secretaria da Agricultura e executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Como parte do Programa, os cafeicultores mineiros contam, desde 2004, com o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas, conduzido pela Emater e seus parceiros. Trata-se de “mais uma ferramenta importante para reconhecer a qualidade e as características diferenciadas dos cafés produzidos nas quatro regiões cafeeiras das Gerais (Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado e Chapada de Minas)”, explicou.
Os melhores
Os vencedores do 8º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais são os seguintes:
Categoria Natural
Sul de Minas
1º lugar – Antônio Mello Canato (Carmo de Minas)
Cerrado Mineiro
1º lugar – Acácio José Dianin (Monte Carmelo)
Matas de Minas
1º lugar – Thamires Rodrigues Ferreira (Manhumirim)
Categoria Cereja Descascado
Sul de Minas
1º lugar – José Wagner Ribeiro Junqueira (Carmo de Minas)
Cerrado Mineiro
1º lugar – Amélia Ferracioli Delarisse (Patrocínio)
Matas de Minas
1º lugar – José Rocha (Manhuaçu)
Chapada de Minas
1º lugar – Cláudio Esteves Gutierrez (Água Boa)
Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil, sendo responsável por 50,2% da safra nacional. O Estado deve produzir neste ano 22,1 milhões de sacas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É o segundo produto da pauta de exportação do Estado, depois do minério de ferro, tendo como principais destinos a Alemanha (23,4%), Estados Unidos (21,1%), Itália (10,1%), Japão (9,4%) e Bélgica (8,3%). A receita das exportações mineiras de café, entre janeiro e novembro deste ano, alcançou US$ 5,2 bilhões, cifra 44,9% superior à registrada em idêntico período de 2010.