Conteúdo Principal

Bovinos com até 24 meses serão vacinados em Minas

Submitted by Anônimo (não verificado) on
Publicado em:

É hora do pecuarista mineiro se preparar para mais uma etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa. A segunda dose (reforço) deverá ser aplicada a partir do dia 1º até 30 de setembro nas regiões que fazem divisas com a Bahia, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro, além de toda a área Central do estado, incluindo a Região Metropolitana de Belo Horizonte e Zona Metalúrgica.  
É o Circuito Pecuário Leste que abrange 528 municípios de Minas, com cerca de 180 mil criadores, que imunizarão 4,5 milhões de bovinos nas idades de até 24 meses.
“O intuito da campanha vai além de proteger o rebanho bovino contra a doença. O produtor precisa se conscientizar de que com essa medida ele estará contribuindo também para o aumento da exportação da carne mineira, peça-chave no agronegócio do estado”, afirma Altino Rodrigues Neto, diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada ao sistema operacional da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

Perdas

Devido à ocorrência de problemas de sanidade animal, como a febre aftosa, o Brasil perde cerca de US$ 16 bilhões anualmente no complexo carnes, por conta de mercados fechados ao país, principalmente pelos Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, que são os países que melhor remuneram o produto no mundo.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, o mercado internacional está cada vez mais exigente e competitivo. Quem tiver a maior oferta de produtos de qualidade, seguindo as normas internacionais de sanidade, vai ganhar mais espaço no comércio mundial, com preços mais atraentes. Estamos no caminho certo aqui em Minas Gerais. Desde 2006, cinco frigoríficos voltados para exportação se instalaram no estado. Não podemos esquecer que as medidas sanitárias também são fundamentais para a segurança alimentar da população. O mercado interno também se favorece com o consumo de um produto de qualidade.
“Não existe risco zero para doenças como febre aftosa. O recente foco registrado no rebanho da Inglaterra serve de alerta. É preciso manter os altos índices de vacinação do rebanho”, afirmou o secretário.
Para Rodrigues Neto, a melhor maneira de se erradicar a aftosa continua sendo a vacinação em massa, com atenção especial à qualidade da vacina, sua conservação e aplicação correta, além de se ter um bom cadastro das propriedades.

Ameaças

A União Européia (UE), maior comprador de nossos produtos, em sua última visita ao país, concluiu que há “deficiências extremamente sérias” nos sistemas de saúde animal e rastreamento bovino (Sisbov). E está avisando que fechará seu mercado de US$ 1 bilhão à carne bovina nacional em caso de um novo episódio da doença no Brasil.

Exportações

Nos primeiros sete meses de 2007, a exportação brasileira de carne bovina teve um aumento de 25%. No período de janeiro a julho, o país embarcou 1,55 milhão de tonelada, somando US$ 2,55 bilhões.
Em Minas Gerais as exportações de carne bovina, referentes ao primeiro semestre de 2007, somaram 23,3 mil toneladas, 32% superior ao mesmo período de 2006, alcançando US$ 175,8 milhões neste ano, valor que é 49% superior ao do ano passado.

Compartilhe via: