Agricultores de Itabirito se organizam para produzir palmito
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Itabirito, município da Zona Metalúrgica de Belo Horizonte, tem como principais suportes econômicos a mineração e a siderurgia, mas quer se destacar também com a exploração de palmito. Os agricultores da região estão recebendo orientação da Emater-MG para organizar a produção da palmeira real com o objetivo de alcançar a média de um milhão de pés. Este é o volume mínimo para abastecer a fábrica de palmito que será construída no município, informa a Associação dos Produtores de Palmito (Aperi).
De acordo com o presidente da associação, Roberto Cavalcanti, a fábrica começa a ser instalada até 2009, numa área de 2,5 mil metros quadrados, à margem da rodovia dos Inconfidentes (BH-Ouro Preto), em Itabirito. Para Cavalcanti, a construção da unidade será a parte mais fácil, porque há investidores interessados em participar do projeto. “A Aperi vai propor a investidores de Santa Catarina que participem do projeto. Esses empresários, que trabalham no setor há mais de doze anos, fizeram uma sondagem no município com o objetivo de obter palmito para suas indústrias”, informa o assessor.
Por sugestão do especialista Daniel Amin Ferraz, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, que fez palestra para os produtores a convite da Aperi, a entidade vai propor a investidores de Santa Catarina que participem do projeto. “Esses empresários, que trabalham no setor há mais de doze anos, fizeram uma sondagem no município com o objetivo de obter palmito para suas indústrias”, informa o assessor.
Amin propõe a criação de um consórcio de produtores. “O sistema possibilitará o aumento da competitividade no mercado de palmito para todos os agricultores”, acrescenta. “Existe também a alternativa de formação de uma cooperativa, mas no caso de algum investidor isolado assumir o projeto, os resultados também serão bons, sobretudo se utilizar o sistema de integração, garantindo o acesso de insumos e outros suportes aos agricultores”, diz o assessor.
Associativismo
Para o extensionista Lúcio Passos, da Emater de Itabirito, o consórcio tem condições de atender melhor aos produtores, porque torna cada um deles dono de uma parte da agroindústria. “Isso quer dizer que o agricultor consorciado terá uma fatia da receita obtida com o processamento, que é a melhor parte do negócio”, enfatiza.
“Estamos trabalhando agora para fortalecer o associativismo entre os produtores, a fim de garantir a organização da produção. Ao mesmo tempo, tempo estamos avaliando sistemas de comercialização porque este ponto não pode ser decidido na última hora”, observa o extensionista.
Segundo Passos, está comprovada a viabilidade econômica do cultivo da palmeira real para a obtenção do palmito, inclusive para os agricultores familiares. “A demanda do palmito está aumentando em todo o país e atualmente a cotação no mercado interno é de cerca de R$ 2,50 ao produtor para 500 gramas do produto. Um hectare plantado gera cerca de 17 mil palmeiras, com o aproveitamento de 15 mil, e o custo de produção oscila entre R$ 0,60 e R$ 0,80 para cada estipe ou estípite, como é conhecida a parte da planta onde se encontra o palmito.
O engenheiro agrônomo da Emater-MG acrescenta que, por isso, interessa aos produtores em primeiro lugar atender à demanda interna de palmito, que nos supermercados é vendido em média por R$ 8,00 o vidro. Segundo o extensionista, a criação da fábrica é um passo indispensável também para buscar depois fatias de consumo em outros países. Passos acrescenta que a demanda por palmito no Brasil é muito maior que a oferta, atualmente atendida por Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ele informa que na Zona da Mata também há cultivo de palmeira imperial com o objetivo de produzir o alimento. “As indústrias existentes pertencem a empreendedores individuais, e nesse aspecto pretendemos criar uma unidade diferenciada. Estamos preocupados com a participação dos produtores em obter renda com o processamento”, enfatiza.
Um levantamento da Associação dos Produtores mostra que Itabirito conta atualmente com cerca de 600 mil mudas de palmito plantadas. O cultivo foi iniciado há dois anos, mas houve frustração de safra em 2007, principalmente por causa da seca. A situação melhorou com as chuvas deste ano e, segundo cálculos da entidade, em 12 meses será organizado o cultivo no município. Segundo Paula Braga Batista, assessora da Superintendência de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, a criação da indústria poderá ser um forte estímulo para os agricultores familiares, que correspondem a 40% dos produtores da região. “Eles dependem da integração à indústria porque a única forma de venda do palmito é em conserva. No final deste ano ou início do próximo já terão condições de fazer uma colheita, mas precisam contar a possibilidade de transferir o produto para a unidade de processamento a fim de evitar perdas.
Produto ecológico
O cultivo da palmeira real atende às exigências ecológicas, porque a planta não é nativa do Brasil. Originária da Austrália, tem ciclo de quatro anos em média, segundo o extensionista Lúcio Passos. “Ela é diferente de produtos como o milho e a soja, que são totalmente colhidos em cada safra. No caso da palmeira, pode-se cortar uma parte com dois anos e meio, reiniciar o cultivo naquela área (rebrota) e, dois anos e meio depois, colher a outra parte da área plantada. “O sistema de colheitas alternadas possibilita a manutenção da área de cultivo e a preservação do terreno”, observa Passos.
O maior potencial da palmeira real é para a produção do palmito, mas a planta se destina também à ornamentação de jardins. “Em Itabirito, uma parte dos produtores obtém renda comercializando as árvores para enfeite”, informa Passos. “Outros desenvolvem a cultura como complemento de suas atividades, tendo a planta como objetivo ornamental, enquanto aguardam a implantação da indústria de processamento do palmito.”
De acordo com o presidente da associação, Roberto Cavalcanti, a fábrica começa a ser instalada até 2009, numa área de 2,5 mil metros quadrados, à margem da rodovia dos Inconfidentes (BH-Ouro Preto), em Itabirito. Para Cavalcanti, a construção da unidade será a parte mais fácil, porque há investidores interessados em participar do projeto. “A Aperi vai propor a investidores de Santa Catarina que participem do projeto. Esses empresários, que trabalham no setor há mais de doze anos, fizeram uma sondagem no município com o objetivo de obter palmito para suas indústrias”, informa o assessor.
Por sugestão do especialista Daniel Amin Ferraz, da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, que fez palestra para os produtores a convite da Aperi, a entidade vai propor a investidores de Santa Catarina que participem do projeto. “Esses empresários, que trabalham no setor há mais de doze anos, fizeram uma sondagem no município com o objetivo de obter palmito para suas indústrias”, informa o assessor.
Amin propõe a criação de um consórcio de produtores. “O sistema possibilitará o aumento da competitividade no mercado de palmito para todos os agricultores”, acrescenta. “Existe também a alternativa de formação de uma cooperativa, mas no caso de algum investidor isolado assumir o projeto, os resultados também serão bons, sobretudo se utilizar o sistema de integração, garantindo o acesso de insumos e outros suportes aos agricultores”, diz o assessor.
Associativismo
Para o extensionista Lúcio Passos, da Emater de Itabirito, o consórcio tem condições de atender melhor aos produtores, porque torna cada um deles dono de uma parte da agroindústria. “Isso quer dizer que o agricultor consorciado terá uma fatia da receita obtida com o processamento, que é a melhor parte do negócio”, enfatiza.
“Estamos trabalhando agora para fortalecer o associativismo entre os produtores, a fim de garantir a organização da produção. Ao mesmo tempo, tempo estamos avaliando sistemas de comercialização porque este ponto não pode ser decidido na última hora”, observa o extensionista.
Segundo Passos, está comprovada a viabilidade econômica do cultivo da palmeira real para a obtenção do palmito, inclusive para os agricultores familiares. “A demanda do palmito está aumentando em todo o país e atualmente a cotação no mercado interno é de cerca de R$ 2,50 ao produtor para 500 gramas do produto. Um hectare plantado gera cerca de 17 mil palmeiras, com o aproveitamento de 15 mil, e o custo de produção oscila entre R$ 0,60 e R$ 0,80 para cada estipe ou estípite, como é conhecida a parte da planta onde se encontra o palmito.
O engenheiro agrônomo da Emater-MG acrescenta que, por isso, interessa aos produtores em primeiro lugar atender à demanda interna de palmito, que nos supermercados é vendido em média por R$ 8,00 o vidro. Segundo o extensionista, a criação da fábrica é um passo indispensável também para buscar depois fatias de consumo em outros países. Passos acrescenta que a demanda por palmito no Brasil é muito maior que a oferta, atualmente atendida por Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ele informa que na Zona da Mata também há cultivo de palmeira imperial com o objetivo de produzir o alimento. “As indústrias existentes pertencem a empreendedores individuais, e nesse aspecto pretendemos criar uma unidade diferenciada. Estamos preocupados com a participação dos produtores em obter renda com o processamento”, enfatiza.
Um levantamento da Associação dos Produtores mostra que Itabirito conta atualmente com cerca de 600 mil mudas de palmito plantadas. O cultivo foi iniciado há dois anos, mas houve frustração de safra em 2007, principalmente por causa da seca. A situação melhorou com as chuvas deste ano e, segundo cálculos da entidade, em 12 meses será organizado o cultivo no município. Segundo Paula Braga Batista, assessora da Superintendência de Segurança Alimentar e Apoio à Agricultura Familiar da Secretaria da Agricultura, a criação da indústria poderá ser um forte estímulo para os agricultores familiares, que correspondem a 40% dos produtores da região. “Eles dependem da integração à indústria porque a única forma de venda do palmito é em conserva. No final deste ano ou início do próximo já terão condições de fazer uma colheita, mas precisam contar a possibilidade de transferir o produto para a unidade de processamento a fim de evitar perdas.
Produto ecológico
O cultivo da palmeira real atende às exigências ecológicas, porque a planta não é nativa do Brasil. Originária da Austrália, tem ciclo de quatro anos em média, segundo o extensionista Lúcio Passos. “Ela é diferente de produtos como o milho e a soja, que são totalmente colhidos em cada safra. No caso da palmeira, pode-se cortar uma parte com dois anos e meio, reiniciar o cultivo naquela área (rebrota) e, dois anos e meio depois, colher a outra parte da área plantada. “O sistema de colheitas alternadas possibilita a manutenção da área de cultivo e a preservação do terreno”, observa Passos.
O maior potencial da palmeira real é para a produção do palmito, mas a planta se destina também à ornamentação de jardins. “Em Itabirito, uma parte dos produtores obtém renda comercializando as árvores para enfeite”, informa Passos. “Outros desenvolvem a cultura como complemento de suas atividades, tendo a planta como objetivo ornamental, enquanto aguardam a implantação da indústria de processamento do palmito.”
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