Safra de coco em Minas cresce apesar do custo de insumos
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Minas Gerais vai alcançar neste ano uma produção aproximada de 44,4 milhões de cocos-da-bahia, numa área de 2,9 mil hectares. Em 2007, a colheita foi de 43,9 milhões de frutos em área um pouco menor. Esses números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontou para a produtividade média de 15,8 mil cocos por hectare no Estado, ou mil frutos a mais por hectare na relação com a safra anterior.
O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez, após analisar os dados do IBGE observa que esta é a segunda maior colheita de coco no Estado, inferior apenas à de 2006, que teve o volume aproximado de 47,8 milhões de frutos. A análise dos dados, feita pela superintendência, mostra crescimento firme da produção de coco no Estado, enquanto a produção nacional cai. Atualmente, a safra de coco estimada do país é de 1,8 bilhão de frutos, na comparação com a safra anterior, de 1,9 bilhão. Já a média de produtividade de coco em Minas representa mais que o dobro da produtividade nacional.
Norte lidera produção
O coco é cultivado em 164 municípios mineiros e tem maior destaque em Várzea da Palma, no Norte de Minas, onde a colheita estimada para este ano alcança 3,5 milhões de frutos, com produtividade da ordem de 19 mil frutos por hectare. Muriaé, na Zona da Mata, tem produção estimada de 3 milhões de frutos. Já Mantena, no Rio Doce, e Janaúba, no Norte de Minas, têm produção estimada de 2,4 milhões de cocos. Há cultivos também no Triângulo, Alto Paranaíba, Noroeste, Centro-Oeste, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce.
A Fazenda Coqueiro Verde, em Várzea da Palma, lidera a produção regional, com cerca de 1,1 milhão de cocos colhidos em 60 hectares no ano passado. De acordo com o administrador da propriedade, Arlim Maria Ribeiro Neto, ainda não foram apurados os números da safra da Coqueiro Verde neste ano, mas ele acredita que a produção aumentou. Arlim informa que a produção terá grande impulso no próximo ano, porque a partir de janeiro a propriedade terá mais 120 hectares de coqueiros em condições de produzir.
“O melhor período da safra é de março a agosto, mas a produção segue nos outros meses e não se colhe o coco apenas de janeiro a março”, ele explica. Arlim Neto diz que os produtores de coco estão pagando muito caro pelos insumos. “Temos uma despesa de R$ 0,18 a R$ 0,20 com a produção de cada fruto”, diz o administrador. Segundo Arlim, apesar desse custo a atividade compensa porque o lucro líquido médio alcança R$ 0,40 por unidade colocada no mercado.
Os frutos da Fazenda Coqueiro Verde são vendidos para consumo “in natura” em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, informa o administrador. “O objetivo é a comercialização da água, e neste caso a grande vantagem do nosso produto é que o líquido não contém produtos químicos porque evitamos o uso de herbicidas. Os pés dos coqueiros recebem adubo orgânico originado de 600 bois e mil ovelhas. “Compramos cerca de 200 toneladas por ano de produtos como uréia e cloreto de potássio para completar a adubação, e a cada três meses fazemos a análise do solo e das folhas para programar eventuais correções.”
Plantio consorciado
Para Arlim Neto, o desenvolvimento da produção de coco em Minas ainda depende principalmente do envolvimento dos produtores. “Existe pouca informação sobre a produção e por isso cada um aprende trabalhando e trocando informações com os outros”, acrescenta. Uma das experiências bem-sucedidas da Coqueiro Verde foi o cultivo consorciado de coco com abóbora antes do segundo ano de vida da árvore. “A partir do terceiro ano o coqueiro já se encontra em plena produção e o ideal é colocar ovinos na área, porque eles fazem a limpeza das áreas comendo o capim e ainda fornecem o adubo para as plantas.
A Coqueiro Verde fez a opção por ovelhas sem lã porque a região, a 500 metros acima do mar, é muito quente. “O demais aspectos são favoráveis ao criatório desses animais, pois contamos com boa luminosidade, a propriedade é bem servida de água e a topografia também é adequada” assinala o administrador. Com esse conjunto de condições, a Coqueiro Verde tem um plantel valorizado no mercado e pode contar com mais uma fonte de renda vendendo, em média, 200 animais por ano a um abatedouro de Sete Lagoas. “A cotação do animal vivo alcança até R$ 8,50 o quilo”, finaliza o administrador.
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Assessoria de Comunicação Social
Jornalista responsável: Ivani Cunha
Contato: (31) 3215-6568
O superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, João Ricardo Albanez, após analisar os dados do IBGE observa que esta é a segunda maior colheita de coco no Estado, inferior apenas à de 2006, que teve o volume aproximado de 47,8 milhões de frutos. A análise dos dados, feita pela superintendência, mostra crescimento firme da produção de coco no Estado, enquanto a produção nacional cai. Atualmente, a safra de coco estimada do país é de 1,8 bilhão de frutos, na comparação com a safra anterior, de 1,9 bilhão. Já a média de produtividade de coco em Minas representa mais que o dobro da produtividade nacional.
Norte lidera produção
O coco é cultivado em 164 municípios mineiros e tem maior destaque em Várzea da Palma, no Norte de Minas, onde a colheita estimada para este ano alcança 3,5 milhões de frutos, com produtividade da ordem de 19 mil frutos por hectare. Muriaé, na Zona da Mata, tem produção estimada de 3 milhões de frutos. Já Mantena, no Rio Doce, e Janaúba, no Norte de Minas, têm produção estimada de 2,4 milhões de cocos. Há cultivos também no Triângulo, Alto Paranaíba, Noroeste, Centro-Oeste, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce.
A Fazenda Coqueiro Verde, em Várzea da Palma, lidera a produção regional, com cerca de 1,1 milhão de cocos colhidos em 60 hectares no ano passado. De acordo com o administrador da propriedade, Arlim Maria Ribeiro Neto, ainda não foram apurados os números da safra da Coqueiro Verde neste ano, mas ele acredita que a produção aumentou. Arlim informa que a produção terá grande impulso no próximo ano, porque a partir de janeiro a propriedade terá mais 120 hectares de coqueiros em condições de produzir.
“O melhor período da safra é de março a agosto, mas a produção segue nos outros meses e não se colhe o coco apenas de janeiro a março”, ele explica. Arlim Neto diz que os produtores de coco estão pagando muito caro pelos insumos. “Temos uma despesa de R$ 0,18 a R$ 0,20 com a produção de cada fruto”, diz o administrador. Segundo Arlim, apesar desse custo a atividade compensa porque o lucro líquido médio alcança R$ 0,40 por unidade colocada no mercado.
Os frutos da Fazenda Coqueiro Verde são vendidos para consumo “in natura” em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, informa o administrador. “O objetivo é a comercialização da água, e neste caso a grande vantagem do nosso produto é que o líquido não contém produtos químicos porque evitamos o uso de herbicidas. Os pés dos coqueiros recebem adubo orgânico originado de 600 bois e mil ovelhas. “Compramos cerca de 200 toneladas por ano de produtos como uréia e cloreto de potássio para completar a adubação, e a cada três meses fazemos a análise do solo e das folhas para programar eventuais correções.”
Plantio consorciado
Para Arlim Neto, o desenvolvimento da produção de coco em Minas ainda depende principalmente do envolvimento dos produtores. “Existe pouca informação sobre a produção e por isso cada um aprende trabalhando e trocando informações com os outros”, acrescenta. Uma das experiências bem-sucedidas da Coqueiro Verde foi o cultivo consorciado de coco com abóbora antes do segundo ano de vida da árvore. “A partir do terceiro ano o coqueiro já se encontra em plena produção e o ideal é colocar ovinos na área, porque eles fazem a limpeza das áreas comendo o capim e ainda fornecem o adubo para as plantas.
A Coqueiro Verde fez a opção por ovelhas sem lã porque a região, a 500 metros acima do mar, é muito quente. “O demais aspectos são favoráveis ao criatório desses animais, pois contamos com boa luminosidade, a propriedade é bem servida de água e a topografia também é adequada” assinala o administrador. Com esse conjunto de condições, a Coqueiro Verde tem um plantel valorizado no mercado e pode contar com mais uma fonte de renda vendendo, em média, 200 animais por ano a um abatedouro de Sete Lagoas. “A cotação do animal vivo alcança até R$ 8,50 o quilo”, finaliza o administrador.
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