Safra de MG melhora apesar da seca e do dólar oscilante
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Confirmando as previsões da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), houve melhoria dos números da safra mineira de grãos em relação às primeiras estimativas deste ano. Levantamento realizado em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra aumento na área plantada e na produção, em comparação com os números registrados em fevereiro. Na aplicação de recursos em programas agrícolas, inclusive da agricultura familiar em Minas, os números são mais altos que os do ano passado, enquanto o Brasil apresenta resultado negativo.
O estudo foi realizado pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA), composto por técnicos do IBGE e representantes das seguintes instituições: Seapa e suas vinculadas Emater-MG, Epamig e IMA; Conab, Ministério da Agricultura, Ceasa, Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Fundação João Pinheiro e Banco do Brasil.
De acordo com o GCEA, a área plantada de grãos nas lavouras de Minas cresceu de 2.782.378 hectares, em fevereiro, para 2.880.205 hectares, em março, ou 1,86%. Para esse levantamento foram consideradas as safras já plantadas ou colhidas neste ano, que ainda estão distantes dos 3.194.66 hectares do ano passado, mas os números de 2006 ainda não foram consolidados.
Na parte de produção de grãos o volume, em Minas Gerais, aumentou de 8.493.641 para 8.727.302, ou crescimento de cerca de 2% entre fevereiro e março. O total colhido no Estado, na safra de 2005, foi de 10.389.101 toneladas, mas a pesquisa continua e, conforme o relatório do GCEA, no caso do algodão, por exemplo, deve-se considerar que até agora apenas 62,5% da colheita podem compor o cálculo da safra.
Efeito da estiagem
Segundo o superintendente de Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, mesmo com o crescimento da área ainda há perdas em relação à safra anterior em Minas Gerais. “Com a queda de produção, inverteu-se a situação apresentada no ano passado, em que o Estado registrava crescimento médio de colheita superior ao Brasil. Agora, o País se beneficia do clima favorável em todas as fases do cultivo nas lavouras do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso”, informa.
O superintendente lembra que a produção de grãos em Minas tem sido prejudicada pela questão cambial. “Os produtores, descapitalizados, enfrentaram problemas para comprar os insumos para o plantio e manutenção das lavouras, pois o dólar se encontrava em alta. Agora, existe o risco de problemas de comercialização por causa da desvalorização da moeda norte-americana, o que poderá resultar no baixo retorno dos seus investimentos na safra.”
Um dos produtos que sofreram o impacto da oscilação do dólar foi a soja. Neste caso, o GCEA aponta também a concorrência da boa safra americana, o endividamento dos produtores o custo de produção agravado pelos investimentos para controlar a ferrugem asiática. A produção da leguminosa em Minas, estimada em 2.584.994, é cerca de 12% inferior à do ano passado. Apesar da redução de área total de plantio de soja no Estado em quase 11%, em Unaí (Noroeste), Morada Nova de Minas e Madre de Deus de Minas (Central) houve aumento de área.
No caso do algodão em caroço, outro produto destacado pelo GCEA, a redução da safra foi causada pela desvalorização do dólar e pela entrada de produtos têxteis da China. O levantamento de março indica safra de 104.505 toneladas em área de 35.843 hectares, portanto queda de cerca de 32% no volume da ordem de 38% na área cultivada. No entanto, o grupo técnico confirmou um bom índice de produtividade das lavouras em Unaí, Buritis e Uruana de Minas, na região Noroeste, uma das maiores produtoras de algodão do Estado.
Produção nacional
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma produção de 121.453,3 toneladas de grãos na safra 2005/2006, em comparação com as 113.892,2 toneladas (aumento de 6,6%) do período anterior. Esses números foram alcançados, em parte, por causa da melhoria das condições climáticas no Sul do país, Mato Grosso e Goiás, que respondem pelo maior volume da produção agrícola nacional.
O Banco do Brasil informa que, em todo o país, os recursos de crédito aplicados na produção de grãos, inclusive da agricultura familiar, tiveram queda de 5,4% nesta safra, pois somaram R$ 19,7 bilhões. Em Minas Gerais, as aplicações somaram R$ 2,8 bilhões, com aumento de 15,2% em relação à safra 2004/2005. Na agricultura familiar, em todo o país, foram aplicados R$ 3,7 bilhões, ou 16,1% mais que no ano passado, enquanto Minas deu um salto de R$ 431,1 milhões para R$ 593,5 milhões, com aumento de 37,7%.
O estudo foi realizado pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA), composto por técnicos do IBGE e representantes das seguintes instituições: Seapa e suas vinculadas Emater-MG, Epamig e IMA; Conab, Ministério da Agricultura, Ceasa, Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Fundação João Pinheiro e Banco do Brasil.
De acordo com o GCEA, a área plantada de grãos nas lavouras de Minas cresceu de 2.782.378 hectares, em fevereiro, para 2.880.205 hectares, em março, ou 1,86%. Para esse levantamento foram consideradas as safras já plantadas ou colhidas neste ano, que ainda estão distantes dos 3.194.66 hectares do ano passado, mas os números de 2006 ainda não foram consolidados.
Na parte de produção de grãos o volume, em Minas Gerais, aumentou de 8.493.641 para 8.727.302, ou crescimento de cerca de 2% entre fevereiro e março. O total colhido no Estado, na safra de 2005, foi de 10.389.101 toneladas, mas a pesquisa continua e, conforme o relatório do GCEA, no caso do algodão, por exemplo, deve-se considerar que até agora apenas 62,5% da colheita podem compor o cálculo da safra.
Efeito da estiagem
Segundo o superintendente de Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, mesmo com o crescimento da área ainda há perdas em relação à safra anterior em Minas Gerais. “Com a queda de produção, inverteu-se a situação apresentada no ano passado, em que o Estado registrava crescimento médio de colheita superior ao Brasil. Agora, o País se beneficia do clima favorável em todas as fases do cultivo nas lavouras do Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso”, informa.
O superintendente lembra que a produção de grãos em Minas tem sido prejudicada pela questão cambial. “Os produtores, descapitalizados, enfrentaram problemas para comprar os insumos para o plantio e manutenção das lavouras, pois o dólar se encontrava em alta. Agora, existe o risco de problemas de comercialização por causa da desvalorização da moeda norte-americana, o que poderá resultar no baixo retorno dos seus investimentos na safra.”
Um dos produtos que sofreram o impacto da oscilação do dólar foi a soja. Neste caso, o GCEA aponta também a concorrência da boa safra americana, o endividamento dos produtores o custo de produção agravado pelos investimentos para controlar a ferrugem asiática. A produção da leguminosa em Minas, estimada em 2.584.994, é cerca de 12% inferior à do ano passado. Apesar da redução de área total de plantio de soja no Estado em quase 11%, em Unaí (Noroeste), Morada Nova de Minas e Madre de Deus de Minas (Central) houve aumento de área.
No caso do algodão em caroço, outro produto destacado pelo GCEA, a redução da safra foi causada pela desvalorização do dólar e pela entrada de produtos têxteis da China. O levantamento de março indica safra de 104.505 toneladas em área de 35.843 hectares, portanto queda de cerca de 32% no volume da ordem de 38% na área cultivada. No entanto, o grupo técnico confirmou um bom índice de produtividade das lavouras em Unaí, Buritis e Uruana de Minas, na região Noroeste, uma das maiores produtoras de algodão do Estado.
Produção nacional
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma produção de 121.453,3 toneladas de grãos na safra 2005/2006, em comparação com as 113.892,2 toneladas (aumento de 6,6%) do período anterior. Esses números foram alcançados, em parte, por causa da melhoria das condições climáticas no Sul do país, Mato Grosso e Goiás, que respondem pelo maior volume da produção agrícola nacional.
O Banco do Brasil informa que, em todo o país, os recursos de crédito aplicados na produção de grãos, inclusive da agricultura familiar, tiveram queda de 5,4% nesta safra, pois somaram R$ 19,7 bilhões. Em Minas Gerais, as aplicações somaram R$ 2,8 bilhões, com aumento de 15,2% em relação à safra 2004/2005. Na agricultura familiar, em todo o país, foram aplicados R$ 3,7 bilhões, ou 16,1% mais que no ano passado, enquanto Minas deu um salto de R$ 431,1 milhões para R$ 593,5 milhões, com aumento de 37,7%.
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