Minas confirma liderança na exportação de ovos
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Minas Gerais obteve no primeiro semestre deste ano, com a exportação de ovos in natura, uma receita estimada em US$ 2,5 milhões. Este número, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostra crescimento de 70% em relação à receita das vendas de ovos de Minas no mercado mundial em todo o ano de 2006, confirmando a posição do Estado como o maior exportador desse produto no Brasil. As vendas nos primeiros seis meses deste ano foram de 2,5 mil toneladas.
O coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), Luís Cássio da Paixão, comemorou a vitória do produto mineiro no mercado internacional, dizendo que “é o resultado do investimento na qualidade”. Essa Câmara Técnica é constituída por representantes do Governo de Minas e da iniciativa ligados ao agronegócio avícola. O objetivo é formular propostas para definição da política agropecuária de Minas. “É preciso aumentar o número de empresas exportadoras de ovos e aprimorar a atividade avícola em geral”, acrescentou. “Vamos continuar insistindo com os representantes dos segmentos desse agronegócio para investirem mais em novas tecnologias nas empresas e principalmente para não se descuidarem das normas de sanidade e segurança alimentar”, informa Luís Paixão.
Essas providências, de acordo com Luís Paixão, são indispensáveis para a obtenção do status de sanidade avícola, que permitirá a implantação da Regionalização da Avicultura, cujo objetivo principal é preservar as exportações do Estado, inclusive se ocorrer problema de sanidade animal em outro Estado ou região do Brasil.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do país, depois de São Paulo, colocando anualmente, no mercado, 8,5 milhões de caixas de trinta dúzias. A maior referência em produção de ovos do Estado é a Região Sul, onde se encontra a Granja Mantiqueira, de Itanhandu, que registra o maior volume de embarque e receita do produto in natura. A granja respondeu, em 2006, por cerca de 90% do faturamento das exportações de ovo de todo o país.
O empresário Leandro Pinto da Silva, proprietário da Mantiqueira, informou que no ano passado o faturamento obtido com as exportações totais de ovos do país foi de aproximadamente US$ 1,6 milhão, sendo US$ 1,5 milhão por conta da empresa de Itanhandu, que fez embarques apenas no período de agosto e dezembro, atendendo a contratos com a Ásia, África e Oriente Médio.
Segundo Leandro Pinto, o projeto da empresa é consolidar presença nos mercados atuais e abrir mais espaço para exportar cerca de US$ 5 milhões até dezembro. Para isso, a Mantiqueira, que começou suas atividades em 1999, tem um plantel de 3,2 milhões de aves, produzindo diariamente 2,5 milhões de ovos. Com as atividades agora concentradas na exportação (ela fornecia ovos também para o Rio de Janeiro), fez investimentos em automatização, especialização da mão-de-obra e expansão das instalações.
Expansão com cautela
Os números das exportações de ovos em Minas, nos primeiros seis meses deste ano, indicam que a projeção da Mantiqueira – repetir no segundo semestre a receita recorde obtida no primeiro – é possível, principalmente se houver uma estabilização da moeda americana, pois o dólar está em contínua desvalorização diante do real.
Para o empresário Aulus Sávio Assumpção, do Aviário Santo Antônio, os novos exportadores, principalmente, precisam de cautela. Ele está exportando ovos in natura para os Emirados Árabes desde junho e acha difícil que o excelente desempenho das exportações do primeiro semestre se repita entre julho e dezembro. O aviário também é do setor de postura e tem granja instalada desde 1968 no município de Nepomuceno, no Sul de Minas.
“A desvalorização do dólar diante do real, atualmente, prejudica os negócios do Brasil no exterior e, no caso dos ovos in natura, a diferença de cotação é grande, de R$ 33,00 a caixa de trinta dúzias, nas vendas externas, para R$ 42,00 nas vendas ao atacado do mercado interno”, diz Assumpção.
O empresário observa que, além da queda de preços do ovo nos países compradores, o quadro da concorrência nos mercados mundiais está mudando com o retorno da Índia como vendedor, depois de enfrentar barreiras comerciais. “As exportações são uma boa alternativa para as empresas quando o mercado interno está ruim, mas atualmente as condições internas também são muito boas para o setor de postura, depois da crise de 2006”, enfatiza Aulus Assumpção.
Apesar desses fatores apontados pelo empresário, o Aviário Santo Antônio pretende insistir no projeto de expansão das vendas no mercado internacional ao mesmo tempo em que manterá seus negócios no mercado interno. A empresa tem um milhão de galinhas e no ano passado produziu cerca de 18 milhões de dúzias de ovos, ou 10% mais que em 2005.
Investimento em frangos
Os empresários da cadeia do frango em Minas, embora não possam apresentar ainda resultados iguais aos do setor de ovos nas exportações, também estão investindo para aumentar as vendas internacionais, que já apresentam crescimento relativo animador. Nos últimos quatro anos, as vendas de carne de frango de Minas Gerais no exterior aumentaram mais de 100% alcançando 103 mil toneladas em 2006, informa a Câmara Técnica de Avicultura do Cepa, com base em levantamento da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Ovos (Abef) e Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig).
Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura, Luís Paixão, “há estimativas de que até dezembro as vendas de carne de frango de Minas para o mercado internacional poderão se igualar ou até superar as de 2006, pois nos primeiros seis meses deste ano a receita com exportações do setor foram da ordem de 52 mil toneladas”.
O coordenador enfatiza que as empresas avícolas mineiras estão investindo em equipamentos, treinamento de pessoal e expansão de suas unidades para ter condições de iniciar ou aumentar vendas no mercado internacional de carne de frango. “Todos estão apostando na Regionalização da Avicultura estadual, por meio do suporte sanitário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)”, informa o empresário. “O Ministério da Agricultura já fez a auditoria das condições do IMA para prevenir e, se for preciso, controlar doenças da avicultura, sobretudo a Newcastle e a Influenza Aviaria, e tem informações sobre o trabalho desenvolvido em parceria pelo governo estadual e os empresários do agronegócio avícola para garantir as condições sanitárias do plantel mineiro. Agora é esperar a avaliação final para o Estado implantar a regionalização.”
Recorde nacional é estímulo
O desempenho do Brasil no mercado internacional, divulgado pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (Abef), estimula os avicultores mineiros. As vendas de carne de frango do País bateram seu recorde histórico no primeiro semestre de 2007, alcançando cerca de 1,5 milhão de toneladas, contra 1,2 milhão de toneladas registrados no mesmo período de 2006, o que equivale a um crescimento de 24,4%.
Em receita, as exportações nos seis primeiros meses deste ano também bateram recorde, somando US$ 2,1 bilhões, ou crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2006, quando o resultado foi de cerca de US$ 1,5 bilhão. O preço médio do quilo do frango brasileiro exportado ficou em US$ 1,51 no primeiro semestre deste ano, outro recorde histórico, contra US$1,18 no ano passado.
O coordenador da Câmara Técnica de Avicultura do Conselho Estadual de Política Agrícola (Cepa), Luís Cássio da Paixão, comemorou a vitória do produto mineiro no mercado internacional, dizendo que “é o resultado do investimento na qualidade”. Essa Câmara Técnica é constituída por representantes do Governo de Minas e da iniciativa ligados ao agronegócio avícola. O objetivo é formular propostas para definição da política agropecuária de Minas. “É preciso aumentar o número de empresas exportadoras de ovos e aprimorar a atividade avícola em geral”, acrescentou. “Vamos continuar insistindo com os representantes dos segmentos desse agronegócio para investirem mais em novas tecnologias nas empresas e principalmente para não se descuidarem das normas de sanidade e segurança alimentar”, informa Luís Paixão.
Essas providências, de acordo com Luís Paixão, são indispensáveis para a obtenção do status de sanidade avícola, que permitirá a implantação da Regionalização da Avicultura, cujo objetivo principal é preservar as exportações do Estado, inclusive se ocorrer problema de sanidade animal em outro Estado ou região do Brasil.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do país, depois de São Paulo, colocando anualmente, no mercado, 8,5 milhões de caixas de trinta dúzias. A maior referência em produção de ovos do Estado é a Região Sul, onde se encontra a Granja Mantiqueira, de Itanhandu, que registra o maior volume de embarque e receita do produto in natura. A granja respondeu, em 2006, por cerca de 90% do faturamento das exportações de ovo de todo o país.
O empresário Leandro Pinto da Silva, proprietário da Mantiqueira, informou que no ano passado o faturamento obtido com as exportações totais de ovos do país foi de aproximadamente US$ 1,6 milhão, sendo US$ 1,5 milhão por conta da empresa de Itanhandu, que fez embarques apenas no período de agosto e dezembro, atendendo a contratos com a Ásia, África e Oriente Médio.
Segundo Leandro Pinto, o projeto da empresa é consolidar presença nos mercados atuais e abrir mais espaço para exportar cerca de US$ 5 milhões até dezembro. Para isso, a Mantiqueira, que começou suas atividades em 1999, tem um plantel de 3,2 milhões de aves, produzindo diariamente 2,5 milhões de ovos. Com as atividades agora concentradas na exportação (ela fornecia ovos também para o Rio de Janeiro), fez investimentos em automatização, especialização da mão-de-obra e expansão das instalações.
Expansão com cautela
Os números das exportações de ovos em Minas, nos primeiros seis meses deste ano, indicam que a projeção da Mantiqueira – repetir no segundo semestre a receita recorde obtida no primeiro – é possível, principalmente se houver uma estabilização da moeda americana, pois o dólar está em contínua desvalorização diante do real.
Para o empresário Aulus Sávio Assumpção, do Aviário Santo Antônio, os novos exportadores, principalmente, precisam de cautela. Ele está exportando ovos in natura para os Emirados Árabes desde junho e acha difícil que o excelente desempenho das exportações do primeiro semestre se repita entre julho e dezembro. O aviário também é do setor de postura e tem granja instalada desde 1968 no município de Nepomuceno, no Sul de Minas.
“A desvalorização do dólar diante do real, atualmente, prejudica os negócios do Brasil no exterior e, no caso dos ovos in natura, a diferença de cotação é grande, de R$ 33,00 a caixa de trinta dúzias, nas vendas externas, para R$ 42,00 nas vendas ao atacado do mercado interno”, diz Assumpção.
O empresário observa que, além da queda de preços do ovo nos países compradores, o quadro da concorrência nos mercados mundiais está mudando com o retorno da Índia como vendedor, depois de enfrentar barreiras comerciais. “As exportações são uma boa alternativa para as empresas quando o mercado interno está ruim, mas atualmente as condições internas também são muito boas para o setor de postura, depois da crise de 2006”, enfatiza Aulus Assumpção.
Apesar desses fatores apontados pelo empresário, o Aviário Santo Antônio pretende insistir no projeto de expansão das vendas no mercado internacional ao mesmo tempo em que manterá seus negócios no mercado interno. A empresa tem um milhão de galinhas e no ano passado produziu cerca de 18 milhões de dúzias de ovos, ou 10% mais que em 2005.
Investimento em frangos
Os empresários da cadeia do frango em Minas, embora não possam apresentar ainda resultados iguais aos do setor de ovos nas exportações, também estão investindo para aumentar as vendas internacionais, que já apresentam crescimento relativo animador. Nos últimos quatro anos, as vendas de carne de frango de Minas Gerais no exterior aumentaram mais de 100% alcançando 103 mil toneladas em 2006, informa a Câmara Técnica de Avicultura do Cepa, com base em levantamento da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Ovos (Abef) e Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig).
Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Avicultura, Luís Paixão, “há estimativas de que até dezembro as vendas de carne de frango de Minas para o mercado internacional poderão se igualar ou até superar as de 2006, pois nos primeiros seis meses deste ano a receita com exportações do setor foram da ordem de 52 mil toneladas”.
O coordenador enfatiza que as empresas avícolas mineiras estão investindo em equipamentos, treinamento de pessoal e expansão de suas unidades para ter condições de iniciar ou aumentar vendas no mercado internacional de carne de frango. “Todos estão apostando na Regionalização da Avicultura estadual, por meio do suporte sanitário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)”, informa o empresário. “O Ministério da Agricultura já fez a auditoria das condições do IMA para prevenir e, se for preciso, controlar doenças da avicultura, sobretudo a Newcastle e a Influenza Aviaria, e tem informações sobre o trabalho desenvolvido em parceria pelo governo estadual e os empresários do agronegócio avícola para garantir as condições sanitárias do plantel mineiro. Agora é esperar a avaliação final para o Estado implantar a regionalização.”
Recorde nacional é estímulo
O desempenho do Brasil no mercado internacional, divulgado pela Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (Abef), estimula os avicultores mineiros. As vendas de carne de frango do País bateram seu recorde histórico no primeiro semestre de 2007, alcançando cerca de 1,5 milhão de toneladas, contra 1,2 milhão de toneladas registrados no mesmo período de 2006, o que equivale a um crescimento de 24,4%.
Em receita, as exportações nos seis primeiros meses deste ano também bateram recorde, somando US$ 2,1 bilhões, ou crescimento de 47% em relação ao mesmo período de 2006, quando o resultado foi de cerca de US$ 1,5 bilhão. O preço médio do quilo do frango brasileiro exportado ficou em US$ 1,51 no primeiro semestre deste ano, outro recorde histórico, contra US$1,18 no ano passado.
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