Estudantes de escolas municipais de Sete Lagoas, Jequitibá e Mateus Leme recebem produtos da agricultura familiar

Conteúdo Principal

Estudantes de escolas municipais de Sete Lagoas, Jequitibá e Mateus Leme recebem produtos da agricultura familiar

Submitted by Anônimo (não verificado) on
Emater-MG participa da iniciativa que envolve a comercialização via Pnae
Publicado em:

Mandioca, moranga, abobrinha, repolho, cenoura, beterraba, tomate e banana. Esta é a lista de produtos da agricultura familiar que estão sendo entregues, mensalmente, desde setembro, às famílias de estudantes de escolas públicas de educação básica dos municípios de Sete Lagoas, Jequitibá e Mateus Leme, região Central de Minas. A próxima entrega está programada para terça-feira (10/11), nas próprias escolas, e vai distribuir 12,5 mil cestas. Até dezembro, a ação deverá somar a distribuição de, aproximadamente, 50 mil kits, beneficiando o mesmo número de famílias.

A iniciativa cumpre legislação específica para o período da pandemia da covid-19, de fornecer alimentos não perecíveis e de hortifrutis aos alunos da rede pública, mesmo com as aulas suspensas. O trabalho está sendo executado em parceria com os escritórios locais da Emater-MG, empresa pública de extensão rural, vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A empresa participa da parte operacional, organização e mobilização dos produtores dos municípios, que comercializam para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

A atividade tem a participação de 56 agricultores, representados pela Cooperativa de Agricultores Familiares de Sete Lagoas e Região (Coopersefa), Cooperativa de Agricultores Familiares de Jequitibá e Região (Cooperaje) e Cooperativa Metropolitana de Agricultores Familiares (Comale).

Pnae

Segundo a extensionista de Bem-estar Social da Emater-MG, Alcione Míriam de Carvalho Teixeira, o auxílio é referente ao contrato firmado, por meio de chamada pública, em cumprimento à Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. A Lei determina que, no mínimo, 30% do valor repassado a estados, municípios e Distrito Federal pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Pnae, deve ser utilizado na compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar.

Alcione atua no escritório da Emater-MG de Sete Lagoas, onde articula com os departamentos de apoio ao aluno e almoxarifado da prefeitura, fazendo a integração das três cooperativas que participam da iniciativa. Segundo a técnica, só em Sete Lagoas, são 56 escolas municipais, sendo nove delas, na região rural do município.

“Os técnicos da empresa em Jequitibá e Mateus Leme acompanham o trabalho das cooperativas nos municípios. Aqui acompanho o trabalho da Coopersefa e fico no operacional também. Recebemos caminhões de mercadoria e monitoramos as equipes de produtores que fazem a montagem dos kits. E ainda acompanhamos a saída da mercadoria do galpão para as escolas”, pontua sobre a participação da empresa no processo de distribuição, em Sete Lagoas.

A extensionista explica, ainda, que ela atua na parte operacional para ajudar a entidade. “A cooperativa não tem nenhum funcionário, uma vez que, pouco depois da sua fundação, veio a pandemia e ela não pode contratar ninguém, pois ficou praticamente sem movimento”, disse.

Importância

Para muitos pais de crianças que estudam em escolas públicas, o recebimento de kits de alimentos da roça está sendo muito importante para ajudar a atravessar esse momento de pandemia e seus reflexos social e econômico na vida da família. É o caso de Karlla Regina Gonçalves Barbosa, de Sete Lagoas, que mora com a mãe, aposentada por invalidez, e tem três filhos de 18, 7 e 5 anos. Embora trabalhe em um salão, Karlla é separada e quase não conta com a ajuda do pai dos seus filhos.

“O pai dá uma ajuda mínima. Minha mãe tem uma pensão que paga os remédios que ela usa. Meu filho mais velho vai servir o Exército e ainda não trabalha. Tenho muitas bocas para alimentar. Sabe como são os homens, comem muito, então essa cesta ajuda demais. Os produtos são de ótima qualidade, fresquinhos e a cada mês estão vindo melhores. Não tenho nada a reclamar. O “troquinho” que economizo não comprando esses alimentos me ajuda a pagar as contas, comprar gás, um leite”, argumenta. Segundo Karlla, dois dos seus filhos estudam em escolas estaduais e o mais novo cursa o primeiro período na Escola Municipal Heitor Lanza Neto, no bairro Nova Cidade.

A técnica da Emater-MG local de Sete Lagoas também ressalta a importância do ato para produtores e famílias de alunos de escolas públicas, que podem contar com alimentação saudável garantida, durante a suspensão das aulas presenciais. “Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo mundo inteiro neste período de pandemia, essa iniciativa de distribuição de alimentos para as famílias dos alunos da rede pública de ensino tem sido de grande valia para elas. E é também uma oportunidade interessante para os agricultores da nossa região. Tem sido um desafio para eles, suas organizações e para nós,técnicos, prefeituras e escolas estaduais”.

Jornalista responsável: Terezinha Leite - Ascom/Emater-MG

Foto: Divulgação/Ematr-MG

Siga a Secretaria de Agricultura nas redes sociais: Instagram - Youtube - Twitter - Facebook

Acompanhe as notícias do Estado pela Agência Minas

 

Compartilhe via: