Estado e prefeitura buscam solução para abate de bovinos em Pirapora

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Estado e prefeitura buscam solução para abate de bovinos em Pirapora

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A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, em parceria com a prefeitura de Pirapora (Norte de Minas)  e com  representantes do Ministério Público, está estudando alternativas para reduzir o abate clandestino e a venda de carne sem inspeção no município. A iniciativa faz parte do Minas Carne – um programa do governo de Minas Gerais criado para organizar e modernizar toda a cadeia produtiva da pecuária bovina. Também participam das discussões vereadores, pecuaristas e proprietários de açougues.  

“Estimular a criação e reativação de frigoríficos dentro das normas de inspeção é parte importante do Minas Carne. Todos vão ser beneficiados, desde a população, que consome um produto seguro, até comerciantes que podem agregar valor  à carne”, informa o coordenador do programa, João Batista de Lima Soares. Segundo ele, os encontros para discutir a redução do abate clandestino também estão sendo realizado em outros municípios.

Para a promotora pública da comarca de Pirapora, Isabela de Carvalho, estas reuniões são esclarecedores e trazem ganhos significativos para a população. Segundo ela, o objetivo da promotoria é fazer valer as normas dentro do termo de ajustamento de conduta assumido e que sejam estabelecidos prazos para regulamentação visando à segurança alimentar da população.

“Sabemos que é  essa uma questão que não se resolve da noite para o dia, temos que olhar o lado dos comerciantes, que às vezes não têm condições de instalar um frigorífico dentro das normas e, ao mesmo tempo,  precisamos zelar para o bem-estar da população que busca um  produto de qualidade, inspecionado”. Segundo ela, as alternativas apresentadas durante o encontro serão analisadas e devem produzir resultados a curto e médio prazo.“O que o Ministério quer é a adequação dos estabelecimentos dentro das normas e padrões de sanidade do IMA, de outros serviços oficiais de vigilância sanitária e das entidades de defesa dos consumidores", explicou.
 
Alternativas

Para o prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga, este é um momento de se fazer parcerias. ”Estamos buscando um entendimento e se depender da prefeitura, vamos cumprir o termo do ajustamento de conduta. Podemos oferecer um terreno para a implantação de um frigorífico ou sala de desossa dentro das normas. Não é função da prefeitura construir frigorífico. Isso depende da iniciativa privada. Podemos sim, criar as condições de logística para implantação, caso haja interesse de investidores no município”, disse.

Pirapora possui 50 estabelecimentos de comércio de carne. De acordo com o IBGE, o município possui um rebanho bovino em torno de 13 mil cabeças e 1200 suínos. A estimativa é de que cerca de 60 animais por dia são abatidos informalmente.

Uma saída de curto prazo pode ser o envio de animais de Pirapora para o abate em um frigorífico nas proximidades que já possua certificado de inspeção ou a compra de carne deste frigorífico. Segundo os comerciantes esta pode ser uma solução temporária, pois a classe deseja que se instale no município um frigorífico para gerar emprego e renda, além de reduzir o custo para os açougues e a população.

Segundo Geraldo Santos, proprietário de um frigorífico inspecionado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), e localizado em Corinto – cerca de 110 km de Pirapora – a proposta de abater o animal vindo de Pirapora é uma solução temporária, pois torna o custo mais alto por causa da distância. No momento estamos ampliando nossas instalações aqui em Corinto, já investimos aproximadamente R$ 1 milhão e vamos aumentar nossa capacidade de abate de 150 bois dia para 250, além de promover o abate de suínos “, disse ”O ideal é construir em Pirapora um matadouro sob a inspeção municipal ou estadual. Nós temos condições e equipamentos para instalação deste frigorífico “, afirmou.

Outra proposta é a construção de um matadouro dentro das normas de inspeção que pudesse prestar o serviço aos proprietários de açougues, que também são pequenos produtores rurais. Eles levariam seus animais para o abate tendo apenas os custos desta operação.





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