Estado bate recorde na produção de cebola
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Minas Gerais bate recorde na produção de cebola em 2008, com a estimativa de 116 mil toneladas, crescimento de cerca de 70% em relação à safra anterior. A situação é diferente da apresentada pela produção de cebola no Brasil, que tem queda estimada de mais de 2%. A produtividade do país é duas vezes menor que a do Estado, e também na área colhida as lavouras mineiras de cebola obtêm uma das melhores posições dos últimos 14 anos, situação diversa da estimativa nacional, que aponta neste ano para uma evolução inferior a 1%.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado. Uma das constatações é a de que o desempenho mais próximo ao deste ano, em Minas Gerais, foi registrado em 2003, quando o Estado produziu cerca de 80 mil toneladas de cebola. Já a área colhida do produto nas lavouras mineiras saltou de 1,6 mil hectares, no ano passado, para 2,4 mil hectares, neste caso um resultado muito próximo ao dos melhores períodos da década, entre 2002 e 2005.
Outro destaque da cebola em Minas Gerais é a produtividade, que alcança a média de 48,1 toneladas por hectare, na comparação com as 44,6 toneladas da safra anterior. Já a média de produtividade brasileira, segundo o IBGE, é de 20,4 toneladas por hectare. A produção das lavouras mineiras destina-se ao próprio Estado, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, e Estados do Nordeste.
Alto Paranaíba
O coordenador técnico de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira, destaca os índices de produtividade das lavouras mineiras de cebola, comparando a situação de Minas com a de Santa Catarina, o maior produtor do país. “As áreas do Alto Paranaíba, consideradas como as de maior vocação para a cultura em nosso Estado, respondem por cerca de 40 mil toneladas do produto e a região alcança, com o semeio direto, uma produtividade de até 110 toneladas por hectare. Já em Santa Catarina, a média é da ordem de 20 toneladas por hectare, em razão do clima úmido’.
Um estudo elaborado pela Emater-MG, em parceria com a Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap), mostra que o Alto Paranaíba, com 618,5 hectares plantados de cebola, tem produtividade média estimada, neste ano, de 40 a 60 toneladas por hectare. O Triângulo Mineiro, com 427 hectares, alcança entre 30 e 90 toneladas, a mesma estimativa para o Noroeste, que conta com 120 hectares plantados. Há também o Norte de Minas, Região Central e o Sul de Minas, com a média de 40 toneladas por hectare, e a Zona da Mata e outras regiões com 20 mil quilos por hectare.
Além do alto índice de produtividade nas lavouras de cebola em Minas, houve também aumento da área colhida. Isso ocorre apesar da concorrência com outras lavouras, de rentabilidade mais alta, e embora os custos da mão-de-obra seja alto por causa do trabalho totalmente manual. O preço dos insumos é outro ônus da produção de cebola.
Segundo o agricultor Gimissom José Ribeiro, do município de Rio Paranaíba, na região do Alto Paranaíba, o custo da atividade por hectare alcança R$ 24 mil. “A soma dos fatores considerados como custo de produção representa cerca de 50% da receita que o produtor obtém quando pode contar com um mercado firme como o atual”, ele explica. Ribeiro diz que a receita atual é suficiente para incentivar os produtores a investirem no plantio. Ele colheu neste ano 60 toneladas de cebola, investiu cerca de R$ 4 mil por hectare com a utilização de sementes, entre outros custos, mas ainda garantiu um movimento que deu retorno à propriedade, porque a cotação do produto saltou de R$ 0,45 para R$ 0, 70 o quilo. “Em alguns momentos, o preço alcançou R$ 1,00 o quilo”, ele acrescenta. Toda a produção foi vendida até meados de agosto, e Gimissom, que também cultiva batata e cenoura, vai iniciar novo plantio de cebola em fevereiro de 2009.
Para cada região produtora de cebola há cultivares específicas, que possibilitam ganhos de produtividade e têm custos diferenciados. O levantamento da Emater-MG e Coopadap aponta para os municípios de Uberaba e Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, e também para Unaí, Paracatu e Guarda-Mor, no Noroeste do Estado, onde os insumos têm custo por hectare mais alto, entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. Em São Gotardo e outros municípios grandes produtores do Alto Paranaíba, o custo varia de R$ 15 mil a R$ 25 mil por hectare.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura do Estado. Uma das constatações é a de que o desempenho mais próximo ao deste ano, em Minas Gerais, foi registrado em 2003, quando o Estado produziu cerca de 80 mil toneladas de cebola. Já a área colhida do produto nas lavouras mineiras saltou de 1,6 mil hectares, no ano passado, para 2,4 mil hectares, neste caso um resultado muito próximo ao dos melhores períodos da década, entre 2002 e 2005.
Outro destaque da cebola em Minas Gerais é a produtividade, que alcança a média de 48,1 toneladas por hectare, na comparação com as 44,6 toneladas da safra anterior. Já a média de produtividade brasileira, segundo o IBGE, é de 20,4 toneladas por hectare. A produção das lavouras mineiras destina-se ao próprio Estado, São Paulo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, e Estados do Nordeste.
Alto Paranaíba
O coordenador técnico de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira, destaca os índices de produtividade das lavouras mineiras de cebola, comparando a situação de Minas com a de Santa Catarina, o maior produtor do país. “As áreas do Alto Paranaíba, consideradas como as de maior vocação para a cultura em nosso Estado, respondem por cerca de 40 mil toneladas do produto e a região alcança, com o semeio direto, uma produtividade de até 110 toneladas por hectare. Já em Santa Catarina, a média é da ordem de 20 toneladas por hectare, em razão do clima úmido’.
Um estudo elaborado pela Emater-MG, em parceria com a Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Coopadap), mostra que o Alto Paranaíba, com 618,5 hectares plantados de cebola, tem produtividade média estimada, neste ano, de 40 a 60 toneladas por hectare. O Triângulo Mineiro, com 427 hectares, alcança entre 30 e 90 toneladas, a mesma estimativa para o Noroeste, que conta com 120 hectares plantados. Há também o Norte de Minas, Região Central e o Sul de Minas, com a média de 40 toneladas por hectare, e a Zona da Mata e outras regiões com 20 mil quilos por hectare.
Além do alto índice de produtividade nas lavouras de cebola em Minas, houve também aumento da área colhida. Isso ocorre apesar da concorrência com outras lavouras, de rentabilidade mais alta, e embora os custos da mão-de-obra seja alto por causa do trabalho totalmente manual. O preço dos insumos é outro ônus da produção de cebola.
Segundo o agricultor Gimissom José Ribeiro, do município de Rio Paranaíba, na região do Alto Paranaíba, o custo da atividade por hectare alcança R$ 24 mil. “A soma dos fatores considerados como custo de produção representa cerca de 50% da receita que o produtor obtém quando pode contar com um mercado firme como o atual”, ele explica. Ribeiro diz que a receita atual é suficiente para incentivar os produtores a investirem no plantio. Ele colheu neste ano 60 toneladas de cebola, investiu cerca de R$ 4 mil por hectare com a utilização de sementes, entre outros custos, mas ainda garantiu um movimento que deu retorno à propriedade, porque a cotação do produto saltou de R$ 0,45 para R$ 0, 70 o quilo. “Em alguns momentos, o preço alcançou R$ 1,00 o quilo”, ele acrescenta. Toda a produção foi vendida até meados de agosto, e Gimissom, que também cultiva batata e cenoura, vai iniciar novo plantio de cebola em fevereiro de 2009.
Para cada região produtora de cebola há cultivares específicas, que possibilitam ganhos de produtividade e têm custos diferenciados. O levantamento da Emater-MG e Coopadap aponta para os municípios de Uberaba e Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, e também para Unaí, Paracatu e Guarda-Mor, no Noroeste do Estado, onde os insumos têm custo por hectare mais alto, entre R$ 20 mil e R$ 25 mil. Em São Gotardo e outros municípios grandes produtores do Alto Paranaíba, o custo varia de R$ 15 mil a R$ 25 mil por hectare.
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