Resultados do Minas Sem Fome em seminário nacional

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Resultados do Minas Sem Fome em seminário nacional

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Os resultados do Programa Minas Sem Fome foram apresentados a representantes da sociedade civil organizada e do Governo, na última quarta-feira (24 de maio), em seminário nacional sobre responsabilidade social, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O presidente da Emater-MG, José Silva Soares, expôs os balanços positivos de menos de dois anos de implantação do programa durante o "Seminário Nacional - Relações Intersetoriais: um novo modelo de gestão para o desenvolvimento sustentável".

O evento teve como principal objetivo discutir ações integradas entre Governos, setor produtivo e sociedade civil organizada na busca de caminhos para o desenvolvimento sustentável. Criado pelo governo do Estado e executado pela Emater-MG, o Minas Sem Fome já atendeu a mais de 467 mil famílias em 680 municípios mineiros por meio de projetos de produção e processamento de alimentos que estão dando a milhares de famílias a oportunidade de alcançar a independência na conquista do próprio alimento.

A redução dos quadros de miséria e exclusão social, uma bandeira de muitas das ONGs existentes no país e responsabilidade por muitas décadas atribuída unicamente aos governos, está sendo entendida, cada vez mais, como uma bandeira dos três setores, aí incluídos os governos, a iniciativa privada e as organizações não-governamentais. Para José Silva, a integração de toda a sociedade é essencial para o sucesso dos resultados.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

"Para alcançar desenvolvimento com sustentabilidade é preciso considerar as questões ambientais, institucionais, sociais e econômicas e ter foco também nas famílias, nas pessoas. A integração dos três setores permite uma visão menos limitada e mais esclarecedora destes contextos, o que conduz ao sucesso dos projetos", afirmou o presidente da Emater-MG, durante a palestra em que apresentou os resultados do programa Minas Sem Fome.

O programa, que tem como objetivo garantir segurança alimentar e nutricional de forma sustentável, oferecendo oportunidades para quem vive no campo e também nas cidades de conquistar independência na produção do próprio alimento, já atendeu a 467.536 famílias em 680 municípios.

AGROINDÚSTRIAS

Ainda este ano, serão implantadas 20 agroindústrias no Estado, nas quais serão processados e beneficiados alimentos. A idéia é dar capacitação em gestão e tecnologia para que as associações locais de produtores possam gerir as agroindústrias.

Para 2006, o Governo estadual já destinou uma verba de R$ 7,5 milhões para o programa, o que vai beneficiar 25 mil famílias com lavouras comunitárias e outras 50 mil com a implantação de hortas comunitárias. E os recursos devem aumentar, pois a bancada federal mineira apresentou proposta ao Orçamento da União para destinar R$ 13 milhões ao programa.  

Para a representante da Associação Comunitária Resgate João Batista e membro da Comissão Regional de Segurança Alimentar, Marina dos Santos Cafagi, iniciativas como o Minas Sem Fome, rompendo com antigos paradigmas, trazem resultados efetivos para a sociedade. "Os governos sempre tiveram um histórico de projetos assistencialistas que nunca levaram a mudanças profundas. O Minas Sem Fome é um programa que propicia desenvolvimento e também uma mudança de posturas que leva a resultados efetivos", disse.

"O Minas sem fome é um programa democrático, participativo e transparente. É o exemplo de que é possível, com dinheiro público bem aplicado, não apenas conseguir bons resultados mas também desenvolver na comunidade uma nova forma de fazer políticas públicas", afirmou  o diretor-geral do Instituto de Terras de Minas Gerais (Iter), Luiz Antônio Chaves, que participou do evento.

As chamadas comunidades terapêuticas, que trabalham com a recuperação de dependentes, a exemplo da Associação Comunitária Resgate João Batista, formam um dos próximos focos do programa em 2006. "Vamos levar os projetos de hortas para as comunidades terapêuticas, levando novos horizontes a estas pessoas", afirmou o presidente da Emater-MG, José Silva.


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