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Projeto Queijo Minas Legal entra em nova fase; saiba qual

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Iniciativa, em parceria com o Ministério Público, viabiliza análises gratuitas de amostras de queijo e água para 652 produtores
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O programa faz a ponte entre a tradição e a qualidade, garantindo que o produtor alcance espaço adequado no mercado

Queijo em Minas é assunto sério e, por isso, tem que ser  legal. O Projeto Queijo Minas Legal (PQML), que  objetiva aumentar o número de queijarias regularizadas do Estado, entra em uma nova fase: a da coleta de amostras do queijo e da água utilizada na fabricação do alimento . Segundo o diretor de Agroindústria e Cooperativismo da Seapa, Ranier Figueiredo, serão feitas análises microbiológicas e físico-químicas, que são indicativos da qualidade do material. “O resultado vai subsidiar a continuidade do trabalho de assistência técnica da Emater para manter ou aprimorar os processos”. 

A análise também pode ser utilizada para dar entrada no processo de habilitação sanitária e obtenção do selo de inspeção, obrigatório para todos os produtos de origem animal. Aqueles que já têm habilitação sanitária podem usar o resultado para manter o seu registro, porque todo produtor certificado precisa repetir a análise de seu produto a cada seis meses.

Nova etapa

A coleta das amostras está acontecendo em Patrocínio e nos outros municípios atendidos pelas regionais da Emater-MG em Patos de Minas, Uberaba e Uberlândia. A análise é gratuita para todos os produtores do projeto. O valor total aproximado de R$ 756 mil é subsidiado pelo Fundo Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor, do Procon-MG.

Por meio do projeto, 88 queijarias em todo o estado já alcançaram sua habilitação sanitária.  A iniciativa é uma parceria entre o Governo de Minas, via Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a Emater-MG, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público de Minas Gerais (Procon-MG/MPMG) e o Fundo Estadual de Defesa e Proteção do Consumidor.

Na avaliação do Promotor de Justiça e Coordenador do Procon, Luiz Roberto Franca Lima, o Projeto Queijo Minas Legal mostra aos produtores que a necessidade de regularização não deve ser vista como um empecilho para a produção, mas uma etapa importante para a valorização que eles merecem. “Ele faz essa ponte entre a tradição e a qualidade, garantindo que o produtor alcance espaço adequado no mercado, novas fronteiras e mais pessoas conheçam seu produto”.

Primeira coleta

Na fazenda Buqueirão, em Patrocínio, foram coletadas as primeiras amostras do queijo e da água utilizada na queijaria Nossa Senhora Aparecida, marcando a nova etapa do projeto.

Helenice de Souza, idealizadora do empreendimento, é um dos 652 produtores atendidos pelo projeto. Quando a produtora deixou a profissão de corretora de imóveis para investir numa atividade produtiva no campo, a tradição da família na fabricação de queijos falou mais alto.

Com o apoio da Emater-MG, ela iniciou a atividade leiteira com o foco na produção de queijo e já estava no processo de regularização, quando foi selecionada para participar do PQML.

Com o início em 2022, a produtora não precisou de muito tempo para crescer e buscar a formalização. Atualmente, sua produção é de cerca de 20 peças de Queijo Minas Artesanal por dia, que têm o Selo de Inspeção Municipal emitido pelo Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável do Alto Parnaíba (Cispar), sendo comercializado nos municípios que fazem parte do consórcio. “Entrar nesse projeto foi um divisor de águas pela assistência que recebemos. Essa análise gratuita é fundamental para nós que somos pequenos produtores. Agora é crescer e ganhar mercado”.

A responsável técnica pelo laboratório, em Uberlândia, Fúlvia Zardini, reforça a importância do trabalho. “As análises vão identificar se o produto está de acordo com o regulamento de identidade do produto, garantindo sua qualidade ao consumidor.”

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Jornalista responsável: Márcia França

Edição: Maria Teresa Leal

Fotos: Divulgação/Ministério Público

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