PIB do agronegócio de Minas evolui apesar de recuo em novembro
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O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro apresentou retração de 0,04% em novembro. Foi a primeira vez, em 2008, que o índice recuou, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP).
O trabalho, realizado com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e Federação da Agricultura e Abastecimento de Minas Gerais (Faemg), mostra que, apesar do recuo, a estimativa para 2008 é de alcançar o valor de R$ 90,11 bilhões. Haverá, portanto, crescimento de 14,9% em relação a 2007. O valor de R$ 43,87 bilhões corresponde ao agronegócio da agricultura e R$ 46,24 bilhões foram gerados pela agropecuária.
No agronegócio da agricultura houve retração dos segmentos de insumos e dentro da porteira. Do lado dos insumos da agricultura, a retração de 2,99% foi a maior do ano, depois de ter recuado 1,74% em outubro e 1,81% em setembro. Adubos, fertilizantes e corretivos de solo tiveram um grande recuo de preços e de volume em novembro, enquanto combustíveis e lubrificantes registraram leve aumento.
Na parte dos insumos do agronegócio da pecuária, a retração foi menor, com taxa negativa de 0,33% em novembro. De acordo com o Cepea/Esalq/USP, isso ocorreu porque, nos alimentos para animais, o recuo foi apenas em preços e em menor intensidade que o verificado com adubos, fertilizantes e corretivos de solo. O segmento alcançou no acumulado dos onze meses um aumento de 27,33%.
Dentro da porteira houve queda de 0,99%, sendo o primeiro resultado negativo em 2008. O desempenho do segmento só não foi pior porque as atividades da pecuária mantiveram-se em crescimento. No entanto, o segmento primário sofreu com a queda acentuada de preços de produtos como o milho, feijão, arroz e carvão vegetal. Apesar dos recuos de novembro, o segmento dentro da porteira teve, no acumulado do ano, crescimento de 24,08% na agropecuária, com as atividades da pecuária apresentando leve vantagem em termos de expansão em 2008 (pecuária, 25,54% e agricultura, 20,90%.
O levantamento mostra expansão de 0,86% no segmento básico da pecuária, enquanto em outubro foi de 0,99%. A expansão no acumulado do ano foi de 25,54%. De acordo com os analistas, a queda de preços das carnes foi o principal motivo da desaceleração no mês. Houve, no entanto, um expressivo aumento de preços e volume para as carnes no acumulado do ano, exceto para a carne de frango, que teve perda da ordem de 6% nos preços reais nos onze meses.
No segmento da indústria de base pecuária, as atividades tiveram desaceleração em novembro, com expansão de 0,23% na comparação com os 0,60% do mês anterior. A explicação para o desempenho inferior foi a queda dos preços das carnes e produtos lácteos no mês.
Em novembro houve uma retração de 0,25% no segmento industrial do conjunto do agronegócio. A taxa acumulada dos primeiros onze meses do ano recuou 0,29%. O resultado se deve ao fraco desempenho das atividades industriais vinculadas à agricultura. Ocorreu o oposto com as indústrias ligadas à pecuária, que estão crescendo acima de 10%.
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