Secretário diz na Ecolatina que não há monocultura da cana
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A existência de uma monocultura da cana-de-açúcar em Minas Gerais e no Brasil foi contestada pelo secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado, Gilman Viana Rodrigues, nesta sexta-feira (19), durante a 7ª Conferência Latino-Americana sobre Meio Ambiente e Responsabilidade Social (Ecolatina). “Nem mesmo a expansão dos canaviais com o objetivo de atender à produção de etanol demandado pelo mundo inteiro seria capaz de transformar o segmento da cana-de-açúcar numa monocultura”, enfatizou.
“Aumento populacional e segurança alimentar” foi o tema apresentado pelo secretário. Ele destacou para os empresários, técnicos, pesquisadores e estudantes reunidos no Minascentro, em Belo Horizonte, que o Brasil tem 6,5 milhões de hectares ocupados por canaviais, mas 3 milhões são destinados à produção de açúcar. O secretário disse que, em Minas Gerais, apenas meio por cento do território destina-se a esse cultivo.
“Poderíamos atender à demanda de etanol do mundo inteiro se utilizássemos 26 milhões de hectares no Brasil e temos área disponível para isso, porque 106 milhões de hectares ainda podem ser explorados, sem atingir sequer um metro quadrado da Amazônia ou do Pantanal”, assinalou.
Questão da fome
Gilman Viana disse também que não se deve considerar o aumento populacional como responsável pela fome no mundo. Citou o economista e demógrafo britânico Thomas Malthus, que no início do século XIX apresentou a teoria de que enquanto o crescimento populacional ocorre em proporção geométrica a expansão dos meios de subsistência segue em proporção aritmética. “Ele não levou em conta que essa relação seria alterada pela introdução de tecnologias capazes de multiplicar a produtividade das lavouras. É verdade que o ideal seria uma população mundial de cerca de 2 bilhões de pessoas atualmente, e não superior a 6 bilhões, com a projeção de chegar a 8,2 bilhões até 2030”, explicou o secretário. “O grande problema é predominância do crescimento populacional em partes do mundo onde a produção de alimentos é menor.”
Atualmente, o consumo de alimentos no mundo inteiro é ligeiramente inferior à produção, destacou o conferencista. As estatísticas mostram que as novas práticas agrícolas garantem isso, pois nos últimos 27 anos a produtividade de grãos no mundo aumentou de 1,53 toneladas por hectare para 2,84 toneladas por hectare, o equivalente a um ganho de 85,62%, informou. Gilman Viana lembrou que “não temos desabastecimento de alimentos no Brasil e até lideramos as exportações mundiais de inúmeros produtos. “Não há falta de comida, mas um contingente enorme não tem dinheiro para comprá-la”, disse.
Segundo o secretário, o Brasil tem condições de conquistar o mercado internacional também com o biodiesel, mas alertou que o cultivo de vegetais para produção de combustíveis e para aumentar a oferta de alimentos exige novos fundamentos, entre eles a introdução da tecnologia da informação, inovações tecnológicas, uso da biotecnologia e de recursos para preservação dos ecossistemas. “A busca de alimentos de qualidade e em quantidade cada vez maior depende muito desses fatores, além da qualificação da mão-de-obra em todos os segmentos da produção”.
O secretário disse ainda que o desenvolvimento da produção de alimentos depende, cada vez mais, da participação dos cientistas. Gilman Viana observou também que o crescimento sustentável da produção deve incluir, entre seus pontos mais importantes, a remuneração do produtor. “Um problema a ser superado é a logística do transporte, pois gasta-se muito com o frete e com os tributos, questões fundamentais, que devem ser resolvidas sem perda de tempo”, finalizou.
“Aumento populacional e segurança alimentar” foi o tema apresentado pelo secretário. Ele destacou para os empresários, técnicos, pesquisadores e estudantes reunidos no Minascentro, em Belo Horizonte, que o Brasil tem 6,5 milhões de hectares ocupados por canaviais, mas 3 milhões são destinados à produção de açúcar. O secretário disse que, em Minas Gerais, apenas meio por cento do território destina-se a esse cultivo.
“Poderíamos atender à demanda de etanol do mundo inteiro se utilizássemos 26 milhões de hectares no Brasil e temos área disponível para isso, porque 106 milhões de hectares ainda podem ser explorados, sem atingir sequer um metro quadrado da Amazônia ou do Pantanal”, assinalou.
Questão da fome
Gilman Viana disse também que não se deve considerar o aumento populacional como responsável pela fome no mundo. Citou o economista e demógrafo britânico Thomas Malthus, que no início do século XIX apresentou a teoria de que enquanto o crescimento populacional ocorre em proporção geométrica a expansão dos meios de subsistência segue em proporção aritmética. “Ele não levou em conta que essa relação seria alterada pela introdução de tecnologias capazes de multiplicar a produtividade das lavouras. É verdade que o ideal seria uma população mundial de cerca de 2 bilhões de pessoas atualmente, e não superior a 6 bilhões, com a projeção de chegar a 8,2 bilhões até 2030”, explicou o secretário. “O grande problema é predominância do crescimento populacional em partes do mundo onde a produção de alimentos é menor.”
Atualmente, o consumo de alimentos no mundo inteiro é ligeiramente inferior à produção, destacou o conferencista. As estatísticas mostram que as novas práticas agrícolas garantem isso, pois nos últimos 27 anos a produtividade de grãos no mundo aumentou de 1,53 toneladas por hectare para 2,84 toneladas por hectare, o equivalente a um ganho de 85,62%, informou. Gilman Viana lembrou que “não temos desabastecimento de alimentos no Brasil e até lideramos as exportações mundiais de inúmeros produtos. “Não há falta de comida, mas um contingente enorme não tem dinheiro para comprá-la”, disse.
Segundo o secretário, o Brasil tem condições de conquistar o mercado internacional também com o biodiesel, mas alertou que o cultivo de vegetais para produção de combustíveis e para aumentar a oferta de alimentos exige novos fundamentos, entre eles a introdução da tecnologia da informação, inovações tecnológicas, uso da biotecnologia e de recursos para preservação dos ecossistemas. “A busca de alimentos de qualidade e em quantidade cada vez maior depende muito desses fatores, além da qualificação da mão-de-obra em todos os segmentos da produção”.
O secretário disse ainda que o desenvolvimento da produção de alimentos depende, cada vez mais, da participação dos cientistas. Gilman Viana observou também que o crescimento sustentável da produção deve incluir, entre seus pontos mais importantes, a remuneração do produtor. “Um problema a ser superado é a logística do transporte, pois gasta-se muito com o frete e com os tributos, questões fundamentais, que devem ser resolvidas sem perda de tempo”, finalizou.
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