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Projeto de Mapeamento do parque cafeeiro do estado é apresentado na Semana Internacional do Café

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Todo o estado já está mapeado e as informações estão em fase de validação de campo
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Belo Horizonte (27/10/2017) – Está prevista para março de 2018 a conclusão do Projeto de Mapeamento do Parque Cafeeiro do estado, com as informações completas dos 463 municípios listados como produtores de café, totalizando área de 1,22 milhão de hectares. A proposta é que o Geoportal se torne uma fonte permanente de consulta com informações disponibilizadas para toda a sociedade. A concepção e as linhas de ação do projeto foram apresentadas durante o workshop “Geoportal – Mapeamento e Monitoramento do Parque Cafeeiro de Minas Gerais”. A palestra desta quinta-feira (26/10) fez parte da programação da Semana Internacional do Café (SIC 2017), que está sendo realizada no Expominas, em Belo Horizonte.

Todas as áreas de cultivo no estado já estão mapeadas e o projeto encontra-se na fase de validação das informações. O objetivo do Geoportal do Café é reunir dados socioeconômicos e geoespaciais para subsidiar políticas públicas e investimentos privados de toda a cadeia produtiva. O café é a principal commodity agrícola de Minas Gerais, com relevância na geração de emprego e renda para 130 mil famílias que desenvolvem a atividade.

O Geoportal do Café é a primeira fase do Observatório da Agricultura, um projeto ainda mais amplo que vai contemplar com informações detalhadas as principais cadeias produtivas mineiras. Segundo o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Pedro Leitão, o alcance do projeto é muito maior do que a captura de fotos de satélite. “O mapeamento liga o momento presente da cafeicultura mineira ao futuro. Esse trabalho vai trazer inúmeros dados que não tínhamos e informação é conhecimento; é estratégia para confrontar a realidade e atingir um salto de qualidade e evolução do setor”, afirma.

Na prática, por meio do Geoportal do Café, o produtor vai conseguir localizar as glebas de café na sua propriedade, o que será fundamental para melhorar o planejamento e gestão da atividade. Também para os gestores municipais e estaduais os dados levantados e disponibilizados vão facilitar o direcionamento de ações específicas para cada região.

“Minas tem o desafio de se manter na liderança da produção mundial de café e para isso é necessário investir na produtividade”, pondera o presidente da Emater-MG, Glenio Martins. Segundo ele, o projeto vai ajudar na identificação de novas áreas aptas ao plantio, a identificação de cultivares específicas de acordo com as potencialidades de cada região, além da identificação dos locais indicados para o cultivo do café irrigado. Outro benefício deste trabalho de mapeamento é a redução da especulação de preço pelo mercado, com estimativa de safra mais exata.

Investimentos e parcerias

O Projeto de Mapeamento das lavouras cafeeiras é coordenado pela Secretaria de Agricultura e vem sendo executado em parceria com a Emater-MG e a Epamig. Os trabalhos contam ainda com a colaboração da Embrapa e da Conab com a troca de informações em diversas áreas, especialmente, em questões econômica e ambiental.

O valor total do projeto de mapeamento do parque cafeeiro representa R$ 6 milhões, sendo R$ 4 milhões da Codemig e R$ 2 milhões de contrapartida da Emater e Epamig. Os recursos foram investidos em softwares, veículos, drones e tablets utilizados para todas as fases do trabalho.

O cafeicultor Gilberto Mateus Neri assistiu à palestra. Ele tem 10 hectares cultivados com o café arábica no município de Caiana, localizado na divisa de Minas com o Espírito Santo. Como um dos primeiros produtores de seu município a participar do programa Certifica Minas Café, ele já tinha informações do trabalho de mapeamento do parque cafeeiro do estado. Segundo ele, o projeto traz credibilidade para todos. “A nossa expectativa como produtor é sempre em relação ao mercado. Hoje o comprador fica perdido, sem saber onde e como achar o produto com as características que ele procura. Esse trabalho vai facilitar isso, disponibilizar informações confiáveis e isso vai ser bom pra todo mundo”, acredita.

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